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Overboarding: conheça o movimento que pode gerar problemas para as empresas

Os conselheiros são peças-chave nas empresas. Entretanto, ao assumirem cadeiras em diversos boards, podem trazer riscos à governança. Entenda

Overboarding: conheça o movimento que pode gerar problemas para as empresas

Foto: Getty Images

, Jornalista

5 min

16 fev 2023

Atualizado: 19 mai 2023

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O Conselho de Administração é responsável pelas deliberações e decisões estratégicas do negócio. Logo, os conselheiros agem conforme os interesses da instituição, garantindo as melhores escolhas. 

Eles são fundamentais em momentos de crise, determinando direcionamentos e ajudando a atravessar turbulências. Sim, o conselheiro é peça-chave para que isso aconteça. 

O problema: quando a pessoa assume a cadeira em diversas empresas, será que a relevância e o cuidado em todos segue alta? 

O que é overboarding?

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O tempo e a disposição dos conselheiros virou preocupação de muitas empresas e ganhou nome: overboarding. O termo se refere ao acúmulo de conselhos ou ao número excessivo de funções em diferentes entidades.

Afinal, com a sobrecarga de funções, o tempo fica comprometido para cada função, revisitando a ideia de que eles não conseguiriam cumprir com suas tarefas. 

Mas qual o limite de conselhos?

Quando o tema é a quantidade de cadeiras em boards, os executivos têm opiniões divididas. Na última Pesquisa Anual de Diretores Corporativos da PwC, quase metade dos mais de 700 entrevistados concordaram que conselheiros independentes deveriam ter assento em não mais do que três conselhos. Quando se trata de diretores-presidentes, quase 60% dos entrevistados disseram que dois é o limite máximo. Enquanto isso, cerca de um terço disse que os CEOs não deveriam fazer parte de nenhum outro conselho.

No Brasil, dados do IBGC apontam que as empresas de grande porte, com faturamento anual acima de R$ 10 bilhões, exigiram ao longe de 2021 de seus conselheiros 250 horas. 

Porque o overboarding está em alta

Os conselheiros têm sido mais cobrados pela função que assumem. Não só: a função se tornou mais complexa. Diversidade, ESG, cultura, segurança, tecnologias e inovações que podem mudar a estratégia da empresa o mais rápido possível…

O que muda?

  • As responsabilidades do conselho estão aumentando.  O esperado é que os membros dediquem mais tempo devido ao crescimento de requisitos envolvendo demandas dos acionistas, mas também de um cenário que muda muito rápido.
  • Os investidores dedicam mais recurso ao conselho e usam consultores experientes para monitorar os riscos de governança. A diversidade do conselho, as qualificações do diretor e a atualização do conselho se tornam itens fundamentais.
  • Votar a favor de um candidato overboarding pode ficar mais complicado. Ao indicar um novo membro, vai ser fácil para os investidores e outros conselheiros entenderem as qualificações, mas também a quantidade de demanda que ele já acumula através de redes como o LinkedIn.

Por que importa?

À medida que o cenário de governança evoluiu, também evoluiu o tema da composição do conselho. Com tanta responsabilidade de supervisão mantida por apenas uma dúzia ou menos de membros do conselho, cada assento importa, e importa muito. Os investidores e outras partes interessadas querem ter certeza de que o conselho é composto pelos diretores mais competentes e da mais alta qualidade que, juntos, aproveitarão uma diversidade de experiências e formações para supervisionar a empresa de forma eficaz", diz o relatório da PwC. 

Como sinaliza o documento, cada conselheiro faz a diferença. Os riscos que a organização fica exposta ao ter membros overboardings pode não valer a pena, mesmo considerando o histórico e as qualificações. 

 

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Imagem de perfil do redator

Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.

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