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SXSW: o que eu aprendi sobre inovação em três dias

Bruno Omeltech foi ao SXSW com a StartSe e conta os principais destaques do que viu. Confira suas impressões sobre ChatGPT, metaverso e Geração Z

SXSW: o que eu aprendi sobre inovação em três dias

Foto: Amy E. Price/Getty Images

, colaborador

6 min

14 mar 2023

Atualizado: 19 mai 2023

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Que bom ver você por aqui. Antes de contar tudo que vi na SXSW quero que você conheça um pouco mais de mim…

Sou Bruno Omeltech, nascido e criado no subúrbio de São Paulo, Brasil. Minha vida foi transformada através da educação. Hoje dedico parte da minha vida a contribuir para uma sociedade que funcione melhor por meio da educação corporativa. Ao longo de mais de 12 anos, nossas ações já impactaram mais de 300 mil pessoas no Brasil, Estados Unidos, América Latina e Europa.

Além disso, sou um alumni da StartSe University, Game Changer e estou em uma imersão no SXSW com a StartSe.

Vamos ao que aprendi no dia 1… 

Dia 1

Começamos o nosso dia com a palestra da Luma Mufleh, fundadora da Fugees Family Inc., falando sobre um tema muito importante aqui nos Estados Unidos: os imigrantes. Ela é treinadora de um time de futebol chamado Fugees (abreviação de refugiados). 

Os jogadores desta equipe vêm de 28 países devastados pela guerra, incluindo Afeganistão, Iraque, Bósnia, Congo, Somália e Sudão. A maioria deles passou por dificuldades inimagináveis. Para você ter uma ideia, um dos meninos que joga no time foi forçado por soldados a atirar em seu melhor amigo.

Através dessa experiência, ela entendeu que o futebol era apenas o caminho de entrada, porém a estrutura educacional precisava ser diferente. Então ela montou um modelo de aprendizado que está sendo implementado em alguns estados e seu sonho é ver essa metodologia por todo país. Conheça mais sobre o projeto: https://fugeesfamily.org/

Ao longo da fala dela, tive alguns insights que podemos levar para o nosso ambiente profissional:

  • Mentoria: um projeto de mentoria bem estruturado pode transformar realidades, principalmente dentro das empresas;
  • Inovação: quando tratamos sobre esse assunto, o principio básico é transformar como as coisas são feitas. Para isso, precisamos de pessoas questionadoras. Pode parecer difícil lidar com umas pessoas com esse perfil, mas não as deixe de fora, questionar a forma com que as coisas são feitas é o princípio para inovação.
  • Recrutamento e seleção: poucas empresas ao redor do mundo têm um programa de preparação e contratação de refugiados. Se a sua empresa tem um grande volume de contratações, isso pode ser um caminho. Boa parte dessas pessoas tem 2 ingredientes que podem se tornar fatores de sucesso nas empresas: raiva + otimismo.

Por último, assisti um painel muito interessante sobre o futuro da revitalização linguística que está sendo realizada em tribos indígenas nos Estados Unidos, utilizando Inteligência Artificial e Realidade Virtual. Foi uma experiência muito legal que me fez refletir sobre alguns pontos:

1 - Interessante observar como a tecnologia pode promover acesso a recursos e aprendizados que podem transformar a vida de pessoas que estão em realidades muitas vezes desconhecidas por nós.

2 - Independente se é em uma tribo indígena ou em uma empresa, o ponto de partida sempre será trabalhar o que eu chamo de Literacia Digital.

3 - É muito interessante perceber a potência da Inteligência Artificial não apenas para automatizar tarefas e otimizar pesquisas, como o ChatGPT, mas também recursos como reconhecimento de objetos e ambientes. Eles apresentaram como utilizam esse recurso para mapear o meio ambiente em que os indígenas se encontram e, através disso, conseguem criar um bando de dados do idioma nativo e, ao mesmo tempo, ensinar inglês.

4 - Mas o principal insight que tive não foi relacionado à tecnologia, mas sim, de um assunto que há um tempo está em alta nas organizações: SUSTENTABILIDADE (hoje dentro do pilar de ESG das principais empresas). Se existe um povo que entende realmente desse assunto são os indígenas, e quantos deles fazem parte da banca de conselheiros(as) quando tratamos desse assunto?

 

Dia 2

ChatGPT e inteligência artificial

ChatGPT da OpenAI (foto: Getty Images)

Comecei o dia com a palestra sobre os mitos da A.I no ambiente profissional e nas soluções de educação corporativa. Aqui vão alguns insights:

1 - Você sabe o que significa GPT? Se não sabe, o GPT é um modelo de linguagem, um algoritmo de Inteligência Artificial projetado para entender e gerar linguagem semelhante à humana. 

