Startup cria iniciativa focada em bem-estar dos funcionários, mirando em cultura mais forte, retenção e atração de talentos, além de colaboradores mais engajados
Homem correndo na estrada (foto: Jonathan Borba on Unsplash)
, Jornalista
5 min
•
3 set 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Camila Petry Feiler
A régua para medir bem-estar varia, não é mesmo? Nem só de exercício físico se faz uma rotina saudável, por exemplo. Pensando nisso, a startup Grão Direto lançou o Programa Bem-Estar, que estimula a prática de atividades físicas, de saúde mental, religiosas e espirituais, além do voluntariado.
O combinado veio de um alinhamento entre os colaboradores e lideranças, entendendo o que poderia compor as horas focadas em melhora da qualidade de vida. E tem bonificação: “os que se dedicam de 8 até 15 horas de atividades têm bônus de 5% do salário, já os profissionais que cumprem a partir de 16 horas, 10% de bonificação”, explica Ursula Hahn, coordenadora de Pessoas e Cultura na Grão Direto.
Mais do que uma remuneração, o pagamento cria possibilidades financeiras para a prática de atividades físicas ou voluntariado, ajudando a suprir os gastos investidos nessas ações. Ou seja, é criar uma base sólida para que o funcionário consiga, de fato, se desenvolver nas atividades.
O programa hoje atua em 4 frentes principais:
Para Ursula, o projeto impacta a rotina dos colaboradores, além das horas de trabalho, construindo uma estrutura de bem-estar que vai impactar e influenciar a postura também dentro da empresa. “No fim, o projeto quer ir além do dia a dia corporativo, impactando na qualidade de vida como um todo. Além disso, com a iniciativa, esperamos reter e atrair talentos que estejam em sinergia com o nosso DNA e cultura, que valorizam o cuidado próprio, a empatia com os outros e a alta performance.
O programa funciona da seguinte maneira: é oferecido um bônus de até 5%, enquanto os profissionais que cumprem a partir de 16 horas recebem até 10% de bonificação. Desde o anúncio do projeto, houve mais de 90% de aderência à campanha e a Grão Direto já percebeu impactos disso no interesse de candidatos para trabalhar na empresa.
“Tudo é feito na base da confiança, do bom senso e pautado na responsabilidade individual e coletiva, é claro. Para que o colaborador tenha direito ao bônus, basta preencher um formulário mensal informando suas horas aplicadas nas práticas acordadas para o programa, sem necessidade de recibos comprobatórios”, explica Ursula.
Um levantamento feito pela consultoria Willis Towers Watson (WTW) apontou que, de 2015 para 2021, houve um aumento de 33% no interesse das empresas de implantar ações de saúde e bem-estar na rotina de seus colaboradores. A demanda faz mais sentido ainda em tempos pós-pandêmicos, onde o trabalho foi ressignificado e a saúde mental ganha lugar de destaque.
Movimentos como a great resignation e as motivações apontadas pela Geração Z no mercado de trabalho deixam essa tendência mais às claras, mostrando que trabalho e qualidade de vida devem andar juntos para gerar bons resultados a todos envolvidos.
Além disso, a prática de focar em bem-estar dos colaboradores pode ser uma das pontas do ESG, que também demanda ações da porta para dentro, mas que avançam com bons resultado para fora, como o employer branding e a retenção de talentos.
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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