Na crise, surgem oportunidades: China “salva” 77 mil vidas com redução da poluição

Por João Ortega
17 de março de 2020 às 17:02 - Atualizado há 2 anos

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Só hoje, nossos melhores Cursos Executivos ou Programas Internacionais com até 50% off
Inscreva-se agora - SVWC 2020
É impossível prever quais serão as consequências do surto do coronavírus em escala global. A economia deve sofrer impacto negativo, sistemas de saúde serão sobrecarregados e, infelizmente, muitas pessoas irão morrer. No entanto, estudos já identificam que, da crise, surgem boas notícias e oportunidades para a sociedade evoluir em diversos sentidos.
Uma pesquisa da Universidade de Stanford, nos EUA, verificou a diminuição da poluição em quatro das maiores cidades da China (Pequim, Xangai, Guangzhou e Chengdu) no período em que a grande maioria da população ativa do país trabalhava de suas casas. De acordo com reportagem da Forbes, o professor Marshall Burke, encarregado pelo estudo, focou na concentração das micropartículas PM2.5 – maiores responsáveis por mortes relacionadas à poluição do ar.
Ao longo dos últimos três meses, nas quatro cidades analisadas, a estimativa do pesquisador é de que 77 mil vidas foram “salvas” por conta da drástica redução da poluição atmosférica. Isto porque houve menor deslocamento em automóveis com as pessoas passando a maior parte do tempo em suas casas, a atividade industrial desacelerou radicalmente e gastos energéticos em geral foram minimizados.
Para tornar o estudo ainda mais realista, Burke restringiu a amostra para crianças com menos de cinco anos e idosos acima de 70. Isto porque estes são os grupos mais propensos a morrer por complicações relacionadas à micropartícula PM2.5. No caso, as vidas salvas teriam sido de 4000 crianças e 73 mil idosos.
“Mesmo sob essas premissas mais conservadoras, as vidas salvas devido à redução da poluição são aproximadamente vinte vezes o número de vidas que foram perdidas diretamente pelo vírus”, afirma Marshall Burke. “De maneira mais ampla, o fato de que uma interrupção dessa magnitude possa realmente levar a alguns grandes benefícios sugere que nossa maneira normal de fazer as coisas precisa de disrupção”.
Oportunidade de disrupção
O pesquisador de Stanford lamenta que, neste momento, a taxa de poluição no ar na China está voltando a subir. Isto porque a situação do coronavírus no país já está controlada e, de forma gradual, a rotina está voltando ao normal.
Há, no entanto, uma oportunidade para a China utilizar estes dados para buscar formas de reduzir a poluição. Não é um processo fácil sem prejudicar a economia do país, é claro. Mas o que a inesperada “quarentena” no início deste ano revelou sobre a saúde pública na China não pode ser ignorado.
Este raciocínio pode ser replicado para outros países e também para o mundo empresarial. Em toda crise surgem oportunidades. Segundo Felipe Lamounier, head de missões internacionais da StartSe, “a questão do home-office nunca será a mesma depois do surto do coronavírus”. A previsão do executivo é de que as empresas comecem a adotar essa forma de trabalho para parte de seus funcionários quando a situação de saúde no Brasil seja normalizada.
Neste sentido, a StartSe quer ajudar o ecossistema de empresas do país a repensar suas organizações e seus métodos de trabalho. Ademais, a empresa quer que os profissionais brasileiros encontrem um recomeço nas suas carreiras visando o mercado de trabalho do futuro. Para isso, foi criado o ReStartSe, o maior programa de capacitação ONLINE e GRATUITO do Brasil, com aulas diárias durante o período em que a maioria dos brasileiros deve ficar em casa. Saiba mais!

Transmissão exclusiva: Dia 08 de Março, às 21h
Descubra os elementos secretos que empresas de sucesso estão usando para se libertar do antigo modelo de Gestão Feudal de Negócios.

Comentários