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Shein: os segredos por trás do crescimento de 300% e faturamento bilionário no Brasil

A estimativa é de que a varejista chinesa tenha faturado R$ 8 bilhões no Brasil em 2022, superando algumas lojas brasileiras em números; confira

Shein: os segredos por trás do crescimento de 300% e faturamento bilionário no Brasil

Shein (Foto: divulgação LinkedIn)

, jornalista da StartSe

5 min

31 jan 2023

Atualizado: 19 mai 2023

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As filas gigantescas na abertura das lojas físicas temporárias da Shein no Brasil não deixam dúvida: a varejista chinesa conquistou consumidores brasileiros. Agora isso é visível em números. Segundo estimativa do BTG Pactual, a Shein faturou R$ 8 bilhões no Brasil em 2022 – um crescimento de 300% em comparação aos R$ 2 bilhões de 2021.

Se este número se confirmar, no varejo brasileiro de vestuário a Shein só estaria perdendo para a Renner, em que a estimativa foi de R$ 11,6 bilhões.

O que diferencia a Shein?

Tempo

O período de espera para receber as compras direto da China poderia ser um impeditivo para a compra no e-commerce ou aplicativo. Na média, são 20 dias para receber os pacotes em casa – o tempo varia de acordo com o local do destinatário e o período do ano. Mas a Shein nos mostra o contrário: o tráfego direto de pessoas é de 41%, comprovando que os clientes retornam aos canais de compra – e de forma direta. Este dado é da SimilarWeb.

Agilidade

É a soma de alguns fatores que tornam a varejista atraente para quem está comprando. Um deles é a agilidade. A Shein oferece as últimas tendências da moda por um preço mais baixo do que os concorrentes – incluindo diferentes estilos de roupas, acessórios e objetos em geral (até para pets e decoração para casa, por exemplo).

Engajamento

Embora o tempo possa ser um fator negativo, o preço baixo em comparação a outros varejistas, a rapidez na inclusão de peças e a gamificação existente no app faz com que os clientes continuem retornando. Os consumidores ganham pontos por postar fotos e avaliações das peças compradas, por exemplo, e esses pontos podem ser revertidos em descontos em novas compras.

Além disso, a infinidade de produtos (alguns deles bem diferentes dos existentes no varejo convencional) também incentiva que os clientes passem página por página, adicionem produtos na wishlist e fiquem algum tempo usando o app ou e-commerce da marca.

Neste outro artigo, você confere como deixar o seu e-commerce mais atrativo também.

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Shein e ESG: uma nova era à vista?

Embora a Shein seja celebrada por muitos consumidores brasileiros, existem críticas aqui e ao redor do mundo por conta de seu modelo de negócios.

Recentemente, a varejista foi acusada de irregularidades em suas fábricas e fornecedores. Supostamente, ela foi criticada porque funcionários estavam trabalhando mais do que o permitido em algumas fábricas contratadas (o que a marca confirmou ser verdade e cobrou a regularização destes fornecedores).

Como resposta, ela anunciou que investirá US$ 15 milhões em um programa de responsabilidade para tornar os locais de trabalho mais seguros para os trabalhadores e fornecedores.

E as mudanças não acontecem por acaso. Segundo pesquisa da Opinion Box, 67% dos consumidores têm o hábito, mesmo que às vezes, de pesquisar as práticas de ESG das empresas antes de comprar delas. Será que, ao lidar com essas questões, o crescimento da Shein pode ser ainda maior no futuro?

Por que importa?

A Shein se tornou um exemplo de empresa chinesa de varejo bem sucedida no país, mas ela não é a única: a Shopee também é um exemplo que está se destacando por aqui. O desempenho de ambas pode abrir novas portas…

“O varejo brasileiro provou ser um ambiente difícil para players estrangeiros nos últimos anos. Mesmo assim, muitas empresas globais aumentaram seus esforços no país (especialmente a Shopee, que tem ~30% de seu GMV local vindo de categorias de vestuário, ou ~R$ 6 bilhões, e a Shein)", explicam os analistas do BTG Pactual no relatório.

Foto: Divulgação/Shein


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Imagem de perfil do redator

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.

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