A sua marca está por dentro do termo? Se a resposta for não, deveria… E explicamos o porquê neste artigo.
(Foto: Jessica Peterson via Getty Images)
, jornalista
10 min
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6 jul 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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As últimas semanas foram tomadas pela expressão cringe nas redes sociais. As buscas pelo termo no Google aumentaram 900% em uma semana. Mas o que isso tem a ver com seu negócio? Tudo. O termo (explicamos com detalhes no tópico abaixo) é uma gíria usada pela Geração Z — nascidos entre o fim dos anos 1990 e o ano 2010 — e serve para classificar o que ela acha que se tornou cafona e ultrapassado da Geração Y, os conhecidos millennials — nascidos entre o fim dos anos 1980 e o fim dos anos 1990.
Isso significa que se o seu posicionamento estiver ultrapassado, pode ser hora de renová-lo. Mas calma. Antes, é preciso entender se vale a pena. Como? Conhecendo com profundidade o seu público-alvo e traçando as estratégias certas (confira abaixo).
A palavra cringe tem origem de um verbo inglês. “'To cringe is to shrink or recoil in embarrassment. Cringe que também se refere a: cultural cringe, the feeling of inferiority about one's own culture. Resumidamente, podemos definir com uma percepção de inferioridade em relação a sua própria cultura. […] Na internet, cringe virou gíria e se tornou um adjetivo usado em parte como expressão do que a Geração Z acha dos millennials”, diz Clara Franco, professora e consultora de marketing estratégico e posicionamento de negócios, em entrevista à StartSe.
"As cinco gerações do pós-guerra, como Baby Boomers, X, Y, Z e Alpha foram cunhadas pela sociologia a partir do entendimento de seus valores, comportamentos e cultura”, diz Clara. Com isso, o estudo das gerações é importante para definir e traçar estratégias para a criação de conteúdo, produto e serviço. Quanto mais você conhecer o comportamento do seu público-alvo, maiores serão as chances de sucesso do negócio.
No mundo do marketing, por exemplo, estudiosos como "Kotler, Kartajayar e Setiawan descrevem a Geração Y como a transição do Marketing 3.0 (Human-Centric) para o Marketing 4.0 (moving to digital). Já a Z inicia em Marketing 4.0 e está moldando o Marketing 5.0 (Technology for Humanity). Sua sucessora, a Geração Alpha, os nascidos a partir de 2010, tem um comportamento ainda mais digital, vivendo o streaming em sua potencialidade máxima”, afirma Clara.
E o que seu negócio pode aprender com isso? Independente das gerações, elas buscam o mesmo sentimento nas marcas: a identificação. Por exemplo, “a Geração Y e Z se identificam com mudanças sociais e sustentabilidade, mas se diferenciam em exigências quanto a experiência do usuário e critérios de fidelização e identidades sociais”, diz a especialista. Por isso, cada marca deve "entender seu mercado, seu cliente e suas expectativas para alcançar um posicionamento coerente" e, consequentemente, atingir bons resultados.
O seu produto ou serviço era para ser desejo de consumo e virou cringe? Se a resposta for sim, não se desespere. Em alguns casos, não é necessário reformular todo o serviço e item oferecido ao consumidor. O primeiro passo, segundo Clara, é entender se trata-se de um comportamento passageiro ou uma tendência e, até que ponto está relacionado com o público-alvo de sua empresa. “A marca pode ter a opção de se posicionar ou não. No entanto, é preciso analisar antes de tomar qualquer decisão para não correr o risco de arranhar a imagem e ou impactar negativamente os resultados.”
“Por outro lado, é preciso abraçar a experimentação, o fracasso e aprendizados na metodologia de marketing podem ser os heróis necessários para desbloquear o poder de insight e inovação.”
Estamos na era de tempos incertos em que tudo pode mudar de uma hora para outra. Não é diferente com produtos e serviços que foram criados para serem objetos de consumo e ficaram ultrapassados. A melhor forma de lidar com essas mudanças é colocando em prática novas estratégias. Ou seja, testando. E sai ganhando as empresas que fizerem com mais agilidade. “A capacidade de se mover rapidamente e se adaptar a climas complexos não é mais apenas uma vantagem competitiva, é essencial para a sobrevivência [do negócio]”, afirma Clara.
De acordo com a especialista, uma boa dica é criar submarcas para atender as expectativas dos cringers e dos não-cringers. Por exemplo, se a sua empresa oferece café da manhã, mas por meio de análise e estudos você descobriu que a Geração Z não toma, você pode criar outro produto ou serviço que substitua o café da manhã e que ofereça uma experiência de valor de acordo com a necessidade do público. Como? Convide-os para co-criar junto e faça uma análise de sentimento e menções em comentários nas redes dos próprios cringers e não-cringers. "Isso pode trazer resultados para ambos, tanto a empresa como para o consumidor.”
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Sabrina Bezerra é head de conteúdo na StartSe, especializada em carreira e empreendedorismo. Tem experiência há mais de cinco anos em Nova Economia. Passou por veículos como Pequenas Empresas e Grandes Negócios e Época NEGÓCIOS.
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