EUA pode investir US$ 1 bilhão em alternativa ao 5G da Huawei

Por João Ortega
15 de janeiro de 2020 às 15:43 - Atualizado há 2 anos

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Nesta terça-feira (14), uma proposta de lei foi introduzida ao senado norte-americano propondo a criação de um fundo de US$ 1 bilhão para investir em pesquisa e desenvolvimento sobre o 5G. O projeto apresentado pelo senador Marco Rubio pretende criar uma alternativa viável à estrutura da chinesa Huawei para a rede de alta velocidade.
Hoje, a Huawei não tem concorrência à altura quando se fala na infraestrutura de distribuição do 5G. Por isso, diversos países ocidentais – muitos aliados históricos dos EUA – estão aderindo à tecnologia chinesa para disponibilizar o 5G em seus territórios. Nesta semana, por exemplo, o Reino Unido deu indícios de que pode se render ao equipamento da Huawei.
“Estamos em um ponto crítico da história para definir o futuro do relacionamento entre EUA e China no século XXI. Não podemos permitir que as empresas de telecomunicações chinesas dirigidas pelo estado superem os concorrentes americanos”, disse Rubio. O senador argumenta que, sem alternativas à altura, os esforços do governo norte-americano para convencer aliados a se afastarem da Huawei têm sido em vão.
Em resposta, a Huawei afirma que seria mais benéfico aos EUA investir em segurança cibernética, já que a justificativa do senador é de que a tecnologia chinesa “comprometeria a segurança nacional” dos países que aderirem a ela. “A Huawei gastou bilhões em pesquisas 5G, portanto, seria lamentável ver um desperdício de dinheiro dos contribuintes dos EUA quando há maneiras mais econômicas de garantir a segurança de uma rede”, disse Donald Morrissey, diretor de assuntos governamentais da Huawei nos EUA.
O projeto é semelhante a outras propostas que tramitaram no senado dos EUA mirando proteger o país da dependência da Huawei. Desde julho, legisladores visam a criação de fundos específicos para criar tecnologia que substitua a chinesa, com foco nas pequenas operadoras rurais de telecomunicações – a maioria destas tende a aderir ao equipamento da Huawei por conta dos valores reduzidos que a empresa propõe. Nenhuma das propostas de lei, no entanto, foi concretizada.
Contexto internacional
Enquanto legisladores republicanos tentam barrar a tecnologia chinesa do país, os senadores democratas estão mais preocupados com a possibilidade de impeachment do presidente Donald Trump. O processo começa a ser votado nesta quinta-feira (16).
O presidente, por sua vez, trabalha na primeira fase de um acordo com a China. A ideia é por um fim à “guerra comercial” que acontece desde 2018 e tem a Huawei como um dos pivôs. Hoje, os EUA impõem uma série de tarifas sobre produtos chineses, impedem empresas de tecnologia de fornecer peças à China e baniram certas companhias chinesas de comercializar no país. A tendência é que parte dessas resoluções seja cancelada. Os detalhes do acordo, porém, não foram divulgados.
Ainda assim, é improvável que o trato ponha um fim, de fato, na disputa entre EUA e China. As duas maiores potências do mundo devem continuar o entrave pela liderança tecnológica e econômica em escala global. A Huawei, com amplo apoio do governo chinês, é uma das principais “armas” de influência internacional do país asiático.

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