A Inteligência Artificial vira infraestrutura estratégica, e o RH assume o papel de intérprete entre tecnologia, cultura e pessoas.
Um RH eficiente só nasce de CEOs estratégicos
, redator(a) da StartSe
7 min
•
17 dez 2025
•
Atualizado: 17 dez 2025
newsletter
Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!
Depois de um ciclo marcado por experimentações, testes isolados e adoção acelerada de Inteligência Artificial, a gestão de pessoas inicia 2026 com um desafio claro: transformar tecnologia em estratégia.
Segundo dados apresentados no evento Tendências de RH 2026, realizado por Factorial e Edix, 75% das empresas já utilizam IA no RH há mais de seis meses e 78% dos profissionais incorporaram IA ao trabalho cotidiano, com destaque para o ChatGPT, usado por 83% deles.
Apesar da alta adoção, o impacto ainda não acompanha o entusiasmo. 61% das empresas não monitoram métricas de eficiência, ética ou privacidade, e 46% não possuem um plano formal de implementação.
O resultado é um cenário em que a tecnologia existe, mas não necessariamente transforma.
A falta de integração com dados internos e a ausência de governança são apontadas como os maiores obstáculos para a evolução do RH digital.
Segundo o estudo “AI for HR”, produzido pela Distrito, apenas 25% dos departamentos de RH em pequenas empresas têm autonomia para decidir sobre tecnologia, o que reforça a fragmentação e a inconsistência operacional.
Nos últimos anos, o movimento predominante foi o uso de modelos de linguagem — como chatbots e assistentes — aplicados a tarefas isoladas, sem conexão profunda com indicadores, cultura ou histórico da organização.
Ferramentas genéricas respondem, mas não compreendem. Elas ajudam, mas não moldam decisões.
“Esse avanço não significa que a IA vai “roubar empregos”, mas sim que ela tende a substituir apenas quem não se adequar ao seu uso. Na prática, a tecnologia assume tarefas repetitivas e analíticas, permitindo que profissionais se concentrem no que realmente importa: estratégia, liderança e impacto humano”, resume Renan Conde, CEO da Factorial.
O próximo salto é claro: soluções capazes de operar com contexto real, integradas a dados corporativos e preparadas para apoiar decisões estratégicas.
As tendências para o ano revelam um RH menos operacional e mais analítico — uma área responsável por interpretar sinais, traduzir dados em estratégia e apoiar líderes com inteligência preditiva.
Com a automação avançando, o setor passa a ter mais espaço para atuar em temas de impacto profundo, como:
Nesse novo cenário, o RH torna-se o intérprete entre tecnologia e pessoas — alguém que equilibra precisão analítica com sensibilidade humana.
Com a tecnologia já inserida no cotidiano, o próximo passo das organizações é estruturar métodos e governança. Entre as principais oportunidades para os próximos anos estão:
A vantagem competitiva não estará na quantidade de IA adotada — e sim na capacidade de integrá-la ao processo decisório.
As projeções são claras: até 2035, sistemas de IA deverão assumir parte das funções tradicionalmente atribuídas a executivos seniores, como:
Não se trata de substituição de empregos, mas de substituição de quem não se adequar.
A tecnologia assumirá tarefas analíticas e repetitivas, permitindo que profissionais — inclusive líderes — se concentrem em estratégia, cultura e impacto humano.
Em pequenas e médias empresas, essa mudança deve ser ainda mais rápida, já que automação amplia capacidade de gestão sem elevar custos.
O RH passa a operar na interseção entre automação, estratégia e cultura organizacional.
A tecnologia se torna multiplicadora de eficiência — mas o impacto humano continua sendo o centro do trabalho.
As empresas que entenderem esse equilíbrio serão as que definirão a próxima década.
Se você quer participar da discussão e construção do RH do futuro, esteja no RH Leadership Festival 2026: nos dias 26 e 27 de março de 2026, no Distrito Anhembi, em São Paulo. Você já consegue garantir ingressos promocionais antecipadamente por aqui.
Gostou deste conteúdo? Deixa que a gente te avisa quando surgirem assuntos relacionados!
Assuntos relacionados
redator(a) da Startse
Jornalista e Copywriter. Escreve sobre negócios, tendências de mercado e tecnologia na StartSe.
Leia o próximo artigo
newsletter
Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!