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Como escolher os influenciadores certos para a sua marca

Trata-se de uma decisão que exige cuidados, para não arranhar a imagem da sua empresa

Como escolher os influenciadores certos para a sua marca

Mulher influenciadora gravando vídeo para redes sociais (foto: LeoPatrizi/Getty)

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Por Erica Queiroz

Escolher influenciadores para sua marca pode ser uma tarefa muito árdua, principalmente se você não quiser cometer erros.

Por ser um mercado relativamente novo, ainda há muitos problemas de despreparo dos influenciadores, que, algumas vezes, se esquecem que são particionados e saem por aí falando ou fazendo coisas que podem queimar a sua própria imagem, bem como a de quem os patrocina. 

Foi o que aconteceu há alguns dias, quando Bruno Aiub (conhecido como Monark), âncora do Flow Podcast, um dos mais ouvidos do Brasil, disse que achava que deveria haver um partido nazista reconhecido por lei. E acrescentou: “Se o cara quiser ser um antijudeu, eu acho que ele tinha direito de ser”.

Isso resultou não apenas na perda de patrocínios, mas no seu desligamento do podcast. Foi um dos assuntos mais comentados no Twitter e teve até posicionamento da Confederação Israelita do Brasil sobre o caso.

Portanto, deve-se tomar muito cuidado ao escolher um influenciador para a sua empresa.

COMO AVALIAR OS INFLUENCIADORES PARA SUA MARCA

Homem gravando vídeo podcast (foto: Malte Helmhold/Unsplash)

1. Match com a marca

A primeira coisa a se avaliar é o influenciador fala a mesma linguagem da marca, ou seja, se tem a sua cara, se poderia representá-la. Se o público que ele atinge é o mesmo público que a sua empresa quer atingir.

Se isso não estiver alinhado, não faz sentido investir em um influenciador, mesmo que seja um microinfluenciador, em início de carreira.

Se a sua empresa já tiver uma quantidade relevante de seguidores, veja quem eles seguem. É um ótimo indicativo para verificar o alinhamento de comunicação.

2. Comportamento do influenciador

Avalie o histórico da pessoa, veja se ela já se envolveu em polêmicas no passado. Qualquer "bandeira vermelha", que possa arranhar a imagem de sua marca, deve ser fator decisivo na escolha (ou não) do influenciador.

Veja como ele responde aos fãs ou se os ignora e o tom das mensagens. Repare se ele passa uma imagem feliz e positiva.

Se a pessoa costuma opinar sobre questões polêmicas, também não deve ser contratada. A não ser que a sua empresa esteja buscando isso.

3. Engajamento 

Ao avaliar um influenciador, deve-se ver o engajamento que ele tem. Você verá que muitos influenciadores possuem diversos seguidores, mas o engajamento deles é baixíssimo. Geralmente, isso ocorre porque o influenciador fez compra de seguidores no passado, o que faz com que o engajamento de sua conta despenque.

Uma ferramenta gratuita para checar o engajamento no Instagram, por exemplo, é o Phlanx.

A ferramenta ainda mostra o engajamento esperado para faixas de números de seguidores. Portanto, veja quantos seguidores possui o influenciador que você deseja contratar e se o seu engajamento está dentro do esperado. Se estiver muito inferior, melhor não prosseguir com ele. 

Tabela da plataforma Phlanx (foto: reprodução)

4. Não colocar todos os ovos na mesma cesta

Como reza esse princípio, muito usado nas finanças, por exemplo, não é sábio investir em apenas um influenciador.

É claro que, se a sua empresa estiver começando as atividades ou ainda for muito pequena, você provavelmente não terá verba para investir em mais de um influenciador. 

Mas, caso seja possível, diversifique. Escolha pelo menos 3 deles, pois, caso um venha a falhar, a sua marca ficará menos arranhada do que se ele fosse a única cara da sua empresa.

E investir em mais influenciadores é até bacana para testar mesmo, ver qual fala melhor com o seu público e traz mais retorno para o seu negócio.

5. Autenticidade

Parece uma coisa boba, mas muita gente acaba copiando conteúdo de outras pessoas, principalmente de influenciadores de outros países. Mas, hoje em dia, dá para descobrir muito disso nos comentários, pois os próprios usuários do Instagram costumam comentar quando veem algo plagiado.

Então, sempre dê uma olhadinha nos comentários mais relevantes dos últimos 50 posts do influenciador, até para ter uma ideia melhor do público que engaja com ele.

Geralmente, isso ocorre mais com perfis pequenos. Os grandes possuem agências ou equipes criativas por trás, para evitar isso. E ainda assim, às vezes acontece algum deslize.

CASES DE INFLUENCIADORES QUE PERDERAM PATROCÍNIO:

  • Em 2021, quando o prédio do Capitólio foi invadido nos EUA, a influenciadora Amanda Ensing, defensora de Donald Trump, tuitou: "Não há pipoca suficiente no mundo para o que está prestes a acontecer". Entre essa e outras polêmicas, acabou perdendo o patrocínio da gigante de beleza Sephora

 

  • Em 2020, Gabriela Pugliesi fez uma festinha, em meio ao início do isolamento da pandemia, para receber a sua amiga Mari Gonzalez, que havia saído do BBB. Isso pegou muito mal e fez com que ela ocultasse sua conta do Instagram por uns dias, além da perda de vários patrocinadores, como Hope, Desinchá e Liv Up.

 

  • Em 2018, o youtuber Júlio Cocielo escreveu, em seu perfil no Twitter: “Mbappé conseguiria fazer uns 'arrastão' top na praia hein?”, referindo-se ao jogador de futebol da seleção francesa, que é negro. Ele perdeu contratos com Itaú e Submarino entre outros. 

 

  • Em 2012, Lance Armstrong perdeu cerca de US$ 150 milhões em patrocínio, por haver tomado e ocultado o uso de substâncias proibidas. Ele chegou a perder 8 de 11 contratos em um único dia!

Portanto, pesquise bem e faça uma parceria de sucesso!

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