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O fim da "Era da Força": por que acelerar é mais importante que crescer

Tamanho sem aceleração não é força — é inércia. E no jogo da competitividade, massa parada pesa mais do que impulsiona.

O fim da "Era da Força": por que acelerar é mais importante que crescer

Fonte: IA

, Partner na StartSe

5 min

1 jul 2025

Atualizado: 1 jul 2025

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Essa ideia das “forças de um negócio” não envelheceu bem.

Todos crescemos com o conceito clássico dos livros de administração: que, ao longo da vida de uma empresa, existe um grande objetivo — acumular ativos, competências e vantagens em nível de escala e excelência até que se tornem a “força” do negócio.

Neste paradigma, ser o maior era automaticamente ser o mais forte. Liderar era sinônimo de possuir mais: mais plantas, mais gente, mais capital, mais participação de mercado. 

E o restante do mercado assumia seu lugar de seguidor.
Todos queriam ter o que o líder tinha.

Eu chamo isso de ERA DA FORÇA.

Mas agora lembre-se da aula de Física:
F = m.a.

Força é massa multiplicada por aceleração.
Ou seja: ser grande é bom — contanto que haja movimento.
Sem aceleração, não há força. Há apenas inércia.

Aceleração = 0 → Força = 0
Não importa o quão gigante seja a massa.

E é exatamente aí que mora o ponto de inflexão.

Na maior parte dos mercados, empresas líderes não souberam administrar velocidade sobre suas massas acumuladas. A estrutura pesada, os processos rígidos e a cultura do controle começaram a operar como freios internos. O que antes era vantagem virou inércia.

Suas forças viraram peso morto.

“O que te trouxe até aqui não vai te levar adiante.”
— Marshall Goldsmith, em What Got You Here Won’t Get You There

É o viés do acumulador: 

  • A empresa que carrega 15 casacos na mala para uma viagem ao litoral.
  • Quanto mais bagagem, mais lento o movimento.
  • O medo de largar o que já funcionou impede a conquista do que poderia funcionar melhor.

Ao mesmo tempo, surgiram novos elementos de vantagem:

  • Cliente no centro
  • Plataformas e ecossistemas
  • Modelos de negócio adaptativos
  • Tecnologias disruptivas
  • Alocação dinâmica de competências

Tudo isso abriu espaço para o que chamo de “ERA DA FORMA.”

Na Era da FORMA, o jogo não é acumular, é repactuar.

Repactuar ativos, talentos e estruturas conforme o cliente muda — e o cliente nunca mais para de mudar.

Segundo a Accenture (2023), 92% dos CEOs admitem que suas capacidades core atuais serão insuficientes para manter vantagem competitiva nos próximos 5 anos.
 

“A vantagem competitiva duradoura não está em manter o que você tem, mas em mudar mais rápido do que os outros.”
— Rita McGrath, em The End of Competitive Advantage

Competitividade hoje é menos sobre o que você acumulou — e mais sobre o que você tem coragem de deixar ir. É sobre a forma como a empresa redesenha suas capacidades ao longo do tempo, a partir de um paladar do cliente que não regride.
O cliente não quer o que você tem. Quer o que você ainda consegue fazer por ele.

Tem coisa que fica.
Tem coisa que tem que ir embora.

Portanto, uma “força” só é força quando gera valor real para o cliente.
Caso contrário, é apenas gordura organizacional.
Acúmulo adiposo histórico.
Pode até abastecer o ego. Pode render slides de orgulho em convenções.
Mas no fim, vale pouco.

Não confunda tamanho com tração.
Não confunda passado com potência.
Coloque sua massa pra jogo.

Lembre-se da aula de Física.

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Imagem de perfil do redator

Experiente Diretor de Marketing, Inovação e Estratégia com um histórico comprovado em vários indústrias. Hábil em Gestão de Marketing, Planejamento de Mercado, Planejamento Estratégico, Customer Marketing, Inovação e Transformação Digital.

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