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Meghan Markle lança programa de mentoria feminina; entenda

A iniciativa chamada de 40x40 vai ao encontro da importância em fomentar a igualdade de gênero no mercado de trabalho. Saiba por que trata-se de uma causa urgente e importante — e como você também pode ajudar a melhorar esse cenário.

Meghan Markle lança programa de mentoria feminina; entenda

Meghan Markle (Foto: WPA Pool / Equipe via Getty Images)

, jornalista

12 min

6 ago 2021

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Sabrina Bezerra

Meghan Markle — em comemoração ao seu aniversário de 40 anos — lançou o 40X40. Trata-se de uma iniciativa em que convidou quarenta amigas (entre elas artistas, atletas, ativistas e líderes mundiais) para dedicarem quarenta minutos de seu tempo para oferecer mentoria às mulheres que precisam reingressar no mercado de trabalho no pós-pandemia. “Acho que se todos fizermos isso e dedicarmos 40 minutos para realizar a mentoria, vamos gerar um impacto significativo em nossas próprias comunidades e em todo o mundo”, diz em comunicado a duquesa de Sussex.

+ Onde estão as mulheres no mercado de trabalho?

Meghan Markle (Foto: WPA Pool / Equipe via Getty Images)

POR QUE A INICIATIVA É IMPORTANTE?

O programa surge em um cenário que, apesar de ser 2021, ainda estamos muito atrasados quando o assunto é igualdade de gênero no mundo corporativo (veja mais no tópico a seguir). Além disso, nos últimos dois anos, tivemos uma grande recessão na igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Veja: globalmente, entre 2019 e 2020, milhões de mulheres deixaram o mundo corporativo. Houve uma redução de 4,2%, enquanto o dos homens reduziu 3%. Os dados são do relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

“Isso significa que apenas 43% das mulheres estarão empregadas neste ano, em comparação com 69% dos homens”, diz a OIT. A queda se deve, segundo o estudo, à participação das trabalhadoras nos setores (mais afetados pela pandemia de coronavírus) como alimentação, manufatura e serviços.

No Brasil, em 2020 — por causa da crise de covid-19 — houve uma piora no mercado de trabalho em geral. Mas as mulheres foram as mais impactadas. Entre abril e junho do ano passado, por exemplo, cerca de 46,3% delas estavam trabalhando. Esse foi o nível mais baixo desde 1990, quando o percentual ficou abaixo de 50%, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Com isso, oferecer mentoria pode ser uma forma de fomentar o retorno dessas mulheres ao mundo corporativo. Visto que a modalidade trata-se de uma conexão entre profissionais: de um lado, o mentor — expert em determinado assunto — ensina ao mentorado — que ainda precisa desenvolver essas características (aprenda como melhorar a diversidade de gênero na empresa no tópico abaixo).

“O mentor pode oferecer o incentivo e a orientação de que o mentorado precisa para seguir em frente. A orientação ajuda a moldar o curso mais amplo de uma carreira”, diz o comunicado da Archewell, fundação sem fins lucrativos de Meghan e Príncipe Harry.

Mercado de Trabalho

PRECISAMOS FALAR SOBRE IGUALDADE DE GÊNERO NAS EMPRESAS

O último relatório anual do Fórum Econômico Mundial mostrou que precisaremos de, ao menos, 136 anos para alcançar a igualdade entre homens e mulheres no mundo corporativo.  São muito anos. É preciso criar ações e movimentos para acelerar a equidade. Além disso, estudos apontam que empresas que apostam em diversidade têm probabilidade maior de alcançar resultados financeiros acima da média do mercado. Na América Latina, por exemplo, as mulheres executivas trazem, em média, 14% a mais de faturamento quando comparadas aos homens em cargos de liderança, segundo um estudo realizado pela McKinsey.

+ Como construir um ambiente de diversidade e inclusão

O QUE DEVE SER FEITO PARA AUMENTAR A IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO

"É fundamental investir na economia do cuidado, pois, os setores de assistência social, educação e saúde são importantes geradores de emprego, principalmente para as mulheres”, diz a OIT. A organização sugere também jornadas de trabalho mais flexíveis para que haja divisão de trabalho em casa mais justa entre homens e mulheres. “Promover a participação das mulheres nos órgãos de tomada de decisão e um diálogo social mais eficaz também faria uma grande diferença”, disse a OIT.

E como você pode contribuir? Levando o tema para a companhia em que você trabalha. Juliana Alencar, líder de cultura na StartSe, listou 5 dicas que podem acelerar a igualdade entre homens e mulheres no mundo corporativo. São elas:

1 - Busque conhecimento sobre o tema
“Talks internos, guias, links e a participação de membros da empresa em diferentes eventos e movimentos são ótimas alternativas, pois ampliam a troca de informações e experiências. A companhia passa a conhecer mais sobre as práticas que o mercado tem praticado, enriquece a busca por soluções e acelera o processo de construção da diversidade na empresa”, diz Juliana. 

2 - Avalie a situação atual de diversidade
“Veja como está o quadro de igualdade de gênero, o reconhecimento dos motivos que levaram a empresa ter esse percentual e a criação de políticas e práticas que possam promover ou acelerar a criação e manutenção de um ambiente mais igualitário. Ter a avaliação atual ajuda a medir e acompanhar os avanços do projeto de igualdade ao longo do tempo.”

3 - Defina um plano de ação
“Descubra o que implementar, em quanto tempo e com quem. Como, por exemplo, criar uma meta de ter um % de mulheres na alta liderança ou por alguma função específica até o final de 2021. Outra dica é criar metas envolvendo parceiros externos, como ‘até 2022 quero ter X% de fornecedores que possuem essa mentalidade e um quadro similar de igualdade de gênero ou que fomentem o tema'. Lembrando que as metas de percentual de igualdade devem sempre acompanhar as questões envolvidas, como igualdade salarial."

4 - Continue estudando sobre o tema
“Não adianta ter apenas a igualdade de gênero no quadro de colaboradores se a empresa não conseguir ter a inclusão e, abraçar, de fato, a diversidade de forma respeitosa e profissional. É preciso ter uma boa comunicação interna e nos sites de recrutamento para que todos os canais acompanhem a mesma linha do que vocês estão fomentando. É preciso ter cuidado, por exemplo, para não usar uma linguagem que tenha um viés machista. Exemplo: ‘Abrimos uma vaga de programador’. O jeito ideal seria:, ‘temos uma vaga para pessoa programadora’."

+ Aprenda mais sobre diversidade & inclusão produtiva

Reunimos as principais personalidades femininas que estão conduzindo transformações e gerando impacto real na sociedade para convocar, inspirar, capacitar e apoiar outras mulheres. Tudo isso em um evento com transmissão ao vivo exclusiva para inscritas, no dia 26 de agosto, a partir das 17 horas.

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Sabrina Bezerra é head de conteúdo na StartSe, especializada em carreira e empreendedorismo. Tem experiência há mais de cinco anos em Nova Economia. Passou por veículos como Pequenas Empresas e Grandes Negócios e Época NEGÓCIOS.

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