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O ChatGPT tem sido considerado uma das tecnologias mais disruptivas e já conta com mais de 1 milhão de usuários. Entenda o porquê
, Jornalista
5 min
•
8 dez 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
Lançado há pouco mais de uma semana, o ChatGPT mostra os potenciais da inteligência artificial. No dia 5 de dezembro, a marca já havia batido 1 milhão de usuários, segundo o CEO da OpenAI, Sam Altman.
O buzz em torno do chat se deve a tudo que ele entrega. Os usuários já desafiaram o robô com todos os tipos de perguntas, incluindo criação de música e poemas. O The Times o descreveu como o “primeiro chatbot verdadeiramente útil do mundo”.
O ChatGPT (também buscado como Chat GPT) é fruto da OpenAI, uma instituição sem fins lucrativos focada em pesquisa em inteligência artificial (IA). Ela foi fundada por Elon Musk e Sam Altman e o lançamento mais recente foi o sistema chamado ChatGPT, especializado na geração de textos a partir de um comando. Ele já é uma evolução – dois anos atrás, a versão GPT-3 havia escrito todo um artigo publicado no Jornal The Guardian.
O serviço, que está disponível gratuitamente, possui várias funções diferentes, incluindo responder perguntas, resolver equações matemáticas, escrever textos, depurar e corrigir códigos, traduzir entre idiomas, criar resumos de textos, fazer recomendações, classificar coisas e explicar o que algo faz, como um bloco de código.
Ele foi treinado usando o Reinforcement Learning from Human Feedback, um método que utiliza o feedback humano para ajustar os modelos de IA. Baseado no modelo de linguagem GPT-3.5, a ferramenta pode simplificar o dia-a-dia de muita gente pela qualidade das informações entregues.
Ele não faz pesquisas na internet nem faz cruzamento de dados externos. Todo o seu raciocínio é feito a partir das informações de texto que foram inseridas nele. Inclusive, quando perguntado, o próprio ChatGPT explica que é incapaz de criar novas coisas, apenas interpretar e esclarecer com base no que já sabe.
i agree on being close to dangerously strong AI in the sense of an AI that poses e.g. a huge cybersecurity risk. and i think we could get to real AGI in the next decade, so we have to take the risk of that extremely seriously too.
— Sam Altman (@sama) December 3, 2022
A experiência é bem simples e direta. Para quem utiliza assistentes virtuais como Siri ou Alexa, a ideia é a mesma: basta dar um comando e a resposta vem.
Como a grande promessa é que o chat ofereça uma conversação fluida, suas respostas são rápidas e complexas. Como ele está fazendo muito sucesso e tendo muitos acessos, pode ser que a página demore um pouco para ficar disponível. Até porque, a ferramenta é gratuita - por enquanto - e não tem limite de uso.
Para evitar problemas, a OpenAI utiliza o Moderation API, que é um sistema de moderação baseado em IA que foi treinado para determinar se o conteúdo vai contra as diretrizes. Ainda assim, a empresa diz que existem falhas e que o sistema de moderação precisa ser otimizado.
Muita gente já colocou o ChatGPT à prova e os resultados foram textos completos. A área acadêmica, por exemplo, se surpreendeu com a qualidade dos artigos elaborados pela inteligência artificial. A produção, avaliada por pares (que não sabiam que um robô havia criado), foi vista como exemplar.
Mas ele também pode simplificar a vida de muita gente. Ele encontrou erros de códigos e também entregou explicações de conceitos que parecem complexos de forma mais acessível – até em forma de poema, veja só. A nossa redação testou e conseguiu criar posts para as redes sociais e levantar dicas de liderança. Para as empresas, pode ser uma engrenagem na produção de conteúdo, trazendo novas ideias, sugestões e direcionamentos.
Já existem cases de uso no marketing, como o da CarMax Inc, que usou o OpenAI por meio da nuvem da Microsoft (financiadora do projeto) para criar milhares de resumos de avaliações de clientes para carros usados que está comercializando, mostra um estudo de caso no site da Microsoft .
Depois do CEO dar indícios de que a monetização era necessária, já que os custos estavam aumentando, a plataforma anunciou que vai lançar uma versão paga da plataforma.
O The Verge divulgou prints enviados por usuários que estão testando e o valor divulgado é US$ 42 (algo em torno de R$ 210). A proposta é entregar, futuramente, uma futura versão premium que daria acesso livre à plataforma 100% do tempo, sem limitações de mensagens trocadas e funcionando pausas.
Além disso, a Reuters apurou que a empresa espera US$ 200 milhões em receita no próximo ano e US$ 1 bilhão até 2024, o que deve trazer desdobramentos do que vimos até agora com o ChatGPT.
Também vale lembrar que ao abrir a lista de espera pata usuários que gostariam de ter a versão paga do ChatGPT, a OpenAI chamou o serviço de “ChatGPT professional”, dando indícios que ele seria indicado para uso empresarial. Além disso, a empresa questiona o valor que seria justo para o uso da plataforma com os benefícios anunciados, questão que parece estar frustrada diante dos possíveis US$ 42.
Cristiano Kruel, líder de inovação da StartSe, diz que “a Inteligência Artificial já vinha transformando o backend das operações das empresas mais tech. Mas agora, esta nova onda de aplicativos sugere uma invasão de AI também no front end.”
Isso porque não só o ChatGPT tem dado um show de audiência, como também apps geradores de imagens, como o IA DALL-E 2, lançado para desenvolvedores usarem em seus aplicativos. A Microsoft está lançando o Designer, site semelhante ao Canva.
A Microsoft e a OpenAI também anunciaram o DALL-E 2, que será implementado para que usuários criem imagens exclusivas.
Depois de anos, a Inteligência Artificial (IA) ganha usos mais próximos dos usuários, gerando curiosidade, mas também possibilidades. O Lensa, por exemplo, viralizou recentemente ao oferecer avatares únicos a partir das fotografias utilizando IA - cobrando pelo uso.
Agora, com o ChatGPT, parece que até o Google ficou temeroso. Ao comentar um tuíte sobre a ferramenta, o programador Paul Buchheit, principal criador do Gmail, deu dois anos para que o sistema de buscas seja eliminado pela inteligência artificial. A gente viu o Google engolir as páginas amarelas, agora ele assisti o avanço da Inteligência Artificial.
Ainda em fase de testes, o robô não faz previsões e usa informações disponíveis até 2021, mas não compartilha a fonte. Ele tem um caminho para melhorar, mas avançou rapidamente e surpreende como uma das tecnologias mais disruptivas.
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, Jornalista
Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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