Com o crescimento das demissões em massa nas empresas, funcionários recebem mais demandas no trabalho e novas responsabilidades sem uma promoção oficial. Entenda o impacto!
Homem pensativo no trabalho (Foto: Canva)
, jornalista
9 min
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19 jan 2023
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Imagino que você associe promoção no trabalho com novas responsabilidades assumidas, aumento salarial e comemoração. Mas, um movimento no mundo corporativo tem mostrado ao contrário: as promoções estão, cada vez mais, acontecendo de forma silenciosa (entenda mais adiante). E o nome dessa nova onda é quietly promoted ou promovido silenciosamente.
É quando funcionários recebem mais demandas no trabalho e novas responsabilidades sem uma promoção oficial. Ou seja, o cargo e o salário não correspondem às atuais funções executadas.
A promoção silenciosa não é nova, mas em tempos de demissão em massa, tem se tornado cada vez mais comum. A lógica é a seguinte: distribuir as tarefas de mais responsabilidades das pessoas demitidas na rotina de quem permanece na empresa ― isso sem alterar o cargo ou o salário.
De acordo com uma pesquisa da JobSage, plataforma de avaliação de funcionários, os principais dados sobre promoção silenciosa são:
De um lado, muitas empresas contrataram em massa desde a chegada da pandemia com o objetivo de escalar o negócio ― o que não aconteceu. Ao menos, não como o esperado. Assim, a solução para crescer com eficiência, segundo essas empresas, foi demitir parte deles.
O problema é que a função da maioria dos demitidos precisou e precisa ser executada por alguém que permanece na empresa. O perigo, no entanto, em distribuir essas responsabilidades sem promover oficialmente está não apenas na questão jurídica, como também em desmotivar e sobrecarregar as pessoas, causando uma queda na produtividade e/ou demissão voluntária.
“As pessoas estão ressentidas por terem que assumir mais trabalhos sem obter o reconhecimento correspondente”, diz Kelli Mason, cofundadora da JobSage, à Fast Company.
“Os gerentes estão ocupados e podem não perceber que os funcionários estão se sentindo sobrecarregados”, completa a empreendedora.
Assim, para evitar colocar a empresa em risco e perder talentos (já que estamos em tempo de Great Resignation), a liderança deve ficar atenta para reconhecer os funcionários que ficaram e precisam assumir novas responsabilidades. Por exemplo, manter a cultura da transparência, escutar os funcionários e buscar, juntos, uma solução para a promoção.
Enquanto a promoção silenciosa está atrelada ao funcionário receber novas demandas e responsabilidades sem ser remunerado por isso, a demissão silenciosa é quando o funcionário não só exerce as atividades das quais foi contratado para fazer. Nada a mais, nada a menos (entenda mais aqui).
Ainda de acordo com o estudo, os principais mercados com maior probabilidade de promover silenciosamente são:
Observe se você como liderança está passando muitas tarefas ― além das quais as pessoas foram contratadas para fazer.
Caso perceba que, de fato, foram promovidas silenciosamente e a empresa não tem caixa para promovê-las, converse com o time: faça análises de dados sobre quais atividades estão trazendo menos resultado para o negócio neste momento e corte da rotina. O ideal é manter o foco apenas nas demandas que possam fazer a empresa crescer em escala.
Além disso, deve encontrar formas de valorizar esse profissional. Não tem como aumentar o salário agora? Que tal fechar parcerias com outras empresas e oferecer benefícios fora da caixa? Ou oferecer mais flexibilidade? Lembre-se que muitos trabalhadores permanecem no negócio também pelo salário emocional (entenda mais aqui).
Outra dica é: se capacite para essas transformações com agilidade porque pode ser a diferença entre você ser profissional de destaque, ou ficar fora do jogo. Se você quer dominar esses e outros assuntos para se destacar e chegar ao topo da sua carreira mais rápido, aqui está a degustação do xBA, programa executivo internacional de gestão exponencial.
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Sabrina Bezerra é head de conteúdo na StartSe, especializada em carreira e empreendedorismo. Tem experiência há mais de cinco anos em Nova Economia. Passou por veículos como Pequenas Empresas e Grandes Negócios e Época NEGÓCIOS.
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