De startup de educação à plataforma de livros online, conheça as aquisições do Magazine Luiza para aprimorar o superapp
(Foto: reprodução)
, jornalista
13 min
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13 abr 2021
•
Atualizado: 13 fev 2024
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O Magazine Luiza começou como uma pequena loja de presentes na cidade de Franca, no interior de São Paulo, em 1957.
Cerca de dezenove anos depois, a empresa fez a sua primeira aquisição, das Lojas Mercantil. Ali seria um spoiler do que viria depois: uma sequência de aquisições ― e com variedade de segmentos.
Pulando para 2020, nem mesmo o ano marcado pela pandemia de coronavírus, foi capaz de frear as novas compras e o investimento em novas frentes de negócio. E sempre com o objetivo claro: querer ser o melhor superapp e oferecer a entrega mais rápida.
Recentemente, a empresa lançou o “Mundo Moda”, espaço reformulado dentro de seu superapp para a venda de acessórios, calçados e roupas.
“O mercado brasileiro de moda é essencialmente fragmentado e analógico, o que representa uma grande oportunidade de crescimento para a companhia e se casa perfeitamente com a estratégia do grupo, que é digitalizar o varejo brasileiro”, afirma em comunicado Silvia Machado, diretora-executiva de Moda e Beleza da Magalu.
Junto com a mudança, a varejista anunciou o desenvolvimento de uma marca própria de vestuário. A data do lançamento não foi divulgada, mas o time de estilo da Magalu está trabalhando a todo vapor com a área de inteligência da plataforma para lançar em breve.
“Para ativar suas ações de moda, a Magalu contará com a terceira maior influenciadora virtual do mundo, a Lu. Com mais de 28 milhões de seguidores, ela se conecta de maneira próxima e carismática com seus seguidores e divulgará marcas, looks e dicas de estilo”, conta a companhia.
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A primeira aquisição de 2020 feita pelo Magalu foi a Estante Virtual, plataforma de livros. “A aquisição reforça a estratégia do Magalu de crescimento em novas categorias e aumento da frequência de compra”, escreveu Roberto Bellissimo Rodrigues, CFO da companhia.
No mês de julho de 2020, foi feita a aquisição da Hubsales, plataforma de comércio inteligente, que conecta fabricantes diretamente ao consumidor final por meio de seu marketplace. Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza, disse em comunicado: "vamos integrar, de forma rápida e fácil, os produtos de uma série de fabricantes na nossa plataforma. Só em moda, por exemplo, temos 14 polos distribuídos pelo Brasil", diz Frederico Trajano. "Dessa forma beneficiamos todos os elos da cadeia -- da indústria ao cliente final, eliminando intermediários e reduzindo custos e preços."
Em agosto, com foco em Ads, a empresa comprou o site de tecnologia Canaltech e a plataforma de mídia online da Inloco. "A ideia é, com o conteúdo do Canaltech e a tecnologia da Inloco Mídia, monetizar essa audiência", diz em nota Frederico Trajano, CEO do Magalu. “A união de e-commerce, conteúdo e publicidade é um negócio em expansão em todo o mundo. No mesmo mês foi comprada a empresa de tecnologia Stoq, que desenvolve sistemas de ponto de vendas (PDV) no modelo SaaS (Software as a Service). “Adicionalmente, a tecnologia da Stoq amplia o alcance do Parceiro Magalu para varejistas especializados em categorias como bares e restaurantes, moda, supermercado e saúde e beleza", escreveu Roberto Bellissimo Rodrigues, CFO da empresa. Ainda em agosto, a Betta, desenvolvedora de aplicativos, também foi comprada.
Em setembro do ano passado, o Magalu comprou a startup AiQFome, aplicativo de delivery de comida. Na época, em nota, Roberto Bellissimo, CFO da companhia, disse que o negócio era "mais um movimento cirúrgico do Magalu para desenvolver seu ecossistema de negócios e fortalecer seu superapp", diz. "Com a aquisição trazemos para dentro da empresa competências que ainda não possuímos."
Para marcar ainda mais presença na área de logística, a empresa comprou a GFL, especializada em logística. O objetivo é acelerar a entrega. Além dela, a SincLog, plataforma de tecnologia que usada pela GFL e por mais de 30 transportadoras também foi adquirida.
E foi no mesmo mês que o Magazine Luiza marcou presença no ecossistema de educação ao comprar a ComSchool, plataforma de cursos voltados para e-commerce e performance digital. "Mais do que executar nossa estratégia, acreditamos que estamos contribuindo para fortalecer o ambiente de inovação do país, formado principalmente por startups", afirma Roberto Bellissimo, CFO da companhia em nota.
No último mês de 2020, a empresa entrou para o mercado de fintech ao comprar a Hub Fintech, plataforma de serviços para contas bancárias digitais e cartão pré-pago. "A aquisição da Hub adianta em vários anos a jornada de desenvolvimento da nossa plataforma de pagamentos, tanto para pessoas jurídicas quanto para pessoas físicas", escreveu Frederico Trajano, CEO do Magalu."
