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O marketing de influência está ameaçado?

Os influenciadores tem sido extremamente relevantes para o mundo atual, principalmente porque eles humanizam a mensagem. Entenda até que ponto isso pode ser saudável para sua empresa!

 O marketing de influência está ameaçado?

Influenciador digital (Foto: Canva)

, Colunista

8 min

25 out 2023

Atualizado: 25 out 2023

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Que os influenciadores estão por todos os lados, nos sabemos. Basta ir a um lugar legal na sua cidade ou a algum lugar que seja modinha e lá estão eles: fazendo caras, bocas, fotos e vídeos

O marketing de influência tem sido extremamente relevante para o mundo atual, principalmente porque ele humaniza a mensagem. Afinal, as pessoas preferem comprar algo recomendado por alguém que elas conhecem e confiam.

  • E esse tipo de marketing vem aumentando exponencialmente, ano após ano, tendo ganho um enorme impulso durante a pandemia.

O QUE TEM ACONTECIDO COM O MARKETING DE INFLUÊNCIA

O que eu tenho notado, com extrema frequência — e aposto que você também — é o crescimento dos influencers da área de alimentos e bebidas, principalmente aqueles que recomendam bares e restaurantes.

E esses locais, cujos administradores de bobo não têm nada, acabam sendo totalmente instagramáveis, o que desperta ainda mais o desejo de as pessoas irem lá, para fazerem os seus vídeos e selfies e se exibirem em suas redes sociais.

Não bastasse haver um boom desse tipo de influenciador, todos eles querem ir aos mesmos lugares. E aí a gente acaba sendo bombardeado por 50 vídeos do mesmo local, sem falar nos 1.000 que foram repostados.

PORÉM SEMPRE TEM UM PORÉM

Às vezes, o sucesso dos influenciadores é tão grande, que os estabelecimentos recebem filas de pessoas, às quais não conseguem administrar. 

  • E, pior que isso, alguns estabelecimentos estão fechando suas portas para os influenciadores, devido aos excessivos ensaios fotográficos e vídeos.

Outro dia mesmo, estava almoçando num restaurante e o suposto “videomaker”, que estava filmando uma influenciadora, deu um passinho para trás na hora errada, acertou o garçom e causou um “desastre” no local. Rolou vidro, talheres e comida para todos os lados.

Voltando ao fechamento de portas para os influenciadores, um exemplo de estabelecimento é o Dae, uma loja de design e café no Brooklyn, NY, que decidiu proibir influenciadores depois de serem sobrecarregados por sua presença.

O café ainda permite que os visitantes tirem fotos rápidas em suas mesas, mas implementou uma política rigorosa de não permitir fotos e vídeos, devido ao número excessivo de TikTokers e Instagrammers que aparecem por lá.

E QUANDO É UMA CIDADE QUE BLOQUEIA INFLUENCIADORES?

Recentemente, a cidade de Pomfret, em Vermont, ganhou destaque ao implementar regras semelhantes.

Conhecida por sua paisagem outonal pitoresca, a cidade fechou temporariamente seus locais mais visitados e fotografados para influenciadores e turistas. Parece mentira, mas não é! A decisão foi motivada por preocupações relacionadas à segurança, ao meio ambiente, à estética e à qualidade de vida.

  • Moradores da cidade alegaram que alguns visitantes, com a intenção de capturar fotografias perfeitas, "mudaram a paisagem do bairro a ponto de se tornar insustentável".

Essa não é a primeira vez que situações assim ocorrem. Em outras ocasiões, hotéis na Irlanda e cafés em Taiwan também proibiram influenciadores devido a pedidos inapropriados ou comportamentos que prejudicavam a experiência dos clientes regulares (como o caso que presenciei quando o videomaker trombou com o garçom).

RAZÕES LOGÍSTICAS

Uma das razões para essas proibições é simplesmente logística.

  • Vídeos virais podem ser fantásticos para o crescimento de um estabelecimento, mas muitas vezes os proprietários não estão preparados para um aumento repentino de popularidade e possíveis clientes.

E esse excesso de pessoas pode ser prejudicial ao estabelecimento, visto que os clientes enfrentarão filas, provavelmente serão mal atendidos e ainda sairão falando mal do referido local — o que não é bom nem para o local nem para o influenciador.

DESINFLUÊNCIA E SUPERFICIALIDADE

Há algum tempo, a tendência de se desiludir com alguns influenciadores também chegou.

Isso começou quando usuários do TikTok expressaram indignação com o influxo de micro tendências, que possuem uma vida útil ridiculamente curta, conteúdo que promove consumo excessivo ou falta de autoconsciência, além de não possuírem nenhum significado.

Afinal, ninguém tem necessidade de comprar o tênis mais caro da Nike ou de se hospedar nos hotéis mais caros do mundo.

  • Outro incômodo é a superficialidade com que os influenciadores tratam os locais que divulgam.

Os estabelecimentos querem pessoas que estejam lá pela experiência em si, degustando a entrada, o prato principal e a sobremesa, sem serem incomodadas por aqueles que estão apenas tirando fotos e correndo para o próximo ponto, sem criar uma verdadeira conexão.
 

O QUE FAZER, ENTÃO?

Certamente, os influenciadores não vão desaparecer do horizonte.

Por isso, a melhor estratégia é ver se realmente faz sentido investir em influenciadores para a sua empresa e com que frequência deve utilizá-los. É claro que uma empresa grande poderá investir em influenciadores famosos e caros.

  • Mas se a sua empresa for pequena, avalie bem as opções, principalmente o tipo de influenciador que pretende contratar.

Sempre recomendo ações pontuais, com influenciadores diferentes. Afinal, se um influenciador fizer algo que possa levar ao seu cancelamento, a sua empresa poderá embarcar nessa furada com ele!

E vamos nessa, pois continuaremos influenciando e sendo influenciados, gostemos ou não disso!

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Imagem de perfil do redator

Executiva de Marketing, com mais de 20 anos de experiência, tanto online quanto offline; com atuação internacional em diversos países. Escreve na StartSe sobre as principais tendências do setor.

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