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Nestlé corta 16 mil empregos e entra em modo de reinvenção

Com nova liderança e foco em eficiência, empresa busca reconquistar a confiança dos investidores e acelerar o crescimento após período de turbulência.

Nestlé corta 16 mil empregos e entra em modo de reinvenção

Foto: Reprodução

, Redator

5 min

20 out 2025

Atualizado: 20 out 2025

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A maior empresa de alimentos embalados do mundo está passando pela maior reestruturação de sua história recente.
A Nestlé anunciou o corte de 16 mil funcionários em uma revisão global de portfólio conduzida pelo novo CEO, Philipp Navratil, que assumiu o comando com a missão de recuperar a confiança dos investidores e acelerar o crescimento.

A notícia, divulgada nesta quinta-feira (16), faz parte de um movimento mais amplo de eficiência e foco em negócios de maior rentabilidade. O corte representa cerca de 6% da força de trabalho global, que hoje soma 277 mil colaboradores.

Uma mudança de rota para reconquistar o mercado

Nos últimos meses, a Nestlé enfrentou turbulências internas: a saída quase simultânea do antigo CEO e do presidente do conselho em setembro abalou a confiança do mercado. Desde então, as ações vinham sofrendo forte pressão.

Navratil, que vem de uma trajetória na área de cafés e bebidas, tenta agora imprimir uma agenda de reconstrução.

“Analisarei consistentemente cada parte do nosso portfólio com a mente aberta. Se nossa avaliação concluir que um ou outro negócio não atende aos critérios, agiremos — seja para consertar, fazer uma parceria ou vender”, afirmou o executivo.

A frase resume o novo espírito da companhia: foco em desempenho e agilidade.


Eficiência via automação e serviços compartilhados

Dos 16 mil cortes, cerca de 12 mil ocorrerão em funções administrativas, reflexo direto da aposta em automação e centralização de serviços.
Outros 4 mil postos devem ser eliminados na indústria e na cadeia de suprimentos, como parte das medidas de aumento de produtividade.

A Nestlé também revisou para cima sua meta de redução de custos, que passou de 2,5 bilhões para 3 bilhões de francos suíços até 2027.

“O mundo está mudando, e a Nestlé precisa mudar mais rápido. Isso incluirá decisões difíceis, mas necessárias”, disse Navratil.


O mercado reagiu e aprovou

Apesar do anúncio das demissões, o mercado financeiro respondeu de forma positiva: as ações da Nestlé subiram 9,3% no mesmo dia, a maior alta diária desde 2007.
O movimento reflete o otimismo dos investidores com a nova estratégia e a expectativa de uma empresa mais leve, eficiente e voltada para crescimento.

Hoje, a Nestlé tem valor de mercado de US$ 245 bilhões e enfrenta uma nova era em que eficiência operacional e velocidade de decisão se tornaram as principais moedas de confiança no mercado global de consumo.


Por que importa?

O movimento da Nestlé não é isolado.
Gigantes de consumo e tecnologia vêm passando por ondas de reestruturação, impulsionadas por pressão de investidores e pela aceleração da automação.

A diferença é que, para uma empresa com mais de 150 anos de história, essa transformação representa algo mais profundo: um novo modelo mental corporativo, em que tradição e inovação precisam coexistir.

A Nestlé parece ter entendido o recado — e está disposta a mudar antes que o mercado mude por ela.

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