Saiba por que o Grupo Fleury comprou os laboratórios Pretti e Bioclínico

Por Sabrina Bezerra

De olho na expansão, o Grupo Fleury foi às compras mais uma vez. A empresa fez a aquisição dos laboratórios Bioclínico e Pretti por um total de R$ 315 milhões. Com o negócio, a empresa atinge a marca de R$ 1 bilhão de investimento em novas compras — em cinco anos — que, juntas, somam 125 unidades de atendimento à sua rede e uma receita anual de aproximadamente R$ 500 milhões. O objetivo, desta vez, é marcar presença no Espírito Santo. “São marcas com destacada credibilidade, que criam um ambiente muito favorável para ampliarmos a oferta de exames e outras soluções para atender às necessidades da comunidade médica local e seus pacientes”, Jeane Tsutsui, presidente do Grupo Fleury.

“As duas aquisições marcam a entrada do Grupo Fleury no Estado do Espírito Santo, e representam mais um movimento estratégico da Companhia, expandindo sua capilaridade nacional e complementando ainda mais sua oferta na região sudeste do país”. “Esses movimentos reforçam, sobretudo, a estratégia de aceleração de crescimento, com expansão de serviços e presença do Grupo Fleury na cadeia de saúde, bem como com o contínuo fortalecimento no mercado de medicina diagnóstica”, disse a empresa em Fato Relevante. A conclusão da transação depende de condições precedentes previstas no contrato de compra e venda. 

COMO FUNCIONA OS LABORATÓRIOS BIOCLÍNICO E PRETTI?

O laboratório Bioclínico está presente no Espírito Santo há 35 anos. Foi fundado por Dr. Fernando e Dra. Adília. A primeira unidade foi fundada no centro de Vitória, em uma casa na Rua Thiers Velloso. Depois, a sede mudou para a Praia do Canto (onde se popularizou). Hoje, a companhia tem cerca de 15 unidades de atendimento espalhadas pela região. No ano passado, atingiu a receita bruta de R$ 42 milhões e tem o valuation de R$ 122 milhões.

Foi em 1965 que o laboratório Pretti foi fundado por Evandro Pretti, farmacêutico-químico. Na época, ele havia se formado na Universidade Federal de Minas Gerais e voltou ao Espírito Santo para fundar o laboratório. A primeira unidade foi instalada no Centro de Vitória. A segunda unidade foi aberta em 1977. E, a partir daí, expandiu a rede. Hoje, são cerca de 25 unidades espalhadas pela região metropolitana da grande Vitória — e se tornou referência no setor. Em 2020, a companhia faturou R$ 53,6 milhões e tem o valor de mercado de R$ 193,1 milhões. 

Confira também:

• Beep Saúde: qual o valuation de uma startup que aplica vacinas em casa?
• A vacina da Moderna: como a cultura de startup a ajudou a alcançar objetivos

POR QUE IMPORTA?

A movimentação do Grupo Fleury surge em meio ao crescimento — acelerado pela pandemia de coronavírus — das healthtechs. O setor, aliás, foi um dos que mais receberam aporte no último ano, atingindo a marca superior a US$ 100 milhões. A tendência é continuar crescendo. E os números comprovavam: no primeiro trimestre de 2021, as healthtechs receberam 337% mais investimentos comparado com o mesmo período do ano anterior.

Quando o assunto é fusão e aquisição também está aquecido. Segundo dados da consultoria PwC, o segmento teve somente em dezembro do ano passado, cerca de 71 transações. Entre elas, a compra feita pelo grupo Fleury pelo Centro de Infusões Pacaembu (CIP), clínica de terapia infusional para tratamento de doenças autoimunes. O laboratório Sabin também marcou presença junto com investidores privados. Eles realizaram um aporte no valor de R$ 25 milhões na Amparo Saúde, rede brasileira de clínicas de atendimento primário, medicina da família e telemedicina.

Sua concorrente não vai esperar você fazer um MBA de 2 anos. Você não tem tempo para perder e deixar de tomar decisões HOJE que vão definir o futuro do seu negócio. Conheça o StartSe Executive Program, uma Formação Executiva que te prepara para o Agora. Ele é indicado para você que precisa reconstruir novos modelos, e quer aprender e se preparar para reinventar sua empresa com mais velocidade rumo à inovação.