Com a transação cancelada, a iRobot, famosa por seus robôs aspiradores Roomba, anunciou medidas drásticas para assegurar seu futuro. Entenda!
Amazon (Foto de Bryan Angelo na Unsplash)
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6 min
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31 jan 2024
•
Atualizado: 31 jan 2024
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No mês passado, a Adobe pulou fora de sua fusão de US$ 20 bilhões com a Figma, após ser barrada por reguladores da União Europeia. Agora, a Comissão Europeia atacou novamente, não dando o aval para a compra da iRobot pela Amazon, um negócio que valeria US$ 1,7 bilhão.
Além disso, com a transação cancelada, a iRobot, famosa por seus robôs aspiradores Roomba, anunciou medidas drásticas para assegurar seu futuro – ou seja, teve que demitir.
Segundo nota publicada no próprio site da iRobot, cerca de 31% de sua força de trabalho – o equivalente a 350 pessoas – devem ser dispensadas imediatamente.
“A rescisão do acordo com a Amazon é decepcionante, mas a iRobot agora se volta para o futuro com foco e compromisso de continuar a construir robôs e inovações domésticas inteligentes que tornam a vida melhor”, disse Colin, em um comunicado.
Do lado da empresa de Jeff Bezos, a compra foi barrada pela UE sob a alegação que o acordo proposto poderia fazer com que a Amazon impedisse os rivais da iRobot de competir no mercado online da Amazon.
“Nossa investigação aprofundada mostrou preliminarmente que a aquisição da iRobot teria permitido à Amazon excluir os rivais da iRobot, restringindo ou degradando o acesso às lojas da Amazon”, disse Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da Comissão Europeia, em comunicado.
Ela acrescentou que o controle da Amazon sobre o mercado “poderia ter restringido a concorrência no mercado de aspiradores robôs, levando a preços mais altos, qualidade inferior e menos inovação para os consumidores”.
Do lado da Amazon, ela terá que pagar à iRobot uma multa de US$ 94 milhões por quebra de contrato, mas segundo o senior VP e conselheiro David Zapolsky, a empresa está “decepcionada que a aquisição da iRobot pela Amazon não pôde prosseguir”.
Com a desistência da Amazon na compra da iRobot, reguladores europeus aumentam a sua lista de negócios que não passaram ou tiveram dificuldades em passar por seu escrutínio. O mais recente foi o da Adobe, que viu seu megaacordo de US$ 20 bilhões para levar a plataforma de design Figma ser barrado, e pulou fora do negócio.
O negócio foi visto de forma negativa por muitos órgãos reguladores, sob o pretexto que ele seria nocivo no segmento de ferramentas gráficas, onde a Adobe já é uma líder de mercado.
Tanto a agência antitruste do Reino Unido quanto a da União Europeia já tinha anunciado o lançamento de investigações para analisar os impactos do negócio.
Outro caso recente foi o da compra da plataforma de gifs Giphy pela Meta. Em 2020, a empresa de Mark Zuckerberg pagou US$ 400 milhões pela companhia, mas o negócio foi contestado pela Autoridade de Concorrência e Mercados no Reino Unido (CMA).
Foi a a primeira vez que um regulador britânico forçou um gigante de tecnologia dos Estados Unidos a vender uma empresa já adquirida, e no ano passado a Meta acabou vendendo o Giphy por US$ 53 milhões para o Shutterstock.
A lista continua com a compra da publisher Activision Blizzard pela Microsoft, uma tentativa de reforçar a sua frente de games – o Xbox. O negócio, anunciado em 2021, acabou passando, mas viveu uma novela junto a reguladores até ser liberado no ano passado, resultando em um acordo de US$ 75 bilhões.
Fato é: antes de fazer esse tipo de negócio, é preciso analisar o mercado, o comportamento do consumidor e quais são os prós e os contras. E o caminho pra isso é o xBA. Esteja preparado para enfrentar os desafios, a rapidez e incertezas do mercado atual! Saiba mais aqui
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