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O que é holocracia: conheça como funciona este modelo de gestão horizontal

Este sistema de gestão propõe ainda a mudança de áreas para círculos. Entenda!

O que é holocracia: conheça como funciona este modelo de gestão horizontal

Foto de Alex Kotliarskyi na Unsplash

, Jornalista

8 min

19 dez 2023

Atualizado: 18 jan 2024

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Na era da busca pelo equilíbrio entre a qualidade de vida e a jornada de trabalho surge a vontade de ser seu próprio chefe.

  • Gerir os próprios horários e metas está mais do que no imaginário popular, mas nos propósitos dos trabalhadores, em especial, das gerações mais novas.

Pode parecer desejo feito para a lâmpada mágica, mas há empresas que já operam desta forma com bastante estrutura em setores selecionados ou aplicados de forma geral. É a chamada holocracia.

Quando surgiu a holocracia?

Surgiu em 2007, quando o empresário Brian Robertson uniu conceitos ágeis e feedbacks sobre gestões tradicionais para propor um novo caminho.

Ele acreditava que ao construir a autonomia dos profissionais conseguiria resultados mais ágeis e melhores para a startup da qual era dono. E conseguiu.

O que é e como funciona a holocracia?

Por isso, a holocracia se apresenta como um sistema de gestão horizontal em que não existe chefia, na verdade, não existe nenhum cargo próximo a uma estrutura vertical.

Pratica-se de fato a ausência da hierarquia, tão pregada, pelo menos, ideologicamente pela geração Z. E o melhor, para colaboradores e empresários, sem perder a produtividade.

“Equilibrar as entregas entre as pessoas do time e garantir um acompanhamento de cada indivíduo ou grupo de cada projeto. Um risco é algumas pessoas acharem que estão entregando mais do que as outras e isso gera frustração e desmotivação”, afirma Caio Infante, especialista de Employer Branding e vice-presidente para a América Latina da Radancy.

Quais são as características da holocracia?

Se não há chefe, não há também liderados. Para a área prosperar ou para a companhia como um todo alcançar seus objetivos, é necessário aumentar a autonomia, o comprometimento e a organização de metas pessoais, afinal, não haverá ninguém que puxe e fila para cobrar a execução de tarefas diariamente.

  • É importante dizer que em nada se assemelha a bagunça ou desordem, caso essa leitura possa parecer uma possibilidade.

Redobrar a confiança

É preciso redobrar a confiança e a atenção às entregas já que todos os profissionais são próprios chefes e co-responsáveis pelo futuro da empresa. Cada um também terá o poder e a missão vigiar os combinados, as regras, além de garantir a sua própria evolução

Reduzir a burocracia

Neste sentido, a redução de burocracia e processos surge quase que intuitivamente. Muita coisa é resolvida durante as reuniões de planejamento e produção, em discussões ou na própria construção.

Fortalecimento do senso de colaboração

“O fortalecimento das relações pessoais, o senso de colaboração e o atingimento de metas em comum. Todo mundo trabalhando para alcançar o mesmo objetivo. E o tal ‘senso de dono’ tende a ser mais forte, pois as pessoas sentem que contribuem mais em uma organização sem hierarquia”, diz Infante.

Meta observada de perto

Aliás, meta é um assunto que deve ser observado de perto. Na holocracia elas não mais se estabelecem nas áreas ou em líderes, agora, cada um tem uma meta particular.

Por isso, o acompanhamento tem que ser ainda mais cuidadoso e atento e, se necessário, fazer as alterações debatidas em grupo, sem intimidações ou disputas de ego.

Diversidade da empresa

Outro ponto de atenção é a diversidade da empresa. As pessoas são diferentes, pensam e agem também de forma distinta.

Comunicação clara

Cada um tem uma bagagem e também uma expectativa. Por isso, para que todo mundo se entenda, não tem outro jeito, uma comunicação clara e bastante transparente ajuda muito, mas isso não quer dizer que será fácil.

“As pessoas gostam de ser envolvidas, ouvidas, participar e contribuir. [Na holocracia] As decisões compartilhadas levam em consideração mais pontos de vista. A diversidade aumenta em todos os sentidos”, aponta Infante.

 

Qual é o impacto da holocracia?

Este sistema de gestão propõe ainda a mudança de áreas para círculos. A visão de unidades de negócio se transformam em núcleos integrados de conhecimento com foto para criar experiências melhores para os clientes a partir de produtos e serviços mais inteligentes.

Como aplicar a holocracia na empresa?

Mas o que é importante dizer é que trata-se de um processo. Não é tão simples quanto virar uma chave porque mexe com a mudança do mindset que permeia a força de trabalho há tanto tempo.

“É necessária muita maturidade cultural e profissional para se implementar qualquer coisa nova nas organizações. Temos uma cultura de comando, controle e poder instituída que torna essa missão ainda mais difícil”, afirma Infante.

A geração Z traz essa mentalidade com muita vontade. Hoje, já ocupam boa parte dos cargos das empresas tradicionais e logo estarão em maior presença. Por isso, é um pensamento que está em alta e que já vem sendo absorvido, ou tentando, por algumas empresas dos mais diferentes cenários.

Zappos possui sua empresa toda nesta mentalidade, e soma bons resultados há anos. E nos últimos 3, a eduK, ainda engatinha para coletar os primeiros bons resultados de forma bastante autoral.

Por que importa?

Não importa qual modelo você escolha, o importante é que ele se encaixe às suas necessidades. Para isso, é preciso, antes de implementar, analisar os dados.

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Imagem de perfil do redator

Simone Coelho é jornalista com especialização em roteiro e storytelling. Começou a sua carreria no mercado editorial escrevendo sobre temas variados, mas durante anos trabalhou também no mercado empresarial, com a construção de conteúdos segmentados e treinamentos. Hoje, divide o seu tempo entre os dois cenários e segue apaixonada pela escrita.

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