Sou Aluno
Formações
Imersões
Eventos
AI Tools
Artigos
Sobre Nós
Para Empresas

Será que o trabalho como conhecemos chegou ao fim?

Quando 39% não querem liderar, talvez seja hora de repensar o que estamos oferecendo: propósito ou peso?

Será que o trabalho como conhecemos chegou ao fim?

Reprodução

, Colunista

4 min

1 jul 2025

Atualizado: 1 jul 2025

newsletter

Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!

Tive a oportunidade de assistir o Piero Franceschi no RH Leadership Xperience, evento de RH da StartSe, e fiquei refletindo por tudo o que ele trouxe e uma pergunta do próprio me atravessou como um raio: “será que o trabalho morreu?”. Desde esse dia, essa inquietação tem me acompanhado.

A gente fala tanto em futuro do trabalho, mas e se o futuro já chegou e o que está morrendo é a forma como insistimos em entender o trabalho?

Hoje vejo pessoas exaustas, líderes esvaziados, profissionais buscando fórmulas mágicas de sucesso — ou fugindo de vínculos que antes pareciam essenciais. Parece que o trabalho perdeu o enredo. E junto com ele, a liderança.

Piero Franceschi traz um dado que me pegou em cheio: 39% das pessoas não querem ser líderes.

E não por falta de ambição — mas porque olham para quem lidera hoje e pensam: “Eu não quero ser você.” E eu entendo.

Muita gente associou liderança ao sobrepeso da responsabilidade, à solidão, à dor do controle. Mas será que é isso mesmo? Será que liderança tem que ser sinônimo de dor, poder ou exaustão?

A provocação do Piero é clara: talvez estejamos tentando liderar um modelo que já morreu, sustentando estruturas que não respondem mais à vida real.

Enquanto isso, as máquinas ganham espaço: inteligência artificial, automações, decisões por algoritmo. Se trabalhar for só entregar, talvez não sejamos mais tão necessários assim.

Mas para mim, trabalho é mais do que produção: é sentido, construção, vínculo. É fazer parte.

E aí, vem a parte mais bonita da fala do Piero Franceschi: ele propõe três caminhos para uma liderança possível — e, quem sabe, desejável:

  • Posição: quem lidera precisa ter coragem de se posicionar. Ser farol em tempos de neblina.
  • Perspectiva: dar sentido ao que se faz. Ajudar a transformar tarefa em propósito.
  • Presença: estar de verdade. Construir vínculo. Ser referência emocional num mundo cada vez mais desconectado.

Liderar não é sobre ter todas as respostas, mas sobre sustentar perguntas que importam.

E essa, talvez, seja a maior delas hoje: se o trabalho ainda está vivo, o que a gente quer fazer com ele?

Gostou deste conteúdo? Deixa que a gente te avisa quando surgirem assuntos relacionados!


Assuntos relacionados

Imagem de perfil do redator

LinkedIn Top Voices 2021 na Área de Carreiras. Especialista em Recursos Humanos e Diversidade e Inclusão. É palestrante, mentora, consultora de desenvolvimento focado em Diversidade.

Leia o próximo artigo

newsletter

Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!