Com 64% das pequenas e médias empresas planejando adotar inteligência artificial, o país entra em um novo ciclo tecnológico. A próxima fronteira? Conectividade robusta e dados de qualidade.
PMEs embarcam na IA
, redator(a) da StartSe
5 min
•
9 dez 2025
•
Atualizado: 9 dez 2025
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A inteligência artificial deixou de ser uma aposta futurista para se tornar prioridade estratégica entre pequenas e médias empresas brasileiras. O novo levantamento do Sebrae revela que 64% das PMEs planejam integrar IA até 2027, um salto que mostra a transformação acelerada do tecido produtivo nacional.
Marketing e atendimento ao cliente despontam como as primeiras portas de entrada — onde a IA entrega retorno rápido, personalização e automação. Mas o entusiasmo esbarra em um dilema conhecido: dinheiro e preparo técnico.
A fotografia atual mostra um abismo entre ambição e execução.
Segundo a Amcham:
77% das empresas investem menos de 2% do orçamento em tecnologia.
64% citam falta de capacitação como principal barreira.
52% admitem não ter estratégia clara para IA.
43% reconhecem que seus dados não têm qualidade suficiente.
Apesar dos desafios, quem já adotou IA colhe resultados imediatos:
59% usam IA no atendimento
54% em marketing
38% no financeiro
38% no planejamento de negócios
Mesmo assim, apenas 18% das PMEs usam IA hoje — uma margem enorme para crescimento.
O que está claro: a próxima onda de competitividade no Brasil passa pela adoção massiva de IA, mas o gargalo estrutural ainda precisa ser enfrentado.
A adoção eficiente de inteligência artificial não começa na automação — começa na base. Especialistas apontam seis pilares que determinam se uma empresa está pronta para dar o salto:
Base de dados: sem dados limpos, integrados e consistentes, não existe IA funcional.
Estrutura tecnológica: ambientes seguros, escaláveis e integrados com sistemas legados.
Conectividade: IA precisa de dados em fluxo contínuo — APIs, nuvem e baixa latência são fundamentais.
Direcionamento estratégico: o projeto deve nascer do negócio, não da tecnologia.
Cooperação tecnológica: parcerias encurtam curvas de aprendizado e reduzem riscos.
Execução de projetos: pilotos bem desenhados e MLOps garantem expansão sustentável.
Esses pilares funcionam como uma receita para PMEs que querem evitar investimentos fragmentados e criar valor real com IA.
Se IA é o novo motor, conectividade é o combustível.
O avanço do 5G e da computação em nuvem está redefinindo o que pequenas empresas conseguem fazer.
Segundo a IDC:
49% das empresas brasileiras já adotaram 5G.
Esse movimento pressiona o setor de telecomunicações a investir pesado. A Claro empresas, por exemplo, anunciou R$ 1 bilhão em 2025 para ampliar nuvem, parcerias e data centers — além de lançar soluções que combinam 5G + automação para varejo, indústria e logística.
O cenário muda rapidamente porque 98% das PMEs já estão na internet. Ou seja: a base para escalar inovação está formada — falta agora rodar IA em cima dessa infraestrutura.
A mensagem é direta: sem conectividade robusta, IA não entrega desempenho.
Sem dados bem estruturados, IA não cria valor.
Sem estratégia, IA vira só mais um custo.
Com redes modernas e nuvem acessível, pequenas empresas podem:
reduzir custos,
aumentar eficiência,
acelerar tomada de decisão,
e competir com organizações muito maiores.
A revolução da IA não será restrita às grandes corporações.
Ela já começa a acontecer na base da economia brasileira.
E o diferencial dos próximos anos será simples: quem construir infraestrutura digital sólida hoje, liderará o mercado amanhã.
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Jornalista e Copywriter. Escreve sobre negócios, tendências de mercado e tecnologia na StartSe.
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