KPIs Vs. OKRs: Qual é a melhor ferramenta de gestão?

O mercado está cada vez mais interessado por OKRs (Objectives and Key Results) como modelo de gestão. Vimos organizações se aventurando a relacionar e até mesmo contrapor KPIs (sigla em inglês para Key Performance Indicator) com OKRs. 

Mas elas andam mesmo juntas? Bom, antes de pensar nas diferenças e pontos em comum, é importante começar falando do ponto vital para o sucesso de qualquer modelo de gestão: o indivíduo como fator crítico de sucesso na utilização de quaisquer destas ferramentas.

Sim, alguns pontos importantes vão explicar o sucesso desses modelos. O maior deles é a convicção da importância do indivíduo neste processo. O ser humano tem o papel fundamental, é nele que ocorre a transformação e sobre ele recaem as atenções. Como líder ou como membro de um time, cabe ao indivíduo a tomada de decisão e a obstinação pela correção de rota quando necessário.

Mas então qual a resposta à pergunta título deste artigo? Qual a melhor ferramenta para alavancar resultados?

O que são KPIs?

A resposta adequada depende da compreensão do que são KPIs e mais ainda, qual o seu papel em uma organização. Comecemos pelo básico: KPI significa indicador-chave de desempenho. O mundo corporativo é mestre em criar siglas para consagrar conceitos. Daí a importância de se conhecer cada uma destas palavras, em separado:

Indicador: pode ser quantitativo (um número: 1, 10, R$1 milhão) ou qualitativo (uma cor: vermelho, amarelo, verde)

Desempenho: no contexto corporativo, representa a saúde do negócio em uma determinada perspectiva, ou o status de um determinado processo ou atividade.

Chave: que tem mais relevância em relação a outros.

Portanto, KPI ou indicador-chave de desempenho é a representação quanti ou qualitativa da saúde de um negócio, processo ou atividade. Um conjunto (relevante) deles bem definido alinha equipes na busca de resultados e dá visibilidade da estratégia em toda a empresa.

Com tantas empresas que chegaram onde estão, depois de passar por tantos “invernos rigorosos” de crises econômicas, utilizando modelos de gestão baseado em KPIs, não temos como deixar de afirmar que foram modelos bem-sucedidos.

Os KPIs se consolidaram como forma clássica de medição da saúde do negócio, fundamentalmente sendo associados aos respectivos processos constituídos nas organizações.

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Qual a vantagem dos KPIs? 

Os KPIs permitem monitorar o progresso em direção ao objetivo determinado pela empresa, oferecendo resultados quantificáveis, aperfeiçoamento do desempenho, eficiência, apoio na tomada de decisões, autonomia e alinhamento de meta. 

O que são OKRs?

OKR é uma poderosa ferramenta de gestão, e ao contrário do que muitos pensam, ela não é nova, nasceu na década de 1970. A sigla OKR é uma abreviação para a expressão em inglês “Objetives and Key Results”. E, segundo John Doerr, autor de Measure What Matters, é um protocolo colaborativo de definição de metas para empresas, equipes ou indivíduos. 

“Uma metodologia de gestão que ajuda a garantir que a empresa concentre esforços nas mesmas questões importantes em toda organização”, afirma Doerr.

Você tem uma empresa estabelecida e precisa resolver um problema grande? Provavelmente, ele afeta mais de uma área, mais de um processo, ou mais de um KPI. 

Acredita que consegue crescer pensando somente em receita? Quem traz receita para seu negócio? O cliente. Bem, cliente em geral não é responsabilidade da área de vendas, há uma área específica para isso: “customer success”.

Pois é, coisas da nova economia, para as quais as tradicionais estruturas hierárquicas das empresas não estão adequadas – esse, aliás, um problema do RH. O mercado mudou, concorrente novo, de outro segmento… Quem dá agilidade à empresa para ajustar a estratégia? O time de “agilistas” na sua área de Digital? Aqui, OKR é a resposta.

OKR é agilidade no nível executivo da empresa. Se você é uma startup, então, você ainda não tem processos constituídos e provavelmente ignora a existência de KPIs na sua empresa. Eles existem, mas você não os reconhece.

Não tem problema, OKRs vão te ajudar a organizar a casa para você ser uma empresa grande. Porque quando for grande, você vai precisar dos tais KPIs. Na nova economia, o que você precisa é ter capacidade de pivotar a estratégia da empresa, sem quebrar o pescoço da organização como se estivesse em uma montanha-russa mal projetada.

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Qual a vantagem dos OKRs?

Os OKRs oferecem, como principais benefícios, a agilidade, ciclos mais curtos, permitindo o ajuste de metas e rápida adaptação às mudanças, propiciando a inovação e reduzindo riscos e desperdícios. 

OKR ou KPI: Qual a diferença e qual o melhor?

Qual é a melhor ferramenta para alavancar resultados? A resposta é: depende.

OKR muda a forma com que você enxerga as coisas – o mercado, seus clientes, sua empresa estabelecida ou sua startup. Elas olham para o futuro da companhia.

Já as KPIs retratam bem como é, no passado e presente, a sua própria organização. Elas são seu espelho retrovisor, trazem o histórico e explicam porque você chegou onde está.

OKR são uma poderosa ferramenta de transformação do negócio e comunicação da estratégia, KPIs são uma poderosa ferramenta de comunicação da saúde do negócio. Combinados em um modelo de gestão, você garante que o dia-a-dia esteja bem acompanhado pelos KPIs, enquanto os OKRs se encarregam de transformar este dia-a-dia.

E o que eu quero dizer com isso tudo? Bom senso, liderança forte e a cultura criativa são insubstituíveis. O OKR, junto com KPI, podem operar ferramentas para te levar ao topo do mundo. 

É possível trabalhar com KPIs e OKRs ao mesmo tempo? 

Sim, as ferramentas podem ser complementares. Como a gente comentou no início do texto, é fundamental entender cada uma das metodologias e como o time está se relacionando com elas. A partir disso, você consegue fazer arranjos para otimizar o trabalho:

- é possível definir metas para cada objetivo e resultado-chave, e medir essas metas com os KPIs;
- você também pode medir o sucesso dos processos com KPIs e criar posteriormente OKRs que melhorem esses KPIs.

Logo, KPIs e OKRs podem andar juntos. No fim das contas, como a organização é um sistema vivo, é preciso ir se apropriando das ferramentas e as adequando à realidade, para construir o melhor ao final.