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Venda do Itaú na Argentina: o que está por trás da negociação com o Banco Macro

Instituição financeira pode ser vendida por cerca de US$ 100 milhões; negociação acontece em meio à crise econômica na Argentina. Entenda mais!

Venda do Itaú na Argentina: o que está por trás da negociação com o Banco Macro

Itaú (Fonte: divulgação)

, jornalista

6 min

7 jun 2023

Atualizado: 7 jun 2023

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O Itaú Unibanco divulgou na última terça-feira (06/06), a negociação da venda de suas operações na Argentina para o Banco Macro. O negócio foi revelado pela imprensa local, depois confirmado pelos bancos.

  • O Banco Macro pode pagar cerca de US$ 100 milhões para a compra total do Itaú, segundo o La Nacion
  • Até o momento, as instituições financeiras não finalizaram acordo 

Por que o Itaú Unibanco negocia a venda da operação argentina?

O banco brasileiro não decolou na Argentina como era esperado, segundo fontes do La Nacion. Para você ter uma ideia, apesar do Itaú atuar no país desde 1994, o negócio não chega nem ao top 10.

E QUAL SERIA A ESTRATÉGIA?

Assim, vender a operação que não está gerando o resultado esperado pode fazer sentido para o banco. Já que, em uma entrevista de 2020, Ricardo Marino, sócio do Itaú Unibanco e presidente do Conselho Consultivo Itaú Latam, já havia dito: 

“Para sermos líderes, temos que estar entre os 3 primeiros nos diferentes países onde atuamos.” 

Diante da afirmação, se a operação argentina atrapalha a busca pela liderança e não traz ganhos significativos, não faz sentido continuar atuando no país. 

  • Apesar do Itaú Argentina ter atingido o lucro de R$ 176 milhões no primeiro trimestre, o número representa menos de 1% do lucro do conglomerado.

Qual o impacto no mercado?

A negociação acontece em meio à crise econômica na Argentina, com inflação anual acima de 108%. Se concretizada, no entanto, pode ser a primeira de várias vendas de instituições financeiras internacionais. É como se acontecesse um efeito cascata ― o de ratificar o mercado argentino como de alto risco para empresas internacionais.

Como assim? A instabilidade macroeconômica pode ser sinônimo de ‘dor de cabeça’ para muitos negócios que atuam na região. Isso porque muitos negócios também temem o risco à reputação que pode surgir em um momento de incerteza econômica.

“Nesse sentido, não faltam exemplos recentes de entidades que sofreram algum tipo de perseguição em momentos de crise; as memórias do HSBC e do Citi ainda estão frescas no sistema”, diz o La Nacion.

Quais são os próximos passos do Itaú?

Não é de hoje que o banco tem enxugado sua presença nos meios que não trazem mais tanto resultado positivo. E a expectativa é continuar neste ritmo. Por exemplo, tem enxugado os pontos físicos e marcado mais território no digital ― o que vai ao encontro do novo comportamento do consumidor que está, cada vez mais, online

  • O banco tem 4.173 pontos de atendimento físico ― uma redução de 42 unidades em comparação ao final de março do ano passado
  • A base de caixas eletrônicos reduziu em 1.141 pontos

Apesar dos dados acima, a instituição financeira aumentou o número de funcionários em 862 empregados no primeiro trimestre deste ano.

  • O Itaú Unibanco tem registrado, no entanto, lucros recorrentes: no primeiro trimestre de 2023, por exemplo, teve lucro líquido de R$ 8,4 bilhões

E o que tem a ver com a estratégia de venda da operação argentina? Se ao eliminar negócios que não trouxeram ganhos significativos tem gerado lucro, logo vender a operação na Argentina ― que não chega nem ao top 10 ― pode ser interessante.

Por que importa?

Antes de tomar uma decisão importante, como a de vender uma operação da empresa, é preciso analisar os mais diversos cenários e números. Isso ajuda a tomar decisões mais inteligentes, evitando avaliações incorretas. Agora, a dica geral é: seja para vender um negócio ou criar um projeto interno (alô, intraempreendedorismo), a lógica é a mesma: faça análise dos dados financeiros (o que vai gerar lucro para a empresa), operacionais e de desempenho.

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Entenda mais sobre como usar dados para acelerar tomadas de decisão e desenvolver estratégias de negócios aqui.

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Sabrina Bezerra é head de conteúdo na StartSe, especializada em carreira e empreendedorismo. Tem experiência há mais de cinco anos em Nova Economia. Passou por veículos como Pequenas Empresas e Grandes Negócios e Época NEGÓCIOS.

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