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O que é empreendedorismo digital?

Você sabe o que é empreendedorismo digital? Acesse e descubra agora nesse artigo.

O que é empreendedorismo digital?

, Redator

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28 dez 2022

Atualizado: 19 mai 2023

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Você sabe o que é empreendedorismo digital? Este é um conceito que está em franca ascensão é só tem a crescer ainda mais com o passar do tempo, o que fica evidente no cenário que se desenhou neste momento da crise causada pela pandemia do novo Coronavírus.

Mesmo para quem nunca se deparou com este termo, é possível ter uma ideia de seu crescimento ao analisar as duas palavras separadamente, o que já ajuda a entender como apresenta resultados tão satisfatórios. Os números só corroboram para isso. 

De acordo com a pesquisa “Empreendedorismo no Brasil – Relatório executivo 2018“, que tem apoio do IBQP, do SEBRAE e da UFPR no país, a taxa de empreendedorismo total (TTE) foi de 38% em território brasileiro no ano de 2018.

Em outras palavras, isso significa que 38% da população adulta brasileira (de 18 a 64 anos) está envolvida com algum tipo de atividade empreendedora, o que equivale a quase duas a cada cinco pessoas dessa faixa etária, número bastante significativo.

Já para a parte do digital, podemos partir para o conceito de transformação digital, ou seja, o conjunto de processos relativos à integração de tecnologias digitais aos diferentes aspectos de uma empresa.

Um relatório da MarketsandMarkets, por sua vez, mostrou que o mercado de transformação digital foi avaliado em US$ 290 bilhões em 2018 e estimado a atingir US$ 665 bilhões em 2023, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 18,1% no período previsto.

As cifras, que já são altas, parecem se aproximar ainda mais de nossa realidade quando consideramos que, se as cifras estiverem certas, devem ser gastos US$ 1,822 bilhão por dia, US$ 75,913 milhões por hora, US$ 1,265 milhão por minuto e US$ 21,087 mil por segundo apenas em 2023 com a transformação digital.

Logo, o empreendedorismo está em alta e a transformação digital também, e a união desses dois conceitos só poderiam resultar em algo cujo potencial de crescimento também é avassalador.

Continue conosco para saber exatamente o que é empreendedorismo digital, bem como qual é a sua relação com a pandemia da COVID-19 e como uma situação tão desastrosa para o mundo pode deixar ensinamentos valiosos para o futuro.

O que é empreendedorismo digital?

Amplamente, o termo consiste na criação de novos empreendimentos e na transformação de negócios já existentes através do desenvolvimento de novas tecnologias digitais e/ou pelo novo uso de tais tecnologias.

Essa é uma definição que consta na publicação “Digital Entrepreneurship: Research and Practice”, de Fang Zhao e Alan Collier, a qual, por sua vez, foi baseada em um conteúdo de 2015 da Comissão Europeia, ou seja, tem um bom embasamento.

Podemos explicar o que é empreendedorismo digital também em outras palavras, como no ato de criar ou adaptar um negócio para que este funcione na internet, algo simplesmente indispensável no mundo em que vivemos, em que a conectividade é algo cada vez mais presente.

De acordo com a pesquisa TIC Domicílios 2019, há 134 milhões de usuários de internet no Brasil, o que corresponde a 74% da população com pelo menos 10 anos de idade, número também bastante significativo.

Para fins de comparação, de acordo com o documento “Indicadores de uso da internet no Brasil – 2005/2006”, apenas 24,4% da população utilizava a internet em 2005, ou seja, o mundo se move com destino à conectividade, que hoje ainda é mais simples graças à popularização das redes de dados móveis.

Reunimos todas essas estatísticas para mostrar que o número de usuários de internet é cada vez maior, ou seja, o público da sua empresa provavelmente está conectado, e deixar de se comunicar com eles através dos meios digitais é uma estratégia que passa longe de ser a ideal.

Como o empreendedorismo digital foi afetado pela pandemia de Covid 19?

De maneira positiva. Muitos negócios se viram forçados a estar presentes na internet para que o público ainda pudesse desfrutar de seus produtos ou serviços, ou seja, foram quase que obrigados a adotar a transformação digital, algo que provavelmente levaria muito mais tempo se tudo isso não tivesse acontecido.

É indiscutível que a pandemia é uma situação altamente prejudicial para todo o mundo, com impactos na saúde física e psicológica, além dos estragos econômicos trazidos à população, mas não se pode negar que a situação acendeu um sinal de alerta para empresas de diferentes portes e segmentos.

Elas perceberam que a presença nos meios digitais, que antes ainda era algo opcional (embora com muita força, é verdade), passou a ser praticamente obrigatória para quem desejava se manter relevante no mercado, com impactos capazes de ir além de uma “simples” queda no faturamento.

O curioso é que alguns desses negócios, mesmo sendo necessidades básicas da população, também precisaram se reinventar para conseguir manter um bom número de vendas e até mesmo aumentá-las quando comparado a antes da pandemia.

Mesmo com uma boa explicação sobre o que é empreendedorismo digital, fixar este aprendizado fica muito mais fácil quando olhamos para exemplos claros, e vamos focar em dois: os serviços de delivery e a telemedicina.

Serviços de delivery

Os mercados são estabelecimentos que vendem produtos essenciais para as pessoas e famílias, mas com a restrição na movimentação e as campanhas para se ficar em casa, o público tenderia a apresentar uma queda considerável.

Eles, então, se viram na necessidade de pensar em alternativas que continuassem a disponibilizar seus produtos à população, mas sem que elas necessariamente tivessem que sair de casa, como o delivery, que está em franco crescimento nos últimos tempos.

