Movimento Quiet Quitting, em que o profissional faz o mínimo que é esperado da sua função, pode ser visto como abandonar a ideia de “vestir a camisa” da empresa. Entenda e saiba como não prejudicar a sua carreira!
(Foto: filadendron via Getty Images)
, jornalista
6 min
•
31 ago 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Profissionais Millennials e Geração Z estão fazendo parte do movimento de demissão silenciosa ― fazer o mínimo esperado da sua função. Além de abrirem mão da cultura de agitação, abandonam a ideia de “vestirem a camisa” da empresa. A intenção é estabelecer limites no trabalho. Mas não apenas.
Para Renata Tomazelli, especialista, psicóloga e fundadora da Youfeel Health, o movimento é mais do que apenas estabelecer limites no trabalho. “Estamos falando da sensação de cansaço e frustração que muitos estão experimentando neste momento.”
Ela também diz que o Quiet Quitting não deve ser reduzido apenas ao cuidado da saúde mental. “Na minha visão, movimentos como esse mostram que estamos resolvendo o problema da forma errada”, afirma.
“As empresas precisam escutar realmente suas equipes, incentivando a liderança a se reunir com seus funcionários e falar abertamente sobre a demissão silenciosa. Precisa construir um ambiente de confiança”, completa.
Primeiro, é importante que você saiba que a falta de limites com seu trabalho pode ser o que está prejudicando seu desempenho na empresa. “O descanso, o tempo para recuperar, o cuidado com a saúde, são fundamentais para que seja produtivo e tenha um desempenho melhor no ambiente corporativo”, diz Renata.
Uma forma de colocar limites é avaliando a sua vida atualmente, definindo suas prioridades e comunicando isso da maneira correta no trabalho.
“Você pode estar se perguntando: ‘Tenho um ambiente psicologicamente seguro para fazer isso no trabalho?’ As pessoas só irão falar se esse ambiente existir, é por isso que líderes e empresas precisam estar atentas a esses pontos”, completa.
“Agora, quando falamos em construir mais harmonia entre vida profissional e vida pessoal, não estamos falando de pessoas que não estão engajadas com o trabalho. Muito pelo contrário, estamos falando de pessoas que, para se manterem produtivas, saudáveis e engajadas precisam descansar e se dedicar para sua vida pessoal também”, afirma Renata.
Para ela, vale uma conversa com a liderança. “Se prepare, fale sobre sua posição na empresa, o que você entrega, o que você espera e como se dedicar a sua vida pessoal ajuda inclusive a ser uma pessoa melhor no seu trabalho”, aconselha.
Fazendo menos, porém melhor e mostrando resultados. Como? Eliminando as tarefas que não têm bom desempenho. Para você ter uma noção, “estudos mostram que nós passamos apenas 39% da jornada de trabalho realizando nossas reais tarefas, o restante do tempo ficamos envolvidos no que é chamado de ‘trabalho improdutivo’, como excesso de reuniões”, afirma Renata.
Além disso, otimize sua agenda diária. “Reserve um tempo para o trabalho profundo (o que você foi contratado para fazer), o trabalho superficial (tudo o mais que for exigido de você, como reuniões e ligações) e o trabalho reativo (como responder a e-mails)”, aconselha a especialista.
Inclua pausas regulares para restabelecer sua energia, incluindo intervalos entre as tarefas (não apenas o almoço) e encontre suas horas mais produtivas no dia.
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Sabrina Bezerra é head de conteúdo na StartSe, especializada em carreira e empreendedorismo. Tem experiência há mais de cinco anos em Nova Economia. Passou por veículos como Pequenas Empresas e Grandes Negócios e Época NEGÓCIOS.
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