O novo bilhão do Vale do Silício vem de slides bonitos e ágeis, feitos com IA

No oceano de ruído que é o Vale do Silício, onde Startups surgem a cada dia com promessas grandiosas de revolução, há uma que decidiu fazer o oposto: resolver um problema real, simples — e transformar isso em valor bilionário. 

A Gamma, empresa fundada em 2020, acaba de atingir a marca de US$ 100 milhões em receita recorrente (ARR) e captou US$ 68 milhões em rodada Series B, o que a avaliou em US$ 2,1 bilhões.

O que ela resolveu? Apresentações de PowerPoint. Sim: aquilo que muitos consideravam um mal necessário nas empresas, a Gamma transformou em plataforma de “visual storytelling alimentada por IA”. 

A startup diz ter mais de 70 milhões de usuários e já gerou mais de 400 milhões de ativos — apresentações, sites, documentos — a um ritmo de mais de um milhão por dia.

Como foram capazes disso com apenas ~50 funcionários? Simples: mantiveram foco no produto, lucraram cedo, e não entraram na guerra do “raise ou morre”. Ao invés de gastar bilhões em marketing e hype, eles construíram um produto que pessoas realmente usam.

A lição para quem olha de fora — ou quem quer empreender ou liderar transformação digital — é clara: o bilhão não precisa vir da próxima “Uber de IA” ou “metaverso do outro mundo”. Ele pode vir de automatizar o básico que todo mundo faz, mas ninguém faz bem.

Se você ainda usa 16:9, slides estáticos e briga com formatação ao invés de narrativa, a Gamma está dizendo: cuidado — o futuro pode passar por cima disso.

E no fim, a pergunta que vale para você: qual “mal necessário” da sua rotina ainda está disfarçado de inevitável e pode virar o próximo bilhão, usando a IA como aliada?