De acordo com um levantamento feito pela empresa de meios de pagamento Rede, o delivery de compras aumentou 59% no mês de abril quando comparado ao período anterior às restrições de circulação de pessoas, ou seja, essa foi a forma que elas encontraram de se adaptar em um período de crise.

O curioso é que muitos mercados já ofereciam serviços de entrega, mas seu uso era bem menor do que vem acontecendo recentemente, já que para aqueles que optaram pelo isolamento total (ou o máximo possível), as entregas são a única solução disponível.

O mesmo se aplica a praticamente todos os outros comércios, como farmácias, restaurantes, açougues, hortifrutis, docerias e por aí vai. O delivery foi (e é) uma salvação em meio a um período tão conturbado.

E quem pensa que a tendência do delivery deve cair quando a pandemia passar provavelmente está errado, já que 70% dos brasileiros pretendem continuar comprando online após a quarentena, o que mostra como a transformação digital também está sendo assimilada pelos consumidores.

Os serviços delivery estão em franco crescimento nos últimos tempos.

Telemedicina

A área da saúde é outra essencial para a sociedade. Porém, com uma queda na circulação de pessoas, também tornou-se necessário pensar em outras alternativas para não deixar o público desamparado neste sentido.

A solução foi a telemedicina, ou seja, o atendimento remoto de pacientes, que se beneficiou da praticidade dos avanços tecnológicos para que os cuidados médicos, como as consultas de rotina, não fossem abandonados justamente durante uma pandemia.

A Lei nº 13.989, de 15 de abril de 2020, foi aprovada pelo presidente para que vigorasse durante a crise do novo Coronavírus. Ela dispõe do uso da telemedicina em caráter emergencial, de modo que as pessoas pudessem continuar com seus acompanhamentos de saúde sem sair de casa.

Este atendimento pode ser feito por meio de aplicativos como o WhatsApp, com suas chamadas de vídeo, que deixam médico e paciente a apenas uma tela de distância e, assim, facilita sua comunicação.

É fato que existem limitações na telemedicina. Não é possível fazer exames físicos como os que são feitos no consultório, mas dada a atual situação, essa foi a melhor alternativa para consultas eletivas.

A procura tem sido bem elevada nos hospitais, clínicas e outros estabelecimentos de saúde que oferecem tal facilidade, e também é de se esperar que sua adoção continue alta mesmo depois da pandemia, dada a praticidade de ser atendido sem precisar sair de casa ou de onde estiver.

Para isso, porém, é necessário ficar atento às atualizações na legislação, já que neste primeiro momento, a lei de que comentamos autoriza a prática da telemedicina no Brasil apenas durante a pandemia.

A telemedicina se beneficiou dos avanços tecnológicos para que os cuidados médicos, como as consultas de rotina não fossem abandonados justamente durante uma pandemia.

Como aplicar a transformação digital nas empresas e não ficar para trás durante esse período?

É fundamental pensar fora da caixa e ver o que pode ser feito para aliar o que é oferecido pela sua empresa com as demandas por conectividade e tecnologia, que como vimos em tantos números no decorrer deste artigo, só têm a aumentar com o passar do tempo.

É verdade que a transformação digital já era uma demanda antiga e um grande diferencial em relação à concorrência. Porém, em virtude da pandemia do novo Coronavírus, o número de empresas que se viram forçadas a adotar tais estratégias aumentou muito, ou seja, não há mais como deixar de considerar esta possibilidade.

Hoje em dia, pedir itens de mercado em casa e ser atendido pelo médico por videochamada é algo importante para evitar a circulação nas ruas. Porém, daqui a não muito tempo, essa pode ser uma necessidade mesmo em situações normais, e quem não oferecer esses recursos estará vários passos atrás.

No Brasil, o Novo Varejo está nascendo neste momento. Bons exemplos sobram, como o Iguatemi 365, marketplace de vendas do Grupo Iguatemi, que teve um aumento de 10 vezes no volume de compras considerando os cinco primeiros meses de 2020, com destaque para abril e maio.

O e-commerce da Magazine Luiza, que cresceu 73% no primeiro trimestre de 2020, é outro grande exemplo de sucesso. Mesmo com as lojas fechadas, a empresa conseguiu se manter super relevante no mercado e, assim, ter números fantásticos de vendas.

Um ponto em comum entre o Iguatemi 365 e a Magazine Luiza é que ambas plataformas já existiam e estavam em funcionamento. Portanto, quando a crise se instaurou, eles já conseguiram atender as demandas dos clientes e, por isso, saíram na frente da concorrência.

Como um todo, as vendas online cresceram mais de 100% no Brasil em algumas áreas, como saúde (111%), beleza e perfumaria (83%) e supermercados (80%), entre fevereiro e março de 2020, na comparação com o ano anterior, de acordo com um levantamento do Movimento Compre & Confie e da Abcomm.

Isso, porém, não deve desmotivar quem ainda não adotou a transformação digital nas empresas, pelo contrário, mas sim mostrar que quem sabe o que é empreendedorismo digital e investe em sua preparação e aplicação deve ser recompensado por isso.

A cada dia que passa, a transformação digital para executivos torna-se uma necessidade mais latente. Não temos como abandonar a realidade de um mundo conectado e inteligente, e não vai levar muito tempo para que quem não adotar as devidas medidas não consiga se sustentar.

Evidências não faltam para mostrar a importância de estar presente nos meios digitais, e agora que você sabe o que é empreendedorismo digital, aplicá-lo está em suas mãos. Pode ter certeza que todo o investimento de tempo, esforços e recursos financeiros tende a ser recompensado em seus resultados.

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