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O corte profundo de cargos na Amazon deixa um alerta

Não se trata de uma crise financeira, mas de um redimensionamento de mercado por eficiência

O corte profundo de cargos na Amazon deixa um alerta

Andy Jassi - CEO da Amazon

, redator(a) da StartSe

4 min

28 out 2025

Atualizado: 28 out 2025

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A Amazon pode demitir até 30 mil funcionários corporativos, o maior corte desde 2022, quando 27 mil foram dispensados. Segundo fontes ouvidas pela Reuters, as demissões atingem áreas como Recursos Humanos, Dispositivos, Serviços e Operações, e refletem uma reestruturação mais ampla: menos camadas de gestão, mais eficiência e mais IA no centro da operação.

O movimento acontece em meio a um paradoxo

De um lado, a empresa se prepara para o período mais lucrativo do ano, abrindo 250 mil vagas temporárias para a alta demanda de fim de ano. Do outro, o trabalho intelectual e de gestão passa por automação crescente, o que Andy Jassy, CEO da Amazon, descreve como o corte do “excesso de burocracia”.

A empresa criou até uma linha anônima interna — que recebeu 1.500 mensagens e resultou em 450 mudanças de processos —, mostrando um esforço real de reengenharia cultural. 

Mas, segundo analistas como Sky Canaves (eMarketer), o fator decisivo é econômico: “Os ganhos de produtividade impulsionados pela IA permitem uma redução estrutural da força de trabalho.”

A Amazon Web Services (AWS), divisão mais lucrativa, ainda sente pressão frente a Microsoft Azure e Google Cloud, que cresceram 39% e 32%, respectivamente, no último trimestre. Mesmo assim, a Amazon projeta crescimento de 18%, sinalizando que a aposta é clara: menos pessoas, mais automação, mais margem.

A pergunta que fica: estamos vendo uma empresa demitindo ou estamos diante de um novo ajuste de mercado para o próximo ciclo da eficiência corporativa? 

Vale lembrar que esses momentos de cortes, de extinção de cargo, já aconteceram antes na história. Você lembra quando a internet inviabilizou negócios (analógicos) mas fez surgir outros milhares (digitais)?

A diferença é que agora o impacto está maior, a velocidade está maior, e não tem escapatória: a IA já mudou o mercado. Notícias como esta da Amazon nada mais são do que reflexos dessa transformação.

O jogo da liderança na nova economia é brutal. Agora, não vence quem tem mais gente, mas quem tem mais clareza sobre o que cada pessoa (ou máquina) precisa fazer.

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Jornalista e Copywriter. Escreve sobre negócios, tendências de mercado e tecnologia na StartSe.

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