É claro que eles não querem virar telefonia. Mas também não querem perder a ponta final dos seus serviços
Imagem: Divulgação
, redator(a) da StartSe
4 min
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25 set 2025
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Atualizado: 25 set 2025
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O iFood acaba de anunciar um pacote robusto de novidades para entregadores. Entre elas, o iFood Chip: o primeiro plano de telefonia exclusivo para a categoria no Brasil, criado em parceria com a Surf Telecom.
Johnny Borges, diretor de Impacto Social do iFood, explica que o iFood Chip faz parte de um conjunto de iniciativas da empresa para transformar demandas em soluções concretas.
“Nossas análises internas mostram que os entregadores gastam, em média, R$50 por mês ou mais com telefonia. Nosso intuito é gerar economia direta no bolso e mais autonomia no dia a dia dos profissionais parceiros. Com a ampliação do pacote de vantagens, que também inclui Pontos de Apoio, Indicador de Direção Segura e melhorias no Segunda Chance, reforçamos que o iFood é a melhor escolha para quem atua no setor”, afirma.
Releia com atenção a frase final de Johnny Borges. É claro que a movimentação da empresa visa o bem estar daqueles que representam o trecho final dos seus serviços, os entregadores. Mas a iniciativa acompanha também um componente importante: a concorrência.
Ela acontece em um momento em que a concorrência pela força de trabalho da entrega nunca foi tão acirrada.
Você deve lembrar: a Keeta, empresa chinesa que chegou ao Brasil recentemente, não escondeu a estratégia: disputar entregadores no front da operação.
O iFood, líder absoluto do setor, sabe que não basta ser a maior plataforma, precisa ser a que oferece as melhores condições para quem está na rua.
Ao criar benefícios que vão muito além da corrida — telefonia, infraestrutura, suporte, segurança e até “segunda chance” — o iFood está blindando sua rede de entregadores contra a concorrência. É uma estratégia de retenção e fidelização para garantir capilaridade e presença na ponta final, que é onde o jogo da entrega realmente se decide.
O que vem pela frente
Esse anúncio sinaliza uma tendência clara: a batalha das plataformas não vai se dar apenas em preço do frete ou taxa do restaurante. O diferencial estará na experiência do entregador, no ecossistema de apoio que ele tem no celular, entre uma entrega e outra.
Porque, não precisa de muita análise para concluir que um app de entrega, sem entregador, não tem valor nenhum. Ou seja, quem cuidar melhor do seu ativo, terá mais entregadores disponíveis, maior velocidade de entrega e, no fim do dia, mais clientes satisfeitos.
O iFood Chip é só mais uma peça desse tabuleiro, mas deixa claro que o iFood está disposto a usar sua escala para manter o protagonismo no mercado brasileiro de delivery.
No fim, o iFood dá uma aula de ambidestria nos negócios: olha para o agora e projeta o amanhã. Lida com os desafios que estão hoje em seu radar e constrói caminhos para seguir relevante.
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redator(a) da Startse
Jornalista e Copywriter. Escreve sobre negócios, tendências de mercado e tecnologia na StartSe.
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