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A ilusão de controle que destrói empresas

Cada "precisa passar por mim" que você diz como líder tem um preço invisível: autonomia, velocidade e respeito do seu time.

A ilusão de controle que destrói empresas

Microgerenciamento é um dos principais erros da liderança atual

, redator(a) da StartSe

4 min

22 dez 2025

Atualizado: 22 dez 2025

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Todo líder que exige aprovar tudo acredita que está protegendo a empresa. Garantindo qualidade. Evitando erros caros. Mas o que realmente está fazendo é criando um gargalo humano que atrasa tudo, frustra todo mundo e sufoca qualquer chance de inovação.

O problema começa na ilusão de controle. Você acredita que, se aprovar cada decisão, nada vai dar errado. Mas a verdade é o oposto: quanto mais você centraliza, mais erros acontecem. Porque você vira o único ponto de falha.

Se você está ocupado, tudo para. 

Se você está viajando, nada avança. Se você está doente, a empresa congela.

E tem um custo ainda maior: você está dizendo para o time que não confia neles. Cada "me manda para eu aprovar" é um sinal claro de que você não acredita que eles são capazes de decidir.

E quando as pessoas percebem isso, param de pensar. Viram executoras. Esperam ordens. E aí você tem que aprovar mesmo, porque ninguém mais assume responsabilidade.

Líderes que exigem aprovar tudo também criam uma cultura de: “vou pedir aprovação de todo mundo para não cair no meu colo depois”

Ninguém decide nada sem rastro. Tudo vira e-mail para "deixar registrado". Decisões simples viram threads intermináveis porque ninguém quer ser responsabilizado.

A verdade que poucos líderes admitem: aprovar tudo também serve ao ego. 

Faz você se sentir importante. Necessário. Indispensável. "Nada acontece sem passar por mim" soa como controle, mas é insegurança disfarçada de diligência.

Líderes realmente bons fazem o oposto. Distribuem decisões. Dão contexto, não comandos. Explicam o "porquê", não o "como". Empoderam o time para decidir e assumir as consequências.

Se você quer escalar de verdade, precisa aprender a sair do caminho. Sua função não é ser o validador-chefe. É criar clareza de propósito, contratar gente melhor que você, dar ferramentas e autonomia, e deixar que eles brilhem.

A pergunta que você precisa fazer não é "como garanto que nada dê errado?". É "quantas decisões boas estão deixando de acontecer porque tudo precisa passar por mim?".

E a resposta, se você for honesto, vai te assustar.

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Jornalista e Copywriter. Escreve sobre negócios, tendências de mercado e tecnologia na StartSe.

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