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Menos algoritmo e mais negociação pessoal: como essa empresa quer bater de frente com o Uber?

Com US$ 150 mi no caixa, plano é ir além das caronas e incluir novos serviços em seu marketplace

Menos algoritmo e mais negociação pessoal: como essa empresa quer bater de frente com o Uber?

App da InDrive (Fonte: divulgação)

, conteúdo exclusivo

7 min

19 mai 2023

Atualizado: 19 mai 2023

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Apesar do Uber ser o app líder em preferência no mercado brasileiro, nos últimos dois anos o nome InDrive começou a surgir de forma discreta no boca a boca, seja por indicações de terceiros ou em conversas com os próprios motoristas de app. Desse jeito, comendo pelas beiradas, a empresa aumentou seu presença no país, e em 2023 o plano é intensificar esse ritmo.

Em entrevista ao Startups, o líder de equipe e aquisição de motoristas da InDrive, Thyerry Mendes, disse que 2023 é o ano para consolidar o crescimento conquistado pelo app no país em 2022, quando ampliou sua base de usuários em 70% e em 50% seu corpo de motoristas. Segundo dados da Bloomberg, o InDrive é o segundo app de transporte mais baixado do mundo. De acordo com Thyerry, no Brasil ele já figura entre os cinco apps mais baixados de mobilidade – o que inclui outros tipos de soluções, como o Moovit, por exemplo.

O crescimento do InDrive se deu em um modelo bastante distinto do líder de mercado – no caso, a Uber. Pelo aplicativo, o usuário coloca o trajeto que deseja fazer e quanto pode pagar, e os valores são negociados diretamente entre motorista e usuário.


Estamos comendo pelas beiradas, especialmente pelo modelo de negócio. Nos concorrentes, tudo é feito pelo algoritmo, e nós colocamos a negociação de forma mais pessoal”, pondera Thyerry, ao explicar como a sua empresa atraiu o público.

Outro ponto ressaltado por Thierry foi a transparência da plataforma com usuários e motoristas. No lado dos motoristas, questões como destino, preço e tarifa são divulgadas abertamente – no caso da InDrive, as cobranças sobre os condutores podem ir de 0% a 9,5% (alíquota abaixo da praticada pela Uber, que pode chegar a 40%), dependendo do horário e região.

“No caso dos usuários finais, eles têm procurado a InDrive, pois querem que o seu dinheiro seja usado de forma justa. Havia um pensamento no começo que o usuário sempre quer pagar menos e o motorista quer faturar mais, mas existe um consenso sobre qual o valor justo a ser cobrado”, explica.

De acordo com o executivo, o crescimento rápido registrado no país colocou o Brasil como um dos principais focos de atuação da companhia em termos globais. Ele afirma que, dos 48 mercados em que a InDrive está presente, o Brasil já figura no Top 5.

Aliás, no primeiro trimestre deste ano a companhia levantou US$ 150 milhões em rodada liderada pela General Catalyst, e Thyerry acredita que o Brasil deve receber um pedaço disso. “Isso vai servir para atrair e reter usuários. Vem num timing perfeito para nossos planos no país” avalia.

Novas fontes de receita

Na visão de crescimento traçada pela InDrive, o plano não é ficar só no transporte de passageiros. Segundo Thyerry, a empresa deve expandir outros serviços como os de courier (pacotes até 3kg) e de frete (acima de 3kg), brigando com serviços como o Uber Flash e até mesmo a Loggi, que recentemente anunciou seu retorno aos serviços de entrega P2P. Outro plano é o de atacar em viagens intermunicipais, entrando no campo de apps populares como o BlaBlaCar.

“Nosso posicionamento vai além de um app de caronas. Somos um marketplace, com as caronas como produto principal, mas tudo é integrado em uma mesma interface e o usuário pode selecionar por funcionalidades”, explica.

Essa proposta de marketplace é o gancho para incluir serviços inéditos e até inesperados para um app que nasceu como um concorrente do Uber. Segundo explica Thyerry, a companhia está testando uma nova modalidade de serviços não relacionados a transporte. “Vai desde ofertas de faxina a profissionais de beleza, dog walker, serviços gerais”, revela.

De acordo com o executivo, os profissionais listados na nova categoria dentro do InDrive passam pelos mesmos sistemas de verificação que os motoristas. “Temos um compromisso com a confiança, portanto eles também passam por checagens como a de antecedentes, por exemplo”, afirma Thyerry, cuja expectativa é que esta modalidade seja estendida de forma geral no app a partir do segundo semestre.

No Brasil desde 2020, atualmente o InDrive está em 140 cidades, incluindo todas as capitais estaduais e do Distrito Federal. Com o plano de crescimento, está no roadmap da startup entrar em novas cidades, especialmente em regiões como Norte e Nordeste, para aumentar o market share.

Aliás, antes que você pergunte: sim, a empresa mudou de nome recentemente. No ano passado, como uma manobra para desassociar a marca de suas origens russas (ela é de Yakutsk, na Sibéria) após a guerra na Ucrânia, a startup mudou sua sede para o Vale do Silício, e trocou o nome de InDriver para InDrive, uma redução para a expressão “Inner Drive”. “Simboliza a força interior e o impulso declarados na missão da empresa – Desafiar a injustiça (Desafiar a injustiça)”, destacou a companhia em comunicado na época da mudança.

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