O que o RH precisa aprender (e desaprender) para liderar o futuro

Na última semana, aconteceu o RH Leadership Xperience 2025, um dos principais encontros do setor, promovido pela StartSe, que reuniu grandes lideranças para debater os rumos da gestão de pessoas no Brasil. 

Um dos destaques do evento foi Patrícia Monteiro Araújo, diretora de RH do Mercado Livre, que compartilhou aprendizados da sua trajetória e uma visão ousada sobre o futuro do capital humano. “Sou uma profissional que começou de um lugar muito simples, nasci no Tocantins, e desde então tive a vontade de contribuir com pessoas. Essa essência nunca saiu de mim”, contou. Com mais de 20 anos de experiência em empresas globais, ela destacou que o segredo é nunca parar de aprender e desaprender.

Patrícia também falou sobre o papel da tecnologia no RH do Mercado Livre, uma das maiores empresas da América Latina. Ela revelou que, com mais de 112 mil colaboradores, o Meli já usa inteligência artificial para responder dúvidas, realizar triagens de currículos e aprimorar a experiência dos colaboradores com IA generativa. “Imagina crescer sem tecnologia? É impossível. Estamos colocando a IA a favor das pessoas e da eficiência”, explicou. A cultura da empresa, segundo ela, também é diferencial competitivo: “Cultura não é o que está na parede, é o que a gente faz no dia a dia”. Para manter isso vivo, o Mercado Livre oferece onboarding de 100 dias e workshops intensivos sobre o DNA da companhia.

Por fim, Patrícia deixou um conselho para quem quer entrar ou se reinventar na área de RH: “Sintam-se incomodados. A evolução vem do desconforto. Aprendam coisas novas e questionem o que já foi dado como certo”. Ela reforçou a importância de eventos como o RH Leadership para trocar ideias, formar conexões e se inspirar com outras lideranças. “Estar aqui é um privilégio. São conteúdos de alto nível e, mais do que isso, pessoas que nos desafiam a pensar diferente. Se você não veio neste ano, já se programe para o próximo. Vale cada segundo.”

Por que importa?

O futuro do trabalho já chegou - e ele exige líderes humanos, tecnologias inteligentes e culturas corporativas que inspirem ação real, não apenas discursos bonitos. O RH não é mais só uma área de suporte, mas o centro da transformação das empresas. E ouvir quem está na linha de frente disso, como Patrícia, é essencial para quem quer liderar com relevância nos próximos anos.