Muito além da vaidade, o posicionamento de CEOs e executivos nas redes já impacta cultura, reputação e negócios.
Foto: Pexels
, Professora e colunista da StartSe
6 min
•
2 jun 2025
•
Atualizado: 2 jun 2025
newsletter
Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!
Uma nova forma de liderar já começou a ganhar força — e quem ainda acha que presença digital é “vaidade” está, na verdade, desperdiçando um ativo estratégico.
No mundo corporativo de hoje, CEOs e executivos C-Level que comunicam com intenção não estão apenas liderando times. Eles estão abrindo caminhos, fortalecendo reputações e colocando a marca da empresa em movimento.
É uma mudança real, concreta — mas que ainda enfrenta certo preconceito.
Muitos líderes têm receio de “aparecer demais”, ou simplesmente não entenderam (ainda) como usar sua marca pessoal para gerar valor, atrair oportunidades e fortalecer o negócio.
A boa notícia é: não existe um único jeito certo de fazer isso. Existe o seu jeito.
Quando bem construído, o posicionamento do líder torna-se um espelho da cultura da empresa. Ele inspira, tangibiliza e conecta. Porque, no fim do dia, as pessoas não se conectam com organogramas ou estruturas — elas se conectam com pessoas.
Ainda é comum encontrar empresas receosas de que seus líderes ganhem muita visibilidade. O medo é de perder talentos valiosos. Mas algumas companhias já perceberam que a resposta não está em limitar essa exposição — e sim em aproveitá-la enquanto a parceria existe.
Fortalecer a marca pessoal de um CEO ou executivo C-Level, quando bem direcionado, não representa ameaça — representa potência.
É uma forma de acelerar o posicionamento da empresa por meio de quem a representa no dia a dia, com clareza, visão e presença.
Satya Nadella, CEO da Microsoft, é um dos nomes mais citados quando se fala em influência com propósito. Ele transformou a cultura da empresa ao assumir uma postura empática, conectada e transparente — dentro e fora das redes. Seus posts no LinkedIn não falam apenas de produtos ou resultados: eles revelam valores, aprendizados, humanidade.
No Brasil, nomes como Luiza Helena Trajano (Magazine Luiza) e João Adibe (Cimed) também ilustram esse novo perfil de liderança. Ambos usam as redes para compartilhar visão de futuro, práticas de gestão e, sobretudo, histórias. Eles personificam o que pregam — e com isso, criam identificação com públicos muito além de seus setores.
O impacto é direto: mais conexão com a audiência, mais credibilidade para a marca, mais portas abertas para o negócio.
A visibilidade do líder precisa ser construída com intenção. Não se trata de autopromoção desenfreada nem de posts genéricos com frases de efeito. Estamos falando de presença digital como extensão do posicionamento institucional.
Aqui estão alguns pontos-chave:
Alinhamento com os valores da empresa: a comunicação do líder deve reforçar, e não competir com, a cultura da organização. Quando há sinergia, a mensagem ganha força.
Autenticidade com filtro: a exposição precisa vir acompanhada de curadoria. É possível compartilhar vulnerabilidades, aprendizados e opiniões, desde que com direção e propósito. Como costumo dizer: autenticidade sem estratégia vira exposição desnecessária.
Clareza de narrativa: o líder deve saber o que quer comunicar — e o que deseja que o mercado perceba. A presença estratégica começa com intenção.
Consistência na presença: influência se constrói no tempo. Não basta aparecer pontualmente; é preciso presença frequente e coerente.
Escuta ativa: não se trata apenas de falar, mas de se posicionar em diálogo com o que está acontecendo no setor, na sociedade, na cultura.
Em tempos de transformação acelerada, CEOs e executivos que sabem influenciar com intenção — e não apenas postar — saem na frente.
Eles não só inspiram suas equipes e atraem talentos, mas também tornam as empresas mais próximas, mais humanas — e, por isso mesmo, mais relevantes.
Essa é uma das fronteiras mais potentes da marca pessoal hoje: quando ela deixa de ser um ativo individual e passa a ser um diferencial competitivo para o negócio.
Afinal, a reputação se constrói todos os dias. E no mundo corporativo de hoje, o silêncio também comunica.
Gostou deste conteúdo? Deixa que a gente te avisa quando surgirem assuntos relacionados!
Assuntos relacionados
, Professora e colunista da StartSe
Atuou como executiva em Marketing e Branding, com mais de 25 anos de experiência construindo marcas corporativas como Natura Cosméticos, Havaianas entre outras. É Co-founder da BetaFly especializada Marcas Pessoais, professora de MBA e pós-graduação, palestrante e autora do best-seller "Sua Marca Pessoal" .
Leia o próximo artigo
newsletter
Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!