2 - No ano passado, compartilhei muito sobre a importância de conhecermos sobre análise de dados e aqui vem o porquê disso: ferramentas como o ChatGPT não são e nem serão mais inteligentes do que nós humanos. O que ele faz de melhor é processar dados em uma velocidade incrível e aqui está o ponto: se não entendemos sobre dados, não conseguimos fazer as perguntas certas e com isso o “ceticismo” toma conta do nosso dia a dia. Se você nunca se interessou pelo assunto de análise de dados, CORRA!

3 - Uma vez que essas ferramentas nos ajudam a ter respostas e produzir conteúdos em uma velocidade incrível, quais são as competências necessárias para não atrofiarmos? LITERACIA DIGITAL, PENSAMENTO CRÍTICO E ARGUMENTAÇÃO COMPLEXA. 

4 - Uma utilização interessante para o ChatGPT dentro das organizações são nas sessões de BRAINSTORM. Ele pode trazer insights interessantes.

5 - Temos nas nossas mãos a possibilidade de criar coisas que antes não eram possíveis. Então, ao invés de ficarmos nos perguntando se “essa tendência vai pegar mesmo”, vamos testar o máximo que pudermos e sermos pioneiros na implementação.

Como falamos sobre dados, a outra palestra que fui assistir foi sobre ciência de dados com a secretária de educação de Utah, uma das cidades americanas mais fortes quando o assunto é ciência de dados. Os pontos apresentados reforçaram os meus comentários acima. Eles compartilharam um site com várias cursos da universidade de tecnologia de Utah, se você quiser mergulhar um pouco mais esse é o link: Plural Sight.

Metaverso

Mulher com óculos VR (foto: Getty)

Na sequência, participei de 2 palestras sobre o futuro das ações de desenvolvimento no Metaverso e vi alguns pontos importantes:

1 - Também estamos lidando com a fase de “ceticismo” com essa tecnologia por ser muito diferente da nossa realidade. Mas como área de recursos humanos, quero fazer uma provocação: estamos preocupados realmente com o futuro das organizações e da nossa carreira? Ou apenas falamos que sim, mas na verdade estamos “atolados” na montanha de coisas do nosso dia a dia?

2 - Ao olharmos o Metaverso através na nossa realidade, não conseguimos observar que essa tecnologia já está presente na geração mais nova, que em breve estarão no mercado de trabalho. Em uma das palestras, uma professora que utiliza metaverso em suas aulas mostrou que a adoção dos alunos à este formato foi de mais de 70%! As empresas que se prepararem para receber esses futuros profissionais estarão na frente, em disparada!

3 - Uma das ações que podemos fazer hoje são grupos focais. Convidar alguns filhos dos colaboradores e montar grupos para realizar uma pesquisa, entendendo como eles enxergam um futuro ambiente profissional e futuras ações de desenvolvimento.

Dia 3

Como no dia 2 eu levantei a bola sobre criarmos um ambiente pensando na próxima geração, fui aprender a como cortar. Como segui um único tema, não farei uma divisão por por palestras, colocarei aqui os principais insights.

Um dos pontos que me fez refletir foi que todas as gerações passaram por CAOS e TRAUMAS, porém a Geração Z é uma das gerações que mais foi exposta à eventos traumáticos, o que eleva a necessidade de cuidado com a saúde emocional, como temos visto nos dias atuais.

Se falamos que uma das habilidades necessárias para o profissional de hoje e do futuro é pensamento CRÍTICO, temos criado um ambiente em que nós e principalmente os líderes podem ser CRITICADOS?

Alguns pontos comuns em tudo o que vi por aqui:

1 - Esse é um assunto desafiador e ninguém tem a solução completa. Temos então a  possibilidade de sermos pioneiros em     algumas ações. Fiquem tranquilos(as), não há um único caminho.

2 - Qual é o ponto de início? Em todas as palestras que passei (fiz questão de ouvir pessoas de escolas e faculdades, profissionais de recursos humanos e líderes e também esses jovens) o ponto em comum é: ABRIR ESPAÇO PARA CONVERSA. Portanto, a minha sugestão é que tenhamos em nossas empresas uma cultura de OUVIR esses jovens. Isso não quer dizer que todas as ideias serão implementadas, porém eles querem ser ouvidos e não tratados como “jovens que não conhecem nada da vida” e/ou “jovens que vão precisam comer ainda muito arroz e feijão”.

3 - Outro ponto importante é sobre recrutar e preparar essas pessoas para o mercado de trabalho. Neste ponto não vi muita novidade do que já estamos acostumados (parcerias com instituições de ensino, programas de estágio e aprendiz).

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Nascido e criado no subúrbio de São Paulo - Brasil, minha vida foi transformada através da educação. Hoje dedico parte da minha vida a contribuir para uma sociedade que trabalhe melhor por meio da educação corporativa online. Ao longo de mais de 12 anos, nossas ações já impactaram mais de 300 mil pessoas no Brasil, Estados Unidos, América Latina e Europa.

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