Juventude deixou de ser vantagem competitiva.
Imagem: ChatGPT
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5 min
•
4 set 2025
•
Atualizado: 5 set 2025
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Ser jovem, hoje, é carregar uma bagagem emocional mais pesada que a experiência de um executivo sênior.
Durante décadas, psicólogos sociais acreditavam que a felicidade seguia uma curva em U:
- Jovens felizes,
- Adultos de meia-idade infelizes,
- Idosos voltando a sorrir.
Mas essa lógica foi quebrada.
Um estudo recente com mais de 2 milhões de pessoas em 44 países revelou que os jovens entre 18 e 25 anos são, hoje, os mais infelizes da sociedade.
Nos Estados Unidos, a tradicional "crise dos 40" agora aparece aos 20 e poucos anos. A famosa “curva em U” virou uma ladeira abaixo. O que está matando a alegria de viver dos mais jovens?
Não é só inflação, geopolítica ou instabilidade. É um colapso estrutural de sentido.
Vivemos uma era de:
Eles cresceram com acesso ilimitado à informação, mas sem nenhuma alfabetização emocional para processá-la. Sabem tudo, mas não sabem o que fazer com tudo isso.
Resultado?
Uma geração inteira entrando no mercado exausta, ansiosa, sobrecarregada e sem norte.
Você não vai "motivar" alguém que chega ao trabalho já em colapso. A solução não é mais um mural colorido de cultura, nem um happy hour com pizza e CFO tocando violão.
Essa geração não precisa de glitter corporativo. Precisa de lastro emocional.
Se você é C-Level, empresário ou membro de conselho, comece a agir como quem entendeu o tamanho do problema.
Não é só passar missão-visão-valores.
É mostrar que existe espaço para humanidade, escuta e trajetória.
Exemplo: crie conversas de abertura com líderes sobre inseguranças reais do trabalho.
Planos de metas que ignoram burnout são planos de demissão precoce.
Tenha políticas claras de pausa, acesso a apoio psicológico e métricas de clima organizacional que levem emoção a sério.
“Você precisa evoluir” não significa nada para quem está perdido.
A nova geração precisa de clareza, referência e microvitórias.
Construa isso.
Eles não passaram por 2008.
Nem viram juros a 14%.
Nem viveram crise de verdade em alto cargo.
Prepare, treine, exponha com segurança. Sem jogar no fogo.
Se o jovem não vê sentido no que faz, ele não fica.
E pior: se fica, ele adoece.
Toda tarefa precisa estar conectada a algo maior — nem que seja um projeto, uma causa ou um impacto real no cliente.
E se você — líder, executivo, conselheiro — não entender isso, vai continuar cobrando foco de quem vive em dispersão, entrega de quem carrega angústia, lealdade de quem só sente vazio.
No fim, talvez o maior desafio de ser líder… não seja guiar o futuro. Mas não perder quem vai vivê-lo.
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Experiente Diretor de Marketing, Inovação e Estratégia com um histórico comprovado em vários indústrias. Hábil em Gestão de Marketing, Planejamento de Mercado, Planejamento Estratégico, Customer Marketing, Inovação e Transformação Digital.
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