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Saiba o caminho para chegar à zona de conforto

… e tome a direção contrária desafiando-se constantemente

Saiba o caminho para chegar à zona de conforto

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Por Adriano Lima, Sócio Fundador da AL+ People & Performance Solutions e da Neon Pagamentos.

Qual o segredo para ficar horas e horas dirigindo um carro por uma longa estrada, sozinho, sem se deixar cair nos braços de Morfeu? Quem passa por isso sempre tem seus macetes ou suas dicas. Certa vez, um amigo me confidenciou a estratégia que ele usava, que era simples e muito eficiente: ficava com um pé descalço. Isso: no pé direito, o calçado; no outro, nada além do contato da pele com o frio do pedal da embreagem. 

O que está por trás de tanta engenhosidade? Tirar o conforto para ficar atento. 

Nas minhas viagens entre Rio e São Paulo, ainda não testei essa tática. Mas durante toda a minha vida profissional, sempre dei meu jeito de “tirar” o sapato. Ou melhor, de não entrar na zona de conforto. Aliás, faço questão de saber qual o melhor atalho para ela: justamente para ir em direção oposta.

"Seja como executivo ou como empreendedor (ainda mais neste papel), deixar-se levar pelos caminhos da mesmice significa o mesmo que ter uma bad trip, sem chegar a lugar algum e com multas a receber, diga-se de passagem."

Sair da zona de conforto não é uma tarefa fácil. Não basta apenas engatar a primeira e pisar no acelerador. Esse espaço que traga muitos empreendedores para o acostamento do mercado é mais profundo do que se imagina. É como aquele lamaçal que impede o carro de sair do lugar. E ele é composto e reforçado por uma série de padrões de comportamento que alimentamos por toda a vida – e muitas vezes sem saber.

Suspeite sempre da primeira resposta

Como bons humanos que somos, quase sempre nos condicionando às soluções mais fáceis, mais cômodas. Em uma viagem, damos sempre um jeito de buscar a melhor posição no banco para deixar o corpo mais relaxado. Usamos o melhor calçado para deixar os pés confortáveis. Vamos perdendo a atenção à pista, fixando mais o olhar para a paisagem. Passa um cordeirinho, passam dois, passam três... De repente, uma buzina de caminhão nos traz à realidade, a adrenalina vai a mil. Esboçamos um sorriso amarelo para quem está ao nosso lado e tentamos seguir viagem. Até os olhos ficarem pesados novamente. Pense que o caminhão é o mercado…

Numa empresa, acabamos por optar por soluções “conhecidas”, testadas ao longo de nossa vida corporativa, para resolver um novo problema. Intimamente, dizemos a nós mesmos que é a solução mais rápida e o mundo pede velocidade! Pisamos no acelerador e muitas vezes nos esborrachamos na mureta. Tomamos decisões dentro da nossa zona de conforto, dentro daquele sistema criado como o mais correto, o mais ajustado ao nosso jeito, porém não o mais apto para tratar de novas questões. Lembra-se daquela frase do Einstein, de que loucura é querer coisas novas fazendo sempre o mesmo? Isso é a zona de conforto.

Há um detalhe muito importante: essa espécie de limbo em que nos escondemos do mundo, da realidade, dos desafios da vida, não é composto apenas de nossos comportamentos adotados ao longo de nossa corrida profissional. Vem de antes, desde nossa infância, de como fomos criados, de nossas crenças, de nossas experiências mais distantes. Com o tempo, fomos sedimentando esse espaço e o decorando para parecer o mais aconchegante possível.

Procure pedras no caminho

E como podemos tirar o calçado para não entrar nesse quarto escuro com uma caminha quentinha? Minha dica é: fique com o calçado. Mas coloque uma pedra nele. Simples.

Crie ou busque desafios. Instigue-se a pensar de forma diferente. A zona de conforto é a resposta padrão, geralmente a primeira. Pare, respire fundo e faça a você mesmo uma pergunta: “E se eu fizesse de outra forma?” Depois, pense de outra maneira, e de outra e de outra…

Sair da zona de conforto demanda vigília constante aos padrões que carregamos. Eles são sutis  e ardilosos. E fazem com que sejamos nossos maiores e mais ferozes concorrentes. O cara da empresa concorrente do outro lado da rua não esconde que, na disputa de mercado com você, quer vencê-lo. É do jogo. Mas quando você quer derrotar você mesmo, aí temos um grande problema. É como se o seu carro morresse a todo momento, sem bateria, sem combustível, sem nada.

Estrada à noite (foto: reprodução/pxHere)

Desafiar-se não é buscar derrotar a si mesmo. É buscar caminhos novos, é pensar sob pontos de vista diferentes, é aceitar que são muitas as rodovias a serem seguidas. Buscar desafios é percorrer a longa estrada do conhecimento, do aprendizado. É dar uma chance para você se conhecer melhor.

E quando olhamos para dentro de nós mesmos e entendemos como fugir dos padrões, da zona de conforto, muitas avenidas se abrem. É como se olhássemos a cidade de cima. Ganhamos a visão do todo, até do ecossistema em que nossa empresa está inserida. 

Lembre-se, o bom da viagem não é só o destino, mas a própria viagem até ele. 

E aí, você vai passar esse tempo todo no banco do passageiro, dormindo ou vai tirar um dos sapatos, pegar a direção e pisar na tábua?

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