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Por que a fusão multibilionária entre Adobe e Figma foi cancelada?

A fusão de US$ 20 bilhões entre a Adobe e a plataforma de design Figma passou o ano na mira de reguladores europeus. Entenda!

Por que a fusão multibilionária entre Adobe e Figma foi cancelada?

Foto de Szabo Viktor na Unsplash

, conteúdo exclusivo

5 min

21 dez 2023

Atualizado: 21 dez 2023

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Anunciada em 2022, a fusão multibilionária – mais precisamente, de US$ 20 bilhões – entre a Adobe e a plataforma de design Figma passou o ano na mira de reguladores europeus. 

  • A resistência de órgãos como a Comissão Europeia e a U.K. Competition and Markets Authority no Reino Unido chegaram a um desfecho: o negócio foi cancelado.

“Embora ambas as empresas continuem a acreditar nos méritos e nos benefícios pró competitivos da fusão, a Adobe e a Figma concordaram mutuamente em encerrar a transação com base em uma avaliação conjunta de que não há um caminho claro para receber as aprovações regulatórias necessárias da Comissão Europeia e da U.K. Competition and Markets Authority”, escreveram as empresas em um comunicado à imprensa nesta segunda (18).

Desde o seu anúncio em setembro do ano passado, o negócio foi visto de forma negativa por muitos órgãos reguladores, sob o pretexto que ele seria nocivo no segmento de ferramentas gráficas, onde a Adobe já é uma líder de mercado. 

Tanto a agência antitruste do Reino Unido quanto a da União Europeia já tinha anunciado o lançamento de investigações para analisar os impactos do negócio, colocando ainda mais problemas no caminho da fusão.

De acordo com as agências reguladoras, a principal preocupação era de que, embora os respectivos produtos das empresas não fossem idênticos, a Figma era líder em ferramentas de design de produtos interativos e agia como uma “influência restritiva” sobre a Adobe no digital. Portanto, a compra da Figma pela Adobe impediria a Figma de ser um “concorrente eficaz”.

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, o negócio também se encaminhava para um destino semelhante, com a possibilidade do Departamento de Justiça se meter na questão e bloquear a transação, o que inclusive fez a Adobe sentir no bolso – ações da empresa chegaram a cair com o anúncio dos planos do governo norte-americano.

“O Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) estava analisando atentamente o acordo durante a maior parte de 2023, embora ainda não tivesse entrado com qualquer ação formal para impedir que o acordo acontecesse – mas surgiram notícias antes do fim de semana de que Adobe e Figma estavam se encontrando com o DoJ numa última tentativa de evitar uma ação legal”, afirmou o analista Paul Sawers, do TechCrunch.

Apesar das declarações do CEO da Figma, Dylan Field, de que o cancelamento da fusão “não foi o resultado esperado”, a companhia não deverá sair assim tão mal, já que com a quebra do acordo a Adobe deverá pagar US$ 1 bilhão como multa.

POR QUE IMPORTA?

A fusão entre a Adobe e a Figma poderia ter criado um gigante do mercado de ferramentas gráficas, com domínio em uma ampla gama de produtos e serviços.

O cancelamento da fusão é um importante lembrete para empresários, executivos e lideranças sobre a importância de estar atento às questões regulatórias. No cenário atual, é fundamental avaliar os impactos de uma operação de fusão ou aquisição sob a perspectiva da concorrência.

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