Esta é a quinta aquisição da fintech desde o ano passado. Desta vez, o objetivo é ingressar no varejo online. Saiba o que está por trás e o que você pode aprender com o negócio. Confira!
Sede do Nubank (foto: divulgação)
, jornalista
8 min
•
1 set 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
O Nubank comprou a Spin Pay, fintech de pagamentos instantâneos que oferece suporte para compras via Pix no comércio eletrônico. Há muito o que observar no negócio. Mas destaco dois pontos: o crescimento estrondoso do e-commerce e o uso massivo do Pix (saiba mais abaixo).
O valor da transação não foi divulgado, mas é possível identificar o apetite do banco em fusões e aquisições (M&A). Veja: em 2020, comprou 3 empresas (Easynvest, Cognitect e Plataformatec) e neste ano — antes da Spin Pay — fez a aquisição da companhia de tecnologia Juntos.
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As operações seguem independentes. "A Spin Pay funcionará como unidade separada de negócios, trabalhando no desenvolvimento de tecnologias – mas, claro, alinhadas com o propósito do Nubank", diz a companhia em comunicado. O objetivo é oferecer outras soluções de pagamento para o varejo online.
A Spin Pay — fundada por Alan Chusid, Felipe Park e Marcelo Mingatos — oferece soluções de pagamentos rápidos, que podem ser feitas com apenas um clique ou escaneando o QR Code na tela.
Atualmente, tem parceria com cerca de 220 varejistas dos mais variados setores, como: companhias aéreas, lojas de departamento e eletrônicos. “A solução está disponível nas plataformas de e-commerce VTEX, Loja Integrada e em breve na Shopify Plus, e solução de APIs”, conta o Nubank.
"Essa aquisição vai permitir que a Spin Pay ganhe escala e crie novos produtos com o Nubank, trazendo o conhecimento e a tecnologia de meios de pagamento, como o Pix para o varejo online", diz em nota Alan Chusid, CEO e fundador da Spin Pay.
"O sucesso do Pix comprovou o que já sabíamos -- os clientes querem uma solução simples e eficiente, e que não cobre taxas abusivas por transações em tempo real. O Pix foi praticamente a nubankarização do setor financeiro, porque já oferecíamos transferências gratuitas e imediatas. Agora, com essa aquisição, queremos disseminar também no varejo eletrônico o modo Nubank de facilitar a vida dos clientes", afirma em nota David Vélez, fundador do Nubank.
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A movimentação do Nubank mostra a tendência — que temos falado com frequência por aqui — de comprar empresas para aumentar o portfólio do negócio.
A lógica dessas companhias — que estão desembolsando muito dinheiro para novas aquisições — é oferecer mais experiência (seja de serviço ou produto) para os clientes dentro do segmento que atua. Quanto mais diversidade, mais a clientela será fidelizada.
Vale destacar, no entanto, a importância em traçar estratégia para fazer uma boa escolha de M&A. É preciso avaliar os resultados, o mercado de atuação e quais são os benefícios para a empresa.
No caso do Nubank, o ponto estratégico da nova aquisição é potencializar duas frentes que têm crescido no mercado. São elas: o e-commerce e o Pix. Isso porque, em 2020 — mesmo sendo um ano marcado pela crise de coronavírus — o comércio eletrônico brasileiro faturou R$ 126,3 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Faz sentido, portanto, o Nubank ingressar neste ecossistema.
Por outro lado, a medida que a vacinação avança e as restrições de horário de funcionamento das lojas físicas são flexibilizadas, a tendência é o varejo online sofrer queda. Como aconteceu no segundo trimestre deste ano, em que as vendas caíram de 21,5% para 21,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o relatório do Itaú Unibanco. Os riscos, contudo, parecem baixos. Mas só o futuro vai dizer se as lojas virtuais continuarão em ascensão no pós-pandemia.
O Pix também é outro fator potencial visto pela empresa. Já que, apesar de ter sido lançado há menos de um ano, se tornou um dos meios mais usados pelos consumidores. Em pouco mais de 6 meses movimentou R$ 1 trilhão e ultrapassou o número de transações feitas por boleto bancário, TED e DOC.
Além disso, o Nubank tem cerca de um quinto das chaves Pix cadastradas e concentra 30% das transações feitas utilizando o método
de pagamento instantâneo.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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