A foodtech lançou cubinhos de filé de peito para grelhar, empanados, nuggets e coxinhas de frango. Saiba mais e entenda por que o plant-based tem se mostrado um mercado promissor
Coxinha de frango feito de plantas da N.ovo (Foto: divulgação N.ovo)
, jornalista
4 min
•
13 dez 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
O futuro da alimentação será plant-based? Talvez. Isso porque, essa indústria está em polvorosa. Para você ter uma ideia, estima-se que terá um crescimento anual de quase 12% até 2027, de acordo com dados da Meticulous Market Research.
O motivo? Vai ao encontro da mudança dos hábitos alimentares das pessoas: elas buscam cada vez mais por alimentos saudáveis e com menor impacto ao meio ambiente.
Além disso, para Amanda Pinto, fundadora da N.OVO, startup brasileira, é uma boa alternativa para combater a fome e a “solucionar problemas como o aquecimento global”, disse em entrevista à StartSe.
Trata-se de um estilo de vida em que as pessoas buscam produtos e alimentos feitos à base de plantas. O objetivo é reduzir o impacto ambiental e a crueldade animal. No entanto, os consumidores plant-based não são necessariamente veganos. Entenda mais aqui.
A foodtech N.OVO, que tem em seu portfólio ovos e maioneses veganos, lançou recentemente uma linha de frangos feitos de plantas. Serão cinco alternativas ao consumidor: cubinhos de filé de peito para grelhar, empanados de filé de peito, nuggets e coxinhas de frango. “Todos são feitos a base de proteínas vegetais”, diz a empresa.
No caso da coxinha, alguns dos ingredientes são: proteína de ervilha, fécula de mandioca, óleo de girassol. Já o frango empanado é feito de itens como base vegetal de ervilha e fécula de mandioca. E o milanesa é formado por fibra de broto de bambu, proteína de ervilha, entre outros.
“Os frangos da N.OVO são uma versão evoluída das carnes à base de plantas já presentes no mercado. Utilizamos tecnologia distinta para a obtenção de texturas que mimetizam realmente as fibras, cor e sabor similares ao peito de frango. Nosso foco é criar produtos nutritivos, que sejam também prazerosos de comer, proporcionando um impacto positivo na vida das pessoas e seus hábitos alimentares”, conta em nota Amanda.
Por enquanto, apenas 3 versões empanadas estão à venda a partir de R$ 25 nas lojas físicas da Casa Santa Luzia, em São Paulo, e nas unidades da La Fruteria, no Rio de Janeiro. Em breve chegarão nas gôndolas dos mercados.
A sacada da N.OVO em ampliar o portfólio faz sentido, já que cada vez mais surgem adeptos ao plant-based. Logo, quanto mais ofertas, maiores serão as chances de fisgar o consumidor e aumentar a clientela.
Além disso, quando o assunto é indústria, as foodtechs estão ganhando espaço. Neste ano, a NotCo, empresa chilena que usa inteligência artificial para criar receitas de produtos à base de plantas, virou unicórnio. Os aportes e as aquisições, aliás, estão em explosão: a The New Butchers recebeu investimento internacional da Lever VC e a JBS tem desembolsado milhões na compra de empresas do segmento.
Outro dado a considerar é o tamanho do impacto ambiental. Segundo dados da Campanha Segunda Sem Carne, a troca de produtos de origem animal por não animal, em um dia, pode reduzir cerca de 14kg de emissão de CO2. O que equivale a 100 km rodados em um carro, e 3.400 litros de água. O que vai ao encontro da Agenda ESG — da qual investidores e clientes estão de olho.
Por fim, o mercado de plant-based deve movimentar cerca de US$ 85 bilhões até 2030, de acordo com o banco suíço UBS. Vale ficar de olho…
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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