Empresas estão apostando no token não fungível como modelo de negócio. O movimento reflete nas profissões do futuro (e do agora). Entenda!
Escritório do Instagram (Foto: divulgação)
, jornalista
10 min
•
9 nov 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
newsletter
Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!
Virou trend nas redes sociais a sigla NFT. Não, não a trend apenas publicada por usuários, mas a tendência de ser um modelo de negócio das big techs.
No comunicado recente, o Instagram anunciou que terá recursos para criar e negociar NFT dentro do aplicativo ‒ uma espécie de marketplace de token não fungível onde será possível comprá-los e vendê-los.
Mas longe de ser a única. Twitter, TikTok e por aí vai também são empresas de tecnologia que apostam no NFT como inovação do agora (e do futuro) para manter usuários na plataforma. Varejistas e outros segmentos também estão na lista.
A ação reflete nas profissões do futuro, e provavelmente, a sua deve estar na lista. Ou deveria (entenda mais adiante).
Essa siglazinha de três letras significa "non-fungible token" ou "token não fungível", em tradução.
Nada mais é do que algo virtual – qualquer coisa mesmo – que após ser registrado na blockchain (a mesma plataforma usada em criptomoedas) não pode ser substituído. É um item único.
O token não fungível mais caro do mundo, ao menos por enquanto, foi o The Merge, somando um total de US$ 91,8 milhões.
Agora falando de mercado, para você ter uma ideia, chegou a movimentar entre agosto de 2021 e maio de 2022 cerca de US$ 2 bilhões mensais.
Em junho de 2022, a movimentação começou a cair. Apesar disso, continua sendo uma aposta de inovação para as empresas, em especial as big techs e as varejistas. E o que isso tem a ver com a sua profissão? Entenda:
No caso do Instagram, por exemplo, o marketplace exige conhecimento dos funcionários da rede social das mais diversas áreas, como tecnologia, comercial e comunicação.
Já quando o assunto é varejo, a marca de roupa francesa Lacoste liberou NFTs para membros da comunidade e pasme: esgotou em poucas horas. Nike também entrou na onda ao vender tênis digitais.
Não à toa designer especializado em itens online é uma das profissões do futuro. Além disso, se as roupas são digitais, pessoas de marketing, por exemplo, devem entender também como funciona a inovação para ajudar a potencializar o negócio.
Isso significa que, para manter o sucesso na carreira, é preciso que esses colaboradores dominem a tecnologia. Assim, eles ganham, a empresa ganha e os usuários ganham.
E a história está tão séria, que na área de recursos humanos essa startup decidiu transformar o tempo dos executivos em NFT.
Agora, do lado de quem usa plataformas de NFT, existem infinitas possibilidades para surfar a onda. A fotógrafa Natalie Amrossi usou o recurso do Instagram para aumentar o reconhecimento do seu trabalho e, como resultado, viu um aumento nas vendas.
“Essa nova tecnologia oferece outra forma de ganhar dinheiro e nos conectarmos com fãs e colecionadores. O Instagram está ajudando muitos artistas, inclusive eu, a desenvolver suas carreiras”, diz Natalie.
Ela não é a única. A Lívia Elektra, musicista e principal fotógrafa brasileira em destaque na comunidade NFT, disse em entrevista à StartSe que foi pioneira em apostar no token não fungível como carreira.
“Eu entrei nesse universo vendendo as minhas fotografias”, diz ela que chamou a atenção de marcas como o Grupo Boticário. “Eu trago autenticidade para a fotografia. Aquele item é único. E, utilizando a tecnologia da blockchain, eu consigo receber royalties para o resto da vida”, completa.
Isso porque, quando o item é transformado em NFT, ganha valor. Para exemplificar, por exemplo, o quadro da Monalisa, que está no Museu do Louvre, vale muito porque é o único original, certo?
Agora, quando olhamos para o universo dos tokens não fungíveis, o movimento é parecido. “Todo mundo pode baixar uma foto na internet e tentar vender, mas a diferença de preço em comparação com o token não fungível é absurda, porque só tem uma original e é o NFT”, diz durante o videocast Mulheres do Agora Simone Sancho, cofundadora da EVE.
Do lado das big techs, em tempos de briga acirrada para atrair a atenção dos usuários com vídeo curto, redes sociais como o Instagram miram os NFTs para diversificar o negócio. Não à toa. As empresas analisam os números dos tokens não fungíveis e o interesse das pessoas - que chegaram a movimentar bilhões (como citado acima).
Já quando o assunto é carreira, os NFTs são o futuro do trabalho - e tem até cargo surgindo para especialistas no assunto. A reflexão que fica é: se tudo pode ser transformado em NFT, que tal pensar em estratégias com o token não fungível na sua área de atuação? Seria uma boa forma de se destacar quando o assunto é estar um passo à frente, né? Ou para ganhar uma renda extra com as suas músicas, fotografias, entre outras.
Agora, se você quer um empurrãozinho para se aprofundar um pouco mais no tema e, em outras tecnologias, tem um programa bem bacana da StartSe que se chama Business Tech Now. Veja aqui!
Gostou deste conteúdo? Deixa que a gente te avisa quando surgirem assuntos relacionados!
Assuntos relacionados
, jornalista
Sabrina Bezerra é head de conteúdo na StartSe, especializada em carreira e empreendedorismo. Tem experiência há mais de cinco anos em Nova Economia. Passou por veículos como Pequenas Empresas e Grandes Negócios e Época NEGÓCIOS.
Leia o próximo artigo
newsletter
Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!