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Partnership: o caminho usado por Jorge Paulo Lemann e pelos maiores bancos do mundo para criar equipes e empresas surpreendentes

Lemann, junto com seus sócios e experiência de mercado, identificou alguns fatores que fizeram muitas empresas das quais faz parte como sócio, gestor e acionista terem resultados acima da média anos seguidos.

Partnership: o caminho usado por Jorge Paulo Lemann e pelos maiores bancos do mundo para criar equipes e empresas surpreendentes

, Redator

9 min

28 dez 2022

Atualizado: 24 out 2023

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Se há uma pessoa que se tornou sinônimo de empresário e gestor de sucesso no Brasil. Sem dúvidas essa pessoa é Jorge Paulo Lemann.

Ele, ao lado de Steve Jobs, da Apple, tornou-se uma das principais inspirações para os profissionais da Geração Y e Z, nascidos entre os anos 90 e 2000, segundo pesquisa realizada pela Page Talent, empresa de recrutamento especializada em estágios e trainees, e da Inova Business School.

Lemann, junto com seus sócios e experiência de mercado, identificou alguns fatores que fizeram muitas empresas das quais faz parte como sócio, gestor e acionista terem resultados acima da média anos seguidos.

Confira cada uma delas a seguir:

1. Eficiência

O que chamamos aqui de eficiência é aquela pergunta de 1 bilhão de dólares que grandes empresas se fazem o tempo todo: “Como poderemos, amanhã, nos sair melhor do que hoje?”.

Se você hoje não tem resposta para essa pergunta, então está no caminho certo, o intuito é esse mesmo. Essa é a forma de Lemann sempre se preparar para estar 1 passo à frente nos seus negócios. 

É o caso da 3G Capital, onde as aquisições não tem fim. Termina uma e já está sendo planejada outra.  O fundo de investimento 3G tem por base uma agressiva estratégia de investimento em marcas tradicionais, seguido de um rigoroso corte de custos, chamado de orçamento base zero (ZBB em inglês).

A ideia é que anualmente cada despesa seja justificada, não importa o quão ela seja baixa. Isso ajudaria a redirecionar os custos gerados pelo ZBB a serem revertidos em investimentos que podem acelerar o crescimento de vendas.

Por exemplo, com a empresa Anheuser-Busch, uma fabricante americana multinacional de cervejas, adquirida pela InBev, Lemann viu que os herdeiros e executivos levavam uma vida de mordomias:

Tinham seis (6) jatinhos e dois (2) helicópteros, com vinte (isso mesmo, 20) pilotos à disposição da empresa. E quando utilizavam aviões comerciais, sempre iam de primeira classe e se hospedavam em hotéis 5 estrelas.

Já na InBev as coisas mudaram, os executivos viajam de classe econômica e os hotéis são, no máximo, 3 estrelas. Refeições eram realizadas em restaurantes modestos.

O curso de economia em Harvard foi uma decisão que mudou para sempre o modo de Lemann ver o mundo a sua volta. 

Convivendo com profissionais e estudantes considerados os “melhores do mundo” em suas áreas, ele entendeu que levar os melhores profissionais para suas empresas fariam elas serem vencedoras também.

Isso nos leva ao segundo passo:

2. Meritocracia

Uma grande preocupação de J.P. Lemann é sempre estar cercado de pessoas certas, talentosas e comprometidas, assim como em Harvard.

Ele entendeu que, como falamos aqui na StartSe, “talento ganha jogo, mas só time ganha campeonato”. Se você tiver não um, mas um time de talentos na empresa, terá um diferencial e vantagem competitiva para manter os negócios por muitos anos.

Mas como atrair e reter esses talentos, impedindo que eles “escapem” para outras empresas? Aplicando os princípios da meritocracia.

A regra é simples de ser implementada: trabalhem bem e serão recompensados. Uma de suas preferências estava em buscar nos seus funcionários algumas características como: ser jovem, média ou baixa renda, inteligente e com desejo de enriquecer.

Pode parecer exagero, mas os resultados dele mostram que as escolhas dão certo: como quando ele contratou um morador do subúrbio do Rio de Janeiro, admitido aos 16 anos pelo banco Garantia e, aos 32, tornou-se sócio do próprio J.P. Lemann.

A remuneração e ascensão profissional dentro das empresas de Lemann se baseia apenas em seus desempenhos, sem contar o tempo de permanência na empresa.

São 3 níveis:

  1. Iniciantes: recebem salário fixo + participação nos lucros;
  2. Comissionados: recebem porcentagem sobre o lucro total da empresa; e
  3. Sócios: recebem comissões e dividendos.

Isso nos leva diretamente ao terceiro e último passo:

3. Partnership

Afinal, o que é partnership? É uma parceria entre patrões e funcionários, no qual é oferecido aos que obtiverem os melhores resultados a oportunidade de se tornarem sócios da empresa.

O modelo faz parte da cultura de grandes instituições financeiras norte-americanas, como o banco Goldman Sachs, que promove os colaboradores com a finalidade de torná-los sócios.

No Brasil, a primeira empresa a utilizar esse modelo foi o Banco Garantia, adquirida por ele em 1971 com um grupo de sócios.

A empresa foi o embrião desse modelo mantido até hoje pelo 3G Capital. Marcel Telles e Beto Sicupira foram funcionários do Lemann nos primeiros anos do Banco Garantia, e ascenderam até se tornarem os principais sócios do J.P. Lemann atualmente.

Partnership é um enorme incentivo para o crescimento de colaboradores dentro das empresas, uma forma de mantê-los motivados e traz benefícios ao negócio em forma de melhores resultados.

O modelo que nasceu com a Goldman Sachs, nos Estados Unidos, veio para o Brasil com o Banco Garantia, hoje está não só dentro de empresas renomadas como a XP Investimentos e Messem Investimentos e também em diversas startups dentro e fora do Vale do Silício.

As empresas que tiverem competência para manter seus funcionários motivados terão como recompensa a geração de uma vantagem competitiva capaz de conquistar seus mercados.

A StartSe, com seus 5 anos de trajetória, implementando esse mesmo modelo usado por Lemann e tantas empresas de sucesso, conseguiu aumentar em 25x seu faturamento em poucos anos. E conta hoje com 60 funcionários, sendo metade deles sócios da empresa.

“Aprendi que, numa sociedade, ou quando você contrata pessoas, não se deve ter só gente parecida com você. O goleiro é tão importante quanto quem está na linha de frente. E aprendi a tratar bem os goleiros das minhas empresas.” J.P. Lemann

Leitura recomendada

Quer aprender o modelo defendido pelo Paulo Lemann, XP Investimentos e Goldman Sachs para sua empresa de um jeito que faça sentido para o seu negócio? Tenha 2 dos maiores especialistas do Brasil como seus mentores diretos na Imersão Equity & Partnership.

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