Em março de 2021, a companhia comprou a VipCommerce, plataforma de e-commerce white label, com foco em varejo de alimentos. O motivo se deve a expansão da categoria de mercado do Magalu. "Atualmente, a categoria representa mais de 40% de todos os itens vendidos no e-commerce do Magalu, que já é um dos maiores vendedores online de mercado no Brasil”, disse a empresa em comunicado. No mesmo mês, a Steal The Look, plataforma de conteúdo especializado em moda, beleza, cultura e comportamento, também foi comprada pela empresa. E, em 30 de março, anunciou a aquisição do app de delivery ToNoLucro e a plataforma GrandChef.
A empresa comprou a SmartHint, plataforma de busca inteligente e recomendação de compras para e-commerce. “Finalmente, com a aquisição, a SmartHint passa a integrar também o pilar estratégico Magalu as a Service (MaaS) oferecendo tecnologia de busca e recomendação de produtos para milhares de sellers conectados à plataforma do Magalu. A aquisição representa mais um importante passo na estratégia da Companhia de digitalização do varejo brasileiro", escreveu em comunicado Roberto Bellissimo Rodrigues, CFO da empresa. E não para por aí. Em 14 de abril, o Magazine Luiza comprou o Jovem Nerd, plataforma multimídia voltada para a cultura pop do país.
A empresa comprou Bit55, fintech de cartões de crédito e débito. “Com a aquisição, a Bit55 complementa os serviços oferecidos pela Hub Fintech, que poderá oferecer aos seus clientes a emissão de cartões de crédito e débito, além dos atuais cartões pré-pago e contas digitais. A Bit55 passa a fazer parte das iniciativas de fintech do Magalu e é mais um importante passo na estratégia do Magalu de digitalização do Brasil”, diz a empresa em comunicado.
Para turbinar o mercado de delivery, a Magalu comprou o aplicativo de entrega Plus Delivery. A plataforma está presente em mais de 30 cidades e é uma das líderes de entrega de comida no estado do Espírito Santo. O modelo de negócio é com unidades próprias e processou, no último mês, aproximadamente 250 mil pedidos, preparados por cerca de 1.500 restaurantes parceiros. “A aquisição representa mais um importante passo na estratégia da Companhia de digitalização do varejo brasileiro”, afirma a empresa em comunicado A compra foi feita por meio da AiQFome, empresa controlada pelo Magalu.
A empresa comprou o KaBuM!, maior plataforma de e-commerce de tecnologia e games do Brasil. “Com a aquisição, o Magalu reforça o pilar estratégico de novas categorias, com um sortimento extremamente complementar ao atual e com enorme potencial de crescimento. Adicionalmente, em conjunto com as recentes aquisições Jovem Nerd e CanalTech, o KaBuM! e o Magalu poderão oferecer uma experiência de compra, conteúdo e entretenimento completa para os amantes de tecnologia”, diz a empresa em comunicado ao mercado.
Ainda em julho, a companhia comprou a Sode, plataforma de entregas por meio de motocicletas. A empresa tem mais de mil entregadores ativos e opera em oito estados. “Com a aquisição, o Magalu irá acelerar a expansão da entrega ultrarrápida para a maioria de suas lojas”, disse a empresa em comunicado.
Cerca de um ano e meio depois da venda do Kabum para o Magazine Luiza, os fundadores querem cancelar a aquisição. Segundo o Estadão, os irmãos Leandro e Thiago Ramos disseram que o Itaú BBA favoreceu o Magazine Luiza no processo de venda do negócio.
O e-commerce especializado em produtos para games e eletrônicos, teve sua venda concluída em dezembro de 2021 por um valor de R$ 3,5 bilhões. Os fundadores foram demitidos na segunda-feira (27/02).
Em uma ação aberta na Justiça de São Paulo, os irmãos defendem que o banco teve condutas omissivas que impediram a entrada de concorrentes na negociação de compra. O Itaú nega as acusações, e aponta as alegações do processo como genéricas e indeterminadas.
Quer saber mais sobre a batalha entre Kabum e Magazine Luiza? Leia essa análise!
O Kabum é uma das várias empresas que o Magazine Luiza adquiriu nos últimos anos, seguindo uma alta de valorização da empresa no mercado e uma busca por se consolidar como um ecossistema completo de varejo e marketing.
As aquisições são uma das formas da empresa diversificar o negócio e, consequentemente, aumentar possivelmente a receita.
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Sabrina Bezerra é head de conteúdo na StartSe, especializada em carreira e empreendedorismo. Tem experiência há mais de cinco anos em Nova Economia. Passou por veículos como Pequenas Empresas e Grandes Negócios e Época NEGÓCIOS.
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