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As empresas que a Americanas comprou desde 2020

Antes da descoberta do rombo de R$ 20 bilhões, companhia fez uma série de aquisições. Veja a lista completa!

As empresas que a Americanas comprou desde 2020

Logo da Americanas no navegador (foto: reprodução)

, jornalista

8 min

16 ago 2021

Atualizado: 19 mai 2023

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A história da Lojas Americanas começou em 1929, em Niterói, no Rio de Janeiro. Foi fundada pelos americanos John Lee, Glen Matson, James Marshall e Batson Boger. No mesmo ano, outras três lojas foram inauguradas. O slogan da companhia era "nada além de dois mil réis”. Chamou a atenção da clientela e, onze anos depois, estreou na Bolsa de Valores. 

Em 1982, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira — sócios do Banco Garantia — assumiram o controle da empresa. 17 anos depois, a varejista marcou território no e-commerce. Foi lançado o site americanas.com e foi inaugurado o primeiro centro de distribuição em Itapevi, em São Paulo. 

No ano de 2006, foi criada a B2W Digital, plataforma de negócios lançada pela fusão entre Submarino, Shoptime e Americanas.com. Se tornou, então, uma das maiores empresas de e-commerce nacionais.

A entrada no universo de M&A (fusões & aquisições) começou a todo vapor. Envolveu apostas, algumas boas; outras nem tanto. Veja: em 2007 — apostou na compra da BWU, empresa detentora da marca Blockbuster no Brasil, incluindo 127 lojas físicas à rede Americanas Express. Em 2014, fez a aquisição da transportadora Direct Express, especializada em entregas de e-commerce. 

E uma curiosidade: em 2015, o resultado financeiro da B2W passou a apresentar rombos históricos e a Lojas Americanas que detinha parte do capital da empresa, fez novos investimentos para salvar a operação online. Em abril deste ano, depois de muitas especulações, a Lojas Americanas e a B2W anunciaram a fusão de suas empresas. Com isso, as marcas Lojas Americanas e B2W não existem mais. Agora, são uma única empresa chamada Americanas S.A.

Uma das estratégias da companhia é diversificar o negócio. Para isso — seguindo o exemplo de outras varejistas — está investindo na compra de uma série de empresas. Esse comportamento tem sido acelerado neste ano. Fizemos uma lista de tudo o que a empresa comprou (incluindo as compras das antigas Lojas Americanas e B2W) do ano passado até hoje. Confira abaixo.


Fachada Lojas Americanas (Foto: Divulgação Lojas Americanas)

JANEIRO DE 2020

Em janeiro de 2020, foi feita a compra do Supermercado Now, plataforma de e-commerce focada na categoria de supermercado online. Por meio dela, é possível conectar consumidores e diversos supermercados por meio da internet. A aquisição foi feita por meio da B2W e, em comunicado ao mercado, a empresa disse que o modelo de negócios se tratava de sucesso em outros países, com grande oportunidade de crescimento no Brasil. “E permitirá à B2W expandir sua presença na categoria de supermercado, abrindo uma nova frente de crescimento e oferecendo um sortimento ainda mais completo para os mais de 16 milhões de clientes ativos da companhia”, afirma em nota a companhia.

DEZEMBRO DE 2020

Neste mês, a companhia comprou a Bit Capital, plataforma de Open Banking baseada em blockchain e Open APIs. O negócio foi fechado por meio da Ame Digital Brasil Ltda, fintech e plataforma mobile de negócios da empresa. “A aquisição está em linha com o plano de negócios da Ame, possibilitando a aceleração do seu desenvolvimento e maximizando suas frentes de negócios. Ainda é prematuro estimar seus efeitos nos resultados da Americanas e da B2W”, disse a companhia em comunicado ao mercado.

Ainda em dezembro foi feita a compra das operações da Parati Crédito Financiamento e Investimento S.A., sociedade de crédito, financiamento e investimento (SCFI). A companhia “tem acesso ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e ao Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) e atua como Bank as a Service (BaaS) e Regtech, integrando fintechs ao sistema bancário e distribuindo, por meio de parceiros, soluções de crédito, nas quais é emissora de Cédula de Crédito Bancária”, diz a varejista em comunicado. A aquisição foi feita pela Ame, “com o objetivo de oferecer soluções mais completas para os mais de 15 milhões de clientes pessoas físicas e 2,8 milhões de estabelecimentos comerciais conectados, incluindo conta digital, cartão de crédito, cartão pré-pago, empréstimos, integração com PIX, entre outras."

+ Nova fase do Open Banking entra em vigor. O que mudou?

ABRIL DE 2021

Em abril de 2021 foi feita a aquisição da Shipp, aplicativo de food delivery e conveniência, com entregas em aproximadamente 36 minutos. Funciona assim: por meio da plataforma é possível fazer compras de itens de farmácias, petshops, restaurantes e outros estabelecimentos. “A plataforma também oferece um serviço de concierge, que permite a entrega de tudo o que o cliente desejar”, afirma a varejista em comunicado. O objetivo é ingressar no mercado de entrega rápida. A compra foi feita por meio do Supermercado Now.

+ Qual loja entrega mais rápido? Veja as estratégias das varejistas

No mesmo mês, foi feita a aquisição do Grupo Uni.co, dono das marcas Imaginarium, Lovebrands, MinD e Puket. As lojas operam por meio de omnichannel: franquia, multimarcas e online. “A aquisição poderá ampliar o sortimento em verticais estratégicas e de alta frequência (moda, acessórios, presentes e design), bem como aumentar o poder de desenvolvimento de produtos de marcas próprias, acelerando a expansão do supply chain nacional e internacional”, disse a empresa em comunicado ao mercado.

+ Qual é a estratégia da Americanas com a compra da Imaginarium e Puket

MAIO DE 2021

O mês foi marcado pela compra da Nexoos, fintech que conecta pequenas e médias empresas (PMEs) com investidores. O negócio foi feito por meio da Ame digital. “A aquisição está em linha com o plano de negócios da Ame, possibilitando a aceleração do seu desenvolvimento e maximizando suas frentes de negócios”, conta a companhia em nota.

+ Como as fintechs estão transformando o empreendedorismo

AGOSTO DE 2021

Em agosto deste ano, a companhia desembolsou R$ 2,1 bilhões na compra do Hortifruti Natural da Terra, rede varejista especializada em produtos como frutas, legumes e verduras. Além disso, a empresa usa dados para fidelizar os clientes. “A aquisição da HNT possibilitará oferecer mais conveniência aos clientes, ampliando a oferta de produtos frescos e saudáveis, em linha com os novos hábitos de consumo”, disse a varejista em comunicado ao mercado.

+ Por que a Americanas comprou o Hortifruti Natural da Terra

SETEMBRO DE 2021

Em setembro deste ano, a companhia comprou a Skoob, rede social de leitura. O objetivo é estar ainda mais próxima dos clientes, presente no dia a dia deles e, com isso, reduzir o custo de aquisição de usuários. A aposta em conteúdo é a estratégia da varejista para garantir maior recorrência nas compras.

+ Mais uma: Americanas compra Skoob

Leitura recomendada

Apesar das aquisições nos últimos tempos, a Americanas descobriu em janeiro de 2022 um rombo de R$ 20 bilhões. Assim, a lição que fica é: empresas da Nova Economia, empresários, gestores e CEOs precisam estar conectados a frameworks mais ágeis de gestão para identificar erros graves como esse e tomar as decisões necessárias. Antes que o custo do erro cause prejuízo ao futuro da companhia. Entenda mais aqui!

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Sabrina Bezerra é head de conteúdo na StartSe, especializada em carreira e empreendedorismo. Tem experiência há mais de cinco anos em Nova Economia. Passou por veículos como Pequenas Empresas e Grandes Negócios e Época NEGÓCIOS.

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