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Sucesso após os 50: por que os profissionais mais sêniores devem empreender?

Profissionais mais sêniores que estão com dificuldade de conseguir um novo emprego deveriam estar empreendendo

Sucesso após os 50: por que os profissionais mais sêniores devem empreender?

Homem de cabelos brancos e óculos segurando caneta, atrás uma mesa de escritório (Fonte: Getty Images)

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Recolocação no mercado de trabalho sempre foi um desafio quando o profissional está acima 50 anos. E num mercado em que o desemprego está em alta, a dificuldade aumenta. Porém, segundo um estudo, profissionais mais sêniores que estão com dificuldade de conseguir um novo emprego deveriam estar empreendendo.

A conclusão é do relatório “Empreendedores 50+: o Futuro do Brasil”, desenvolvido pela consultoria Empreendabilidade, voltada a estimular o empreendedorismo usando big data analytics.

A partir do cruzamento de dados macroeconômicos, indicadores do mercado empresarial e do perfil de profissionais maduros, o relatório relacionou a projeção de envelhecimento da população, as taxas de sucesso de fundadores de empresas em diferentes faixas de idade e o impacto positivo da maturidade nos negócios. 

A conclusão disso tudo? Segundo a Empreendabilidade, empreender não apenas ajudaria a resolver a questão da ocupação socioeconômica da população na faixa etária acima de 50 anos como traria uma série de benefícios para a sociedade.

“Os profissionais maduros têm mais chance de dar certo como empreendedores, geram mais empregos e trazem maior impacto positivo em geral quando empreendem”, afirma Ricardo Meireles, fundador do Empreendabilidade e responsável pelo estudo.

O relatório buscou números para analisar o impacto e produtividade do empreendedor maduro. A partir de dados do GEM (Global Entrepreneurship Monitor), um levantamento mundial sobre empreendedorismo que no Brasil utiliza indicadores do Sebrae, o report mostra que os empreendedores com 50 anos ou mais são proprietários de mais empresas estabelecidas (que passam a fase da mortalidade precoce, antes dos 3 anos de operação), além de terem maior confiança dos bancos na aquisição de crédito.

Além disso, também são mencionados no estudo fatores relacionados à maturidade e considerados características de bons empreendedores como aptidão para tomar melhores decisões, maior aceitação a riscos e disposição para lidar com situações complexas.

Para Ricardo, o público 50+ deveria, prioritariamente, estar sendo direcionado a empreender, enquanto está sendo tratado como grupo de inclusão no mercado de trabalho.

“O movimento das empresas para reempregar os maduros é também necessário, visto que boa parte da sociedade brasileira não tem educação financeira e poucos estão preparados para ficar sem uma renda mensal, principalmente após a pandemia. Porém, esses processos acabam sub-aproveitando o potencial desses profissionais para vagas operacionais e, na prática, o impacto de empreender é mais benéfico”, aponta.

Com a palavra, um empreendedor com mais de 50 anos

Para dar seus dois centavos de opinião sobre o estudo, o Startups conversou com Mauro Wainstock, empresário e especialista em temas como o empreendedorismo depois dos 40 e 50 anos. Para Mauro, empreender em uma idade mais madura sempre deve ser uma possibilidade, mas a maturidade não elimina a necessidade de qualificação.

“Nem todos têm perfil empreendedor. Mas, aqueles que decidirem abrir um negócio próprio, devem estar conscientes de que a qualificação é o próximo movimento. E, no caso de um profissional 50+, esta decisão pode ser não apenas pela necessidade financeira, mas também pela identificação de oportunidades, para realizar um sonho adormecido ou mesmo para que sintam que são úteis e produtivos, podendo socializar e adquirir novos aprendizados”, avalia Mauro, que também é colunista do Startups.

Segundo ele, a atuação dos profissionais acima de 50 anos, seja empreendendo ou fazendo parte das equipes em novos negócios, é um caminho natural e irreversível. “Isso vale não apenas para o bem-estar individual e para a família, mas igualmente para a sociedade e para a economia, ainda mais se levarmos em consideração que 76% deles são a única ou a principal fonte de renda das residências do Brasil”, completa.

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