Revolut vira ameaça ao Nubank?

A fintech britânica que já disputa com o Nubank o posto de maior banco digital do mundo acaba de deixar claro seu próximo alvo: a América Latina. O Revolut anunciou nesta semana um plano agressivo: US$ 13 bilhões em investimentos nos próximos 5 anos, e quer chegar a 70 mercados até 2030.

O México, a Colômbia e a Argentina estão na lista de expansão para 2026. No Brasil, onde já opera, a empresa ainda não tem a mesma ênfase em crédito que o Nubank, mas a convergência é inevitável. 

Palavras do CEO do Revolut México, Juan Guerra, ao Valor Econômico: “Vai ser uma batalha de titãs, vai ser sangrento, intenso e maravilhoso”.

O embate não será apenas contra o Nubank. O Revolut também mira Santander e BBVA, provocando diretamente os bancos tradicionais:

“Se eu fosse eles, estaria preocupado. O que fizemos na Espanha mostra o que podemos fazer no México, disse Juan Guerra”

As ambições globais

Hoje, o Revolut está em 40 países e atende 65 milhões de usuários. O plano: 100 milhões até 2027. Só no 2º trimestre de 2025, a empresa registrou US$ 1,4 bilhão em receita. Os aportes vão se espalhar: US$ 4 bi no Reino Unido, US$ 1,2 bi na França e US$ 500 mi nos EUA.

O próximo capítulo no Brasil

Além da frente para pessoas físicas, o Revolut Business já fatura US$ 1 bi ao ano no mundo, e deve chegar ao Brasil em 2026. 

Por aqui, o Revolut é reconhecida opção de cartão de crédito para viajantes internacionais. É comum ver a marca em conteúdos de creators de viagem no Youtube, por exemplo. 

Agora que a mira, e o cofre da empresa estão voltados para a América Latina, não é exagero afirmar que está surgindo uma sombra poderosa para concorrer com a maior fintech brasileira de todos os tempos, até agora: o Nubank.

Quem ganha com isso? 

Palavras do próprio CEO da Revolut: “Milhões de pessoas vão se beneficiar”.