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De C&A à Leroy Merlin: varejistas inovam com autoatendimento

Saiba como funciona e quais são as vantagens e os desafios do self-checkout, inovação adotada por uma série de varejistas!

De C&A à Leroy Merlin: varejistas inovam com autoatendimento

(Foto: SolStock via Getty Images)

, jornalista

10 min

17 fev 2022

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Sabrina Bezerra

Checkout inteligente. Já imaginou pagar suas compras dentro de uma loja em uma máquina de autoatendimento? Ou oferecer o método para os seus clientes? Se você respondeu sim, significa que está de olho na inovação que promete fazer barulho no varejo: self-checkout – e empresas como C&A, Renner e Leroy Merlin já entraram nessa. Segue a leitura para entender mais:

O QUE É SELF-CHECKOUT?

É um equipamento que funciona como caixa de autopagamento que permite que as pessoas possam pagar suas próprias compras. Na prática, o consumidor faz a leitura do código de barras, efetua o pagamento e embala a mercadoria.

Em alguns casos, ao invés de implementar o equipamento de self-checkout, a marca libera a tecnologia no aplicativo. Desta forma, os clientes podem fazer a compra dentro do espaço por meio do celular.

QUAIS SÃO AS VANTAGENS DO SELF-CHECKOUT?

“Oferece ao consumidor a opção de autonomia na hora de realizar o pagamento das suas próprias compras”, diz Rudy Cordeiro, CTO da C&A, em entrevista à StartSe. Além disso, melhora a jornada de compra. “Cada vez mais, principalmente com o advento da pandemia, percebemos um cliente mais objetivo, prático e conectado na sua jornada de compra”, conta Rudy. Portanto, oferecer um meio de compra rápido e prático é um bom diferencial competitivo já que preenche as lacunas do que o cliente espera – o que pode fazer com que a marca saia à frente dos concorrentes que ainda não tem a inovação.

QUAIS SÃO OS DESAFIOS DO SELF-CHECKOUT?

O cliente pode ficar frustrado caso não consiga entender os comandos do equipamento; e se o sistema ficar fora do ar e demorar para fazer a leitura do código de barras e pagamento. Neste caso, o indicado é que tenha sempre profissionais por perto para auxiliar o consumidor. Outro ponto é o risco de prejuízo. Segundo o The Wall Street Journal, a probabilidade de roubo dos produtos é maior, já que não tem funcionários supervisionando a jornada. Uma alternativa pode ser a implementação de tecnologias com câmeras inteligentes que possam capturar os itens digitalizados incorretamente e cancelar a transação.

QUAIS EMPRESAS OFERECEM SELF-CHECKOUT NO BRASIL?

Algumas são:

C&A

A varejista tem uma estratégia chamada C&A Fashion Tech que tem como um de seus pilares acelerar a transformação digital. A partir desta iniciativa surgiu a adoção do self-checkout. 

Funciona assim: totens de autoatendimento estão espalhados pelas lojas da C&A e o cliente tem a autonomia de fazer o pagamento de suas próprias compras por meio deles.

“Ainda assim, cada terminal conta sempre com o auxílio do nosso time, caso a cliente queira tirar alguma dúvida ou suporte no processo”, conta Rudy.

Todas as unidades oferecem self-checkout? Por enquanto, a tecnologia está disponível em 31 lojas, mas o objetivo é fechar o ano com mais de 300 com a opção de self-checkout. 

Os caixas tradicionais vão acabar? “Não pensamos nessa possibilidade, pois ao mesmo tempo que temos clientes cada vez mais objetivos, autônomos e conectados, temos outros que preferem o modelo com caixas [tradicionais]”, diz Rudy. 

A inovação começou como um MVP? Segundo Rudy, sim. “Foi um desenvolvimento 100% interno, que começou em um MVP em uma única loja e, a partir desta experimentação, considerando todos os feedbacks de clientes e da equipe da loja piloto, criamos um produto final escalável”. O valor do investimento não foi divulgado pela empresa.

+ Entenda o que é MVP

Quantas compras por dia são feitas pelo self-checkout? Diariamente, cerca de 18% das compras feitas nas lojas em que estão instalados são por meio do self-checkout.

Renner

A Renner também oferece a tecnologia de self-checkout para os clientes. Neste caso, de duas formas: por meio do celular ou das máquinas de autoatendimento instaladas na loja.

Pelo smartphone é preciso baixar o aplicativo da Renner, “acessar no menu a opção “Pague Digital”, escanear o código de barras dos produtos e pagar”, diz a varejista. Para finalizar, o consumidor deve procurar um funcionário da loja, apresentar o comprovante QR Code para desativar os alarmes dos produtos e retirar uma sacola.

Já pela máquina de self-checkout da Renner, o cliente faz a leitura de código de barras, paga, coloca o produto na lateral para retirar o alarme e retira a embalagem. “A ideia é elevar ao máximo o protagonismo dos consumidores, trazendo mais autonomia à jornada de compra”, disse a empresa em comunicado enviado à StartSe. “Para isso, haverá um aumento de mais de 60% no número de caixas de autoatendimento”, completa.

(Crédito: Vini Dalla Rosa via divulgação Renner)

Leroy Merlin

A empresa implementou o self-checkout, primeiro como um projeto piloto na loja da avenida Ricardo Jafet. Depois, ampliou para outras unidades. O objetivo é reduzir o tempo de espera na fila dos caixas tradicionais e melhorar a experiência dos consumidores. A iniciativa é fruto de uma parceria fechada com a empresa de automação Laurenti. Similar ao das outras varejistas, funciona desta forma: o cliente faz a leitura do código de barras, efetua o pagamento, embala e pronto. A compra foi finalizada.

(Foto: divulgação LinkedIn Laurenti Ltda)

Wine

Na loja física da Wine, clube de assinaturas de vinhos, não tem tótens de self-checkout espalhados pelo local. No entanto, o cliente pode, dentro da própria loja, escolher os vinhos, ler o código QR Code de cada rótulo que deseja comprar, adicionar ao carrinho e finalizar com o pagamento pelo app.

Além disso, de olho em máquinas inteligentes “as lojas possuem uma espécie de Winebar, em que os sócios do Clube Wine podem degustar as seleções do mês, uma máquina Scan & Show em que o cliente pode ler o rótulo e obter mais informações e uma Lift & Learn, onde o consumidor poderá assistir a vídeos e ficar por dentro de tudo sobre a região de cada vinho ao tirá-lo da prateleira”, diz a companhia em comunicado enviado à StartSe. Mas esse é papo para outro artigo.

(Foto: divulgação Wine)

POR QUE IMPORTA?

O comportamento do consumidor está cada vez mais digital – em especial a Geração Z. Logo, oferecer o self-checkout pode ser uma forma de atrair a clientela que busca mais autonomia na jornada de compra.

Em termos de números, cerca de 85% dos consumidores americanos acreditam que o self-checkout é mais rápido que a fila de atendimento convencional, segundo dados do “The State of Self-Checkout Experiences” de 2021. Eles também disseram que se a loja oferecer as duas opções, (60%) escolheriam o self-checkout.

E você: como está inovando? Caso queira entender mais sobre digitalização, conheça o nosso programa sobre transformação digital para empresas.

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Sabrina Bezerra é head de conteúdo na StartSe, especializada em carreira e empreendedorismo. Tem experiência há mais de cinco anos em Nova Economia. Passou por veículos como Pequenas Empresas e Grandes Negócios e Época NEGÓCIOS.

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