O dado da Catho revela um contraste: enquanto a tecnologia redefine carreiras e processos em tempo recorde, o RH ainda anda a passos lentos na adoção real da IA.

O paradoxo da inovação: 30% das empresas afirmam usar IA para recrutamento e seleção — mas 22% ainda a enxergam como desafio, não como solução.

A barreira não é tecnológica. É cultural. Falta preparo, capacitação e, principalmente, confiança para tirar a IA do discurso e colocá-la na prática.

A IA já é capaz de muito mais que analisar currículos. Ela pode escrever descrições de vagas inclusivas, sugerir trilhas de aprendizado personalizadas, automatizar integrações e detectar erros em folha de pagamento.

Mas, como reforça Eber Duarte, CTO da Redarbor Brasil (controladora da Catho): “As empresas precisam aprender a usar a IA de forma ética e estratégica — apoiando decisões, reduzindo vieses e liberando tempo para o que realmente importa: pessoas.”

O novo RH é humano e digital.

A IA não veio substituir o olhar humano, veio ampliar. O profissional do futuro não será quem compete com a tecnologia, mas quem sabe dirigir a inteligência artificial para resultados reais.

E o jogo já virou: 17% das empresas já buscam habilidades em IA como hard skill nos currículos. Ou seja: dominar ferramentas de IA deixou de ser diferencial — é critério de contratação.

O aprendizado

O RH que resistir à IA vai perder relevância e eficiência. O que aprender a integrá-la, com ética, transparência e estratégia, vai liderar o futuro do trabalho.