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"As empresas precisam engajar e dar voz aos funcionários"

Luciana Andreotti, diretora de recursos humanos e diversidade da 99, conta sobre a importância do RH em trazer mais diversidade para o time, desenvolver pessoas e cuidar da saúde mental dos colaboradores.

"As empresas precisam engajar e dar voz aos funcionários"

Luciana Andreotti, homenageada no Movimento Mulheres do Agora (foto: StartSe)

, jornalista

8 min

18 ago 2021

Atualizado: 19 mai 2023

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Movimento Mulheres do Agora

Por Sabrina Bezerra

Em uma tarde de segunda-feira, Luciana Andreotti, psicóloga e mãe do Martin, contou — em entrevista à StartSe — sobre a sua trajetória profissional e a importância da área de recursos humanos no desenvolvimento dos funcionários. “Eu sou psicóloga e profissional da área de recursos humanos há mais de vinte anos”, disse ela.

Trabalhou na multinacional Johnson & Johnson entre os anos 2003 e 2019, e hoje ocupa uma cadeira de liderança na área de RH na 99. “Eu saí de uma empresa centenária, com processos globais […] e fui para a 99, com um olhar de estruturação, já que a startup estava se desenvolvendo”, conta a executiva.

A partir de então, Luciana passou a desenhar processos e se envolver ainda mais nas pautas sobre diversidade, inclusão e saúde mental dos trabalhadores (veja mais abaixo).

+ Painel: Diversidade & Inclusão produtiva

Luciana Andreotti (Foto: Divulgação)

DIVERSIDADE E INCLUSÃO

Os temas vão ao encontro dos dados: falta diversidade nas empresas e, principalmente com a chegada de pandemia de coronavírus, a área de recursos humanos precisa estar mais presente na manutenção da saúde mental dos colaboradores.

Veja: quando o assunto é diversidade, menos de 10% dos empregados disseram ser LGBTQIA, negros ou ter deficiência. É o que mostra uma pesquisa feita pela Pulses, empresa de soluções de clima organizacional, em parceria com a Nohs Somos, startup de impacto social. 

Além disso, segundo o último relatório do Fórum Econômico Mundial, a igualdade entre homens e mulheres no mundo corporativo deve acontecer em 136 anos. 

Para ajudar a minimizar esse impacto, Luciana conta que a 99 tem um programa em que se junta com os líderes para mostrar as estatísticas diversas da população x o número de funcionários diversos da empresa inteira e de cada área.

A partir daí, de acordo com a lacuna encontrada, são criados programas específicos para desenvolvimento de carreira de pessoas, com foco em LGBTQIA, negros e mulheres, por exemplo. “Também lançamos vagas exclusivas para mulheres em cadeira de liderança e vagas exclusivas para pessoas negras”, diz a executiva.

“As vagas exclusivas têm o objetivo real de trazer diversidade para determinados grupos de áreas. [São abertas] em setores em que a diversidade é menor e que é preciso reforçar a liderança feminina, entre outros", completa.

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A startup também tem alguns grupos de afinidade que "vão desde geek até mães”, diz Luciana. Nesses grupos, os funcionários conversam sobre questões importantes do tema e que podem ser melhorados internamente. “É uma forma da gente olhar para dentro da empresa e melhorar a afinidade e discutir questões do dia a dia daquele tema."

Foi assim que o grupo 99mamães (um dos grupos de afinidades da companhia) decidiu tornar público e entrar na campanha #ContrateGrávidas — em parceria com a startup Bloom  — para fomentar um processo seletivo mais acolhedor, humano e justo. “Quando a gente publica que contrata grávidas, a gente também dá luz e traz holofotes ao tema. Talvez, seja um tabu para muitas empresas, por isso, falar sobre o assunto traz uma questão social importante. A mulher grávida não pode ser impedida e jamais deveria ser de ingressar no mercado de trabalho."

SAÚDE MENTAL

A pauta nunca esteve tão em alta. Ansiedade, burnout, síndrome do impostor… A lista é grande e aumentou o número de profissionais com algum tipo de transtorno mental com a chegada da covid-19. Apenas no ano passado, houve um aumento de 26% no número de licenças no ambiente de trabalho e aposentadoria por invalidez por causa de problemas de saúde mental.

No caso de Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional, 30% dos brasileiros sofrem da síndrome, de acordo com uma pesquisa realizada pela International Stress Management Association (ISMA-BR). 

“É algo importantíssimo. A gente não consegue produtividade, engajamento e gostar da empresa se não estiver feliz consigo. A saúde mental invadiu ainda mais os espaços [por causa do coronavírus]”, afirma Luciana. “A 99 criou uma série de benefícios adicionais voltados à saúde mental para cuidar de nossos colaboradores”, conta.

A IMPORTÂNCIA DA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS

“Nunca vi o RH tão potencializado, tão divulgado, tão celebrado, tão necessário dentro das organizações. Espero que continue assim sempre. Afinal, quando a gente fala de pessoas, a gente fala de cultura, de diversidade, de todas as coisas que permeiam as empresas.” 

“Acredito que um dos papéis mais importantes da área de recursos humanos é estar mais próximo dos funcionários. Por exemplo, ensinar o gestor que tem um perfil mais técnico a ter também o componente humano."

Isso porque, segundo a executiva, é importante que os colaboradores sejam apaixonados pelo trabalho. “E isso só é possível quando a empresa engaja, dá voz e espaço para o funcionário aprender e brilhar. […] O RH é sobre gente. É simples assim”, afirma Luciana.

 

A entrevista completa você confere no podcast Mulheres do Agora, no episódio do dia 23 de agosto, disponível no Spotify, Apple Podcasts, Deezer e Google Podcasts.

Reunimos as principais personalidades femininas que estão conduzindo transformações e gerando impacto real na sociedade para convocar, inspirar, capacitar e apoiar outras mulheres. Tudo isso em um evento com transmissão ao vivo exclusiva para inscritas, no dia 26 de agosto, a partir das 17 horas.

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Sabrina Bezerra é head de conteúdo na StartSe, especializada em carreira e empreendedorismo. Tem experiência há mais de cinco anos em Nova Economia. Passou por veículos como Pequenas Empresas e Grandes Negócios e Época NEGÓCIOS.

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