A empresa anunciou uma série de novidades na plataforma. Saiba quais são elas e qual a estratégia por trás dos lançamentos.
Aplicativo da Uber
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8 min
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29 abr 2021
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Atualizado: 8 ago 2023
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Por Sabrina Bezerra
Agendamento de vacinas, valet e delivery. Essas são algumas das novidades anunciadas pela Uber na última quarta-feira (28/04), durante o evento global Uber Go Get.
A função de agendamento de vacina pelo aplicativo de mobilidade está liberada, por enquanto, apenas nos Estados Unidos. Nessa modalidade, o usuário poderá agendar a vacina e solicitar uma carona de ida e volta ao ponto de vacinação. A iniciativa faz parte de uma parceria entre a Uber e a rede farmacêutica Wallgreens. Os usuários que moram em comunidades carentes terão gratuidade ou desconto no transporte. Ainda nos Estados Unidos, a empresa disse que será possível agendar uma corrida com 30 dias de antecedência. Outra novidade é o lançamento do serviço de aluguel de carros no estilo valet: o usuário faz o pedido pelo app e o recebe em sua casa no dia e horário agendado.
Já no Brasil, o foco está em melhorias no delivery de comida. Será possível unificar a entrega: o usuário poderá incluir produtos de diferentes lojas no mesmo pedido; fazer a compra durante a corrida; agendar o horário que quer receber ou buscar a refeição; e os descontos e ofertas para os usuários do Uber Eats — incluindo as vantagens do Uber Pass — ficarão reunidos em um só lugar de destaque no aplicativo. O objetivo é otimizar a plataforma. As novidades, segundo a empresa, devem chegar nas próximas semanas.
Além disso, a UberX passa a incluir paradas ilimitadas. O recurso deve chegar ao mercado da Europa, América Latina, Austrália e Índia até o final de 2021.
“A tecnologia provou ser nossa melhor aliada e catalisadora de oportunidades; manteve o mundo em movimento em tempos de distanciamento social. Por isso, à medida que a América Latina intensifica a distribuição de vacinas, a inovação da Uber vai continuar impulsionando a plataforma a se tornar o sistema operacional chave na vida das pessoas. Estamos motivados em oferecer soluções para o dia a dia, ao mesmo tempo em que geramos oportunidades econômicas para o desenvolvimento da região”, conta Eduardo Donnelly, diretor geral da Uber Eats para a América Latina.
A movimentação surge em meio ao impacto negativo da pandemia no mercado de apps de mobilidade. Isso porque, nos últimos tempos, com o número de casos de coronavírus e as regras de quarentena em muitos locais, houve uma queda significativa de usuários. Somente no ano passado, a Uber sofreu o prejuízo de 6,7 bilhões em 2020. Os investidores chegaram a duvidar se a empresa se recuperaria. Os motoristas chegaram a abandonar a plataforma e migraram para o delivery. Para atraí-los de volta, a companhia vai investir em aumento de taxas e bônus extra para eles.
Por outro lado, em março deste ano, em um documento enviado à SEC (comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos), a companhia anunciou que atingiu o “o maior nível mensal em quase 12 anos de história da empresa” incluindo corridas e pedidos por delivery. Aliás, as novidades citadas no tópico acima mostram o foco total da companhia no delivery. Não à toa: os concorrentes iFood e Rappi estão em uma disputa acirrada para dominar esse mercado. Nos últimos meses, as empresas têm investido pesado em novas inovações e tecnologias.
Vale ressaltar que, a Uber também se desfez de seu braço de táxi aéreo, a Uber Elevate. O negócio foi vendido para a Joby Aviation. A divisão de carros autônomos também não faz mais parte do portfólio. A Aurora Innovations comprou. E o braço de micromobilidade (bicicletas e patinetes) foi transferido para a Lime. O que só reforça que o foco da empresa está no mercado de delivery.
Outras empresas de app de mobilidade também sentiram o impacto da covid-19. É o caso do Cabify. A empresa anunciou o encerramento de suas operações no país por causa do impacto negativo da crise sanitária.
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Sabrina Bezerra é head de conteúdo na StartSe, especializada em carreira e empreendedorismo. Tem experiência há mais de cinco anos em Nova Economia. Passou por veículos como Pequenas Empresas e Grandes Negócios e Época NEGÓCIOS.
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