A nova era do varejo chegou (e, se bobear, você pode ficar para trás)

Por Isabella Carvalho
26 de dezembro de 2018 às 07:05 - Atualizado há 2 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Só hoje, nossos melhores Cursos Executivos ou Programas Internacionais com até 50% off
Inscreva-se agora - SVWC 2020
O varejo está se transformando, e grandes empresas estão usando a tecnologia a favor dos negócios.
O Walmart, por exemplo, anunciou a construção de um laboratório de Inteligência do Varejo para aprimorar a experiência do cliente e otimizar os processos da companhia.
Já a Amazon reinventou a jornada de compra por meio de um sistema inovador, com câmeras e sensores que identificam quais produtos são retirados das prateleiras, finalizando a compra do cliente automaticamente.
Leia mais:
- O Magazine Luiza tinha tudo para ficar obsoleto. Tinha…
- Sabe quem manda mesmo na Netshoes? O internauta
- O shopping center que você conhece está com os dias contados
- Conheça 3 startups que estão reinventando o varejo
Neste novo varejo, as tradicionais compras em pontos físicos estão, aos poucos, perdendo espaço para as vendas online.
A tendência é mobile
Segundo o relatório Global Commerce Review, realizado pela Criteo, o celular cresce a cada dia no mercado brasileiro. De maio a junho de 2018, as vendas por dispositivo móvel chegaram a 41%. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 48% nas compras por smartphones no Brasil.
O estudo analisa dados de navegação e compras de mais de 5 mil varejistas em cerca de 80 países e revelou que, a cada ano, a adesão às compras online vem crescendo globalmente. No Brasil, as experiências de compras pelo smartphone dobraram nos últimos três anos.
“Mudamos a forma de comprar e contratar uma série de produtos e serviços. Até então, não olhávamos para o smartphone como um grande solucionador de problemas e experiências. Hoje, isso já acontece”, explicou Léo Xavier, presidente da Pontomobi, consultoria de estratégia para soluções em celular.
Segundo o executivo, os consumidores buscam algo que facilite a vida deles. Assim, usam o smartphone para tudo. “Hoje, as pessoas compram desde um bolo até um sapato de grife pelo celular. Além disso, usam o smartphone para solicitar diversos serviços. As plataformas móveis revolucionaram a experiência de consumo”, disse.
Hoje, as mulheres são as que mais compram pelo smartphone. Mais de 70% preferem a compra pelo celular, um resultado superior aos homens, que em 65% das vezes compram pelo aparelho. A tendência é que cada vez mais os consumidores usem as plataformas digitais para o dia a dia de compras, seja em supermercados, lojas de roupas, cosméticos ou até mesmo nos shoppings.
Mais foco no consumidor
Para o futuro, as experiências de compra serão cada vez mais focadas no consumidor, que busca práticas diversificadas e em multicanais. “A compra por voz, por exemplo, é algo que está surgindo agora. Estamos só no começo do uso dos meios móveis e digitais, que já estão com o consumidor em toda a jornada de compra”, afirmou Xavier.
Segundo Ricardo Pastore, coordenador do Núcleo de Estudos e Negócios do Varejo da ESPM, o uso dos aplicativos móveis se tornará cada vez mais comum. “O consumidor está usando o celular como canal de compra, e esse comportamento só vai crescer”, disse.
Nesse cenário, algumas empresas estão se transformando para ganhar vantagem competitiva.
Há 18 anos, o Magazine Luiza iniciou suas vendas pela internet e reinventou-se ao decorrer do tempo. Em dezembro deste ano, a companhia anunciou a compra da Softbox, startup que oferece soluções de tecnologia para o varejo. O objetivo da compra é ampliar o marketplace e fazer com que empresas analógicas se tornem digitais.
Já a Netshoes apostou em uma série de iniciativas para crescer, como o uso de dados para identificar os perfis dos consumidores, parcerias com outras empresas para facilitar a navegação pelo comércio eletrônico e o lançamento de sua própria plataforma, desenhada e desenvolvida dentro da empresa.
Força das startups
Mas não só as tradicionais companhias estão fazendo a diferença no mercado. Diversas startups também estão usando a tecnologia para transformar o varejo.
A Amaro, que nasceu como uma “nativa digital”, mescla experiências online à jornada de compra em suas guide shops de moda. Além disso, usa análise de dados para entender o perfil das consumidoras e aprimorar a seleção de produtos e os canais de vendas.
Já a Rappi nasceu com o propósito de entregar, com ajuda da tecnologia, qualquer coisa em poucos minutos. Hoje, a startup atua em diversos países e possui 3,6 milhões de usuários — entre eles, 800 mil no Brasil — e dois mil funcionários. A startup também tem como clientes grandes varejistas, que podem direcionar os seus produtos para centros de distribuição com robôs, que fazem a triagem de produtos e definem as melhores rotas.
Recém-chegadas ou não, todas essas empresas têm algo em comum: não focam na tecnologia em si, mas nos problemas que podem resolver com ela.
“As ações precisam ser voltadas para o consumidor. A necessidade do cliente é a direção correta. Hoje, a cultura dos empresários ainda é muito conservadora, e eles acabam sendo atropelados por outros que estão inovando”, afirmou Pastore.
Especial Varejo do Futuro

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Comentários