Mais do que uma era tecnológica, vivemos a era da reconfiguração — onde consciência, propósito e aprendizado contínuo se tornaram as novas competências do futuro.
Foto: IA
, Colunista
8 min
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3 nov 2025
•
Atualizado: 3 nov 2025
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Vivemos o tempo da transformação total. Um tempo em que o trabalho, a liderança e até mesmo o conceito de sucesso estão sendo completamente redesenhados.
Entre disrupções tecnológicas, novas dinâmicas sociais e mudanças culturais profundas, emergiu uma nova geração — não definida por idade, mas por mentalidade: a Geração T, de Transformação.
Um conceito trazido pela antropóloga Sabina Deweik, que representa as pessoas que não apenas se adaptam ao novo, mas o constroem. Que não esperam o futuro acontecer — acontecem para o futuro.
As transformações não começaram com a tecnologia. Elas começaram com o colapso de velhos paradigmas: o modelo linear de carreira, a liderança baseada no controle, a produtividade sem propósito.
A pandemia apenas acelerou o que já era inevitável: o despertar de um novo modo de pensar o trabalho e o humano. Como descreve Sabina Deweik, esse é um tempo de “desconstrução do que fomos” — um convite à consciência, à coragem e à reinvenção.
“Transformar é o verbo da nossa era. É o movimento que nos tira da sobrevivência e nos leva à criação de novas realidades.” — Sabina Deweik
Esse processo não é apenas tecnológico — é antropológico e emocional. É sobre entender quem somos diante das mudanças e como queremos atuar dentro delas.
A Geração T nasce no ponto de encontro entre inteligência artificial e inteligência emocional. Ela compreende que tecnologia é ferramenta, mas é o toque humano que dá sentido, ética e propósito ao que construímos.
Enquanto Deweik enfatiza o papel do autoconhecimento e da consciência nesse processo, Piero Franceschi, sócio da StartSe e autor de Organizações Infinitas, amplia o olhar para o contexto organizacional:
“Vivemos a Era da Reconfiguração. As velhas estruturas não suportam mais os novos desafios. Organizações e pessoas precisam se tornar infinitas: aprender, desaprender e reaprender sem cessar.” — Piero Franceschi
A Era da Reconfiguração de Franceschi é o campo de ação da Geração T. É onde o humano e o negócio se entrelaçam para criar modelos mais adaptáveis, sustentáveis e conscientes.
Não há transformação possível sem uma nova mentalidade. A Geração T é caracterizada por quatro atitudes centrais:
Essas atitudes não são apenas habilidades individuais — são competências organizacionais. Empresas que cultivam essas posturas se tornam, como diz Franceschi, organizações infinitas: ecossistemas capazes de se reinventar a cada novo ciclo.
“Liderar, hoje, é preparar-se para um mundo em constante transformação.” — Piero Franceschi
Durante muito tempo, tecnologia e cultura caminharam em trilhas paralelas. Mas a Geração T entende que não há estratégia sem cultura, nem inovação sem consciência.
A transformação digital exige também uma transformação cultural — de dentro para fora. E isso passa por líderes capazes de equilibrar performance com propósito, velocidade com sensibilidade.
É o que Franceschi chama de liderança reconfiguradora — aquela que entende o negócio como um organismo vivo, em aprendizado contínuo.
E é também o que Deweik traduz em outra dimensão: a da liderança consciente, que reconhece o poder de afetar, inspirar e regenerar.
Empresas que abraçam a mentalidade da Geração T já estão mudando sua forma de operar. Elas:
A Geração T está nas lideranças que entendem que cultura não é algo “a ser comunicado”, mas a ser vivido. Está nos profissionais que criam pontes entre áreas, que traduzem complexidade em sentido e que fazem do trabalho uma expressão de impacto.
A Geração T representa o que há de mais potente no nosso tempo: a união entre tecnologia, consciência e propósito. Não é uma geração de idade, é uma geração de postura diante do mundo.
Como sintetiza Sabina Deweik, somos a geração que “acontece para o futuro”. E, como complementa Piero Franceschi, esse futuro só é sustentável quando somos capazes de transformar nossa vontade em competência adaptativa.
“O futuro não é sobre o que vai acontecer, mas sobre o que seremos capazes de construir juntos.”
Somos a Geração T — e nosso papel é transformar o agora em futuro possível.
A transformação deixou de ser uma pauta de inovação para se tornar uma pauta de identidade. É o novo código do trabalho, da liderança e das organizações que querem permanecer relevantes.
A Geração T é o ponto de encontro entre o humano e o tecnológico, o intuitivo e o analítico, o sensível e o estratégico. E talvez, no fundo, a grande revolução deste tempo não seja sobre máquinas que aprendem, mas sobre humanos que não desistem de evoluir.
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LinkedIn Top Voices 2021 na Área de Carreiras. Especialista em Recursos Humanos e Diversidade e Inclusão. É palestrante, mentora, consultora de desenvolvimento focado em Diversidade.
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