É possível equilibrar eficiência com inovação! Entenda como
Pessoas trabalhando uma estratégia de negócio (Fonte: Getty Images)
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7 min
•
20 dez 2022
•
Atualizado: 5 jun 2023
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Tem muita empresa que pensa só no seu presente; outras que vivem prevendo o futuro. Ambidestria organizacional é justamente o que oferece o equilíbrio entre essas duas pontas — ou seja, um conceito que garante eficiência operacional ao mesmo tempo em que a empresa se aventura na inovação.
Falando assim, parece simples… Mas é uma equação difícil de balancear. Isto porque, se a empresa está mais no futuro do que no presente - a tendência é que ela aposte em tecnologias e disrupções que não esteja pronta para receber, o que pode comprometer a sustentabilidade do negócio; caso contrário (mais no presente do que no futuro), é possível que ela se estagne e perca a capacidade de inovar.
Enquanto a sustentação é responsável pela otimização de performance em produtos e serviços existentes, a disrupção é necessária para antecipar tendências. Entenda melhor adiante.
O termo foi escrito, pela primeira vez, por Robert B. Duncan, político norte-americano, em 1976, e nasceu com o seguinte significado:
“Ambidestria organizacional serve para acomodar os alinhamentos conflitantes necessários para inovação e eficiência”.
Logo depois, em 1996, Michael L. Tushman e Charles A. O'Reilly propuseram uma nova definição:
“A capacidade de buscar simultaneamente inovação incremental e descontínua - hospedando múltiplas estruturas, processos e culturas contraditórias dentro da mesma empresa”
Juntando as duas abordagens, hoje vemos que a ambidestria organizacional é a estratégia de uma empresa para desenvolver - simultaneamente - duas competências: inovação, pensando no futuro, no longo prazo e na permanência competitiva no mercado e em aumentar sua eficiência nas entregas presentes.
Para responder essa pergunta, cabe o exemplo: imagine que o produto de maior sucesso da sua empresa é um computador. Você deixaria de vender esse equipamento só porque já sabe que os tablets, smartphones e até mesmo o metaverso, poderão substituí-lo em breve?
A resposta correta - dentro do contexto de ambidestria organizacional - é que não. Você deve, sim, se aventurar em produzir aparelhos que são tendência no mercado, mas precisa continuar operando e investindo no seu computador - que já é eficiente e está fidelizado.
Desta forma, você conseguirá unir tanto a dinâmica de busca contínua para novas fontes de geração de riqueza, quanto a eficiência que mantém o caixa consolidado da sua companhia.
Existem três grandes formas de empresas operarem esse tipo de estratégia, veja:
Neste modelo, a equipe desenvolve a sua meta em períodos: primeiro foca em operacional, depois em inovação e assim sucessivamente.
Como o nome já diz, aqui a inovação e o operacional andam juntos e possuem o mesmo peso na meta da empresa.
Nesta estratégia, existem dois tipos de times: um que trabalha para a inovação e outro para o operacional.
Depois de entender como o conceito funciona, algo já fica bastante claro: essa estratégia garante à empresa um lugar muito bem posicionado no mercado. Isto porque, além de estimular o seu foco para melhorar e aprimorar os seus produtos atuais, você consegue criar oportunidades para se manter no mercado durante bons anos.
Basicamente, através da ambidestria operacional, você consegue:
1- ELEVAR SEU POTENCIAL COMPETITIVO
2- GANHAR ESCALA
3- AUMENTAR A PRODUTIVIDADE
Enquanto, de um lado, os smartphones - que são seus principais produtos de sustentação - são aprimorados; do outro, a empresa pratica inovação com o lançamento de novos produtos e serviços. Um grande exemplo é o óculos VR, que já tem até data prevista para chegar.
A proposta e produto de sustentação do Airbnb é o aluguel de imóveis por temporada. Mas a empresa não para por aí… Para inovar e se manter relevante no mercado, ela acaba de lançar um novo serviço: o aluguel para inquilinos (algo inédito no mercado).
A empresa automobilística tem um exemplo claro de ambidestria: em um só produto (os seus veículos elétricos híbridos), a marca conseguiu incluir o seu pilar de sustentação (carros à combustão), com a eletrificação - que é a parte inovadora.
Como falamos acima, existem três formas de uma empresa colocar isso em prática: rotativa, simultânea e dividida. E aqui vai a minha opinião: aposte na simultânea. Assim, cada um dos colaboradores terá a missão de equilibrar as duas pontas diariamente - e não somente a cada X dias.
Por fim, foque no seu produto “carro-chefe” e nunca deixe de estudar as tendências do setor.
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Jornalista. Possui experiência no mercado financeiro, social media e customer experience. Passou pela XP Inc.
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