Levantamento da Factorial avaliou mais de 20 mil colaboradores, de 168 empresas, durante três meses por meio da ferramenta Pulso do Colaborador.
Homem sobrecarregado no trabalho (Foto: Charday Penn via Getty Images)
, redator(a) da StartSe
4 min
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24 nov 2025
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Atualizado: 24 nov 2025
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O RH brasileiro está entrando em um novo ciclo — menos burocrático, mais estratégico — puxado pela combinação entre saúde mental, dados e inteligência artificial.
Um novo levantamento da Factorial, HR Tech global, mostra que o tema deixou de ser conversa tímida para virar métrica de gestão: mais de 20 mil colaboradores, de 168 empresas, tiveram sua percepção monitorada nos últimos três meses por meio da ferramenta Pulso do Colaborador.
O movimento revela um salto importante. Em três meses, foram 3.183 respostas e 263 comentários espontâneos sobre bem-estar e engajamento. O engajamento médio de 9,30% mostra um ambiente mais aberto a falar de emoções — e isso não é detalhe. Em agosto, esse índice chegou a 10,15%, com empresas de turismo e serviços acima da média, evidenciando que a escuta ativa deixou de ser discurso e virou prática.
O contexto explica a urgência: só entre janeiro e abril de 2025, o Brasil registrou 5.248 ações trabalhistas relacionadas a burnout — alta de 14,5% — somando um passivo estimado em R$ 3,75 bilhões, segundo levantamento do escritório Trench Rossi Watanabe. Burnout deixou de ser problema silencioso — agora, pesa no balanço.
Dentro das empresas, a tecnologia virou um aliado.
Luccas Gavron, de People Analytics do Grupo Pinho, reforça que dados trouxeram visibilidade inédita: “Com a Factorial, conseguimos monitorar absenteísmo e satisfação em tempo real. Isso nos permite agir antes do problema estourar — com palestras, ações de ergonomia, saúde e nutrição.”
Essa é a virada: a IA não substitui a empatia, ela amplia o alcance da escuta. A tecnologia identifica padrões, antecipa riscos e dá ao RH o superpoder de transformar sintomas em diagnósticos, e diagnósticos em ação.
“Estamos entrando em uma nova etapa da gestão de pessoas. A IA não troca o toque humano — ela amplia a capacidade do RH de enxergar tendências e agir com assertividade”, afirma Renan Conde, CEO Brasil da Factorial.
E o mercado confirma a tendência. Segundo o estudo AI for HR, da Distrito, 78% das empresas já usam IA. Mas o Brasil ainda corre atrás: para o Gartner, 70% dos RHs brasileiros ainda não utilizam a tecnologia em suas operações.
Os resultados da Factorial mostram que saúde mental deixou de ser pauta periférica. É estratégia. É cultura. É prevenção.
E o RH que enxergar isso agora terá vantagem competitiva decisiva: ambientes mais saudáveis, engajados e sustentáveis — movidos por dados, empatia e inteligência artificial.
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Jornalista e Copywriter. Escreve sobre negócios, tendências de mercado e tecnologia na StartSe